Capítulo 15.

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O Castelo de Edimburgo pairava sobre eles enquanto se aproximavam sobre os paralelepípedos, desprovidos dos turistas ou famílias habituais. Desprovido dos guardas militares trouxas nos portões. Em vez disso, eles passaram por Comensais da Morte encapuzados e traficantes de objetos das Trevas decadentes implorando pelo ouro de Draco Malfoy como mendigos.

Até onde Voldemort havia espalhado seu alcance? Certamente os governos trouxas agora estavam cientes dele, se um local turístico popular tivesse sido apreendido. O que diziam os jornais trouxas?

Ela empurrou suas perguntas de lado, concentrando-se na silhueta familiar à distância. Um vento uivava no caminho de pedra, e Hermione estremeceu em sua négligée, seus tornozelos torcendo nos saltos. Ela olhou para o castelo agora, e um uivo diferente rangeu com o vento.

Lobisomens.

Seus corpos letais rondavam pelas torres sobre a entrada em arco. Um choque de terror percorreu sua espinha. A última vez que ela esteve tão perto de um lobisomem foi no Salão Principal, observando com horror enquanto ele se curvava sobre o corpo de Lavender.

Draco agarrou o braço dela e caminhou para frente. Ela se concentrou na pressão de seus dedos enquanto eles se aproximavam, seu coração batendo em seus ouvidos, como se tentasse abafar os sons de suas fungadas ofegantes. Uma vez que chegaram ao final do caminho, ele colocou os dedos diretamente sobre a tatuagem e deu-lhe um puxão para frente, sobre a soleira.

Arrepios arrepiaram sua carne. Uma barreira mágica. — Estou trancada agora? — ela perguntou, esfregando a pele onde ele a agarrou. Ele fez uma pausa, virando-se para olhá-la com uma expressão cruel, um lampejo de advertência em seus olhos.

Ele não podia responder a ela. Aqui não.

Ele sacudiu a cabeça e continuou em direção ao portão. Ela o seguiu, seus olhos se deslocando em todas as direções, tentando captar os olhos e ouvidos que poderiam estar neles. Um par de Comensais da Morte estava dentro dos portões, mais descansando e rindo do que guardando.

— Tudo bem, Malfoy? — um deles perguntou.

— Boa noite, Relkin. Imagino que sua perna ainda esteja cicatrizando, você não se incomoda em ficar de pé e nos cumprimentar?

Um resmungo e uma resposta distante enquanto eles continuavam subindo o caminho para um segundo arco, uma entrada mais estreita com muros altos de pedra de um lado e uma colina gramada e íngreme do outro. A lua brilhava forte e sobre eles enquanto avançavam.

Mais dois Comensais da Morte na segunda entrada, um pouco mais retos que os dois primeiros. Eles acenaram para Draco enquanto ele passava. Ele os ignorou e Hermione os seguiu, os olhos fixos nos paralelepípedos. Um assobio baixo quando ela passou. Ela olhou para cima para encontrar um homem mais velho que ela não reconheceu, olhando de soslaio para ela de um conjunto de escadas de pedra íngremes que subiam a colina.

— Você a trouxe para brincar, Malfoy?

— Ela está brincando comigo esta noite. — Draco a guiou em direção aos degraus, e eles começaram a subir. — Eu não compartilho, Morrison. — disse ele, com uma piscadela e um aperto de mão enquanto passavam. Morrison riu, olhando para ela antes de Draco a cutucar para continuar na frente dele. Enquanto subiam, suas bochechas queimaram com a súbita percepção de que ele tinha uma visão completa de suas pernas e traseiro. Ela empurrou seu embaraço de lado, permitindo que sua mente vagasse.

Ela tinha perguntas. Perguntas sobre os guardas, o número de Comensais da Morte entrando e saindo, as classificações…

Depois de recitar mentalmente uma lista para perguntar quando estivessem em casa novamente, Hermione finalmente chegou ao topo da escada, virando-se uma vez para olhar o horizonte de Edimburgo. Era uma noite clara, e eles estavam centenas de metros acima do nível do mar.

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