Capítulo 31.

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Draco piscou para ela, sua mandíbula apertando.

— Testar em você?

— Sim. — Ela espiou dentro do caldeirão. — Acho que sobrou o suficiente para mais uma dose. — Girando, ela pegou um frasco sobressalente de uma prateleira próxima antes de retornar à mesa. — Assim que soubermos que funciona, vamos obter as direções para Charlotte com suas memórias...

— Granger, espere.

Ela fez uma pausa com a concha mergulhada na poção. Ele ainda estava olhando para as anotações dela, folheando as páginas.

— Esta poção é magia negra invasiva. Ela altera sua biologia. Se alguma coisa der errado...

— Funciona, Draco. — Ele permaneceu em silêncio, e ela ergueu uma sobrancelha. — Você não confia nas minhas habilidades de preparar poções?

— Não é isso. — Ele fechou o caderno e olhou para ela. — Seus sujeitos devem ser monitorados quanto a efeitos adversos. De onde esses ratos vieram, Granger?

— São xícaras de chá, — disse ela, e um rubor floresceu em seu pescoço.

Draco fez uma careta. — Tudo bem. Bem, vamos pegar alguns ratos de verdade e... — Ele cortou, seus olhos se arregalando para a varinha na mesa do laboratório. — Isso... você está usando a varinha da minha mãe?

— Er, sim. — Hermione torceu os dedos. — Eu tentei ficar sem uma, mas era muito difícil. Ela está me emprestando.

Seus olhos se voltaram para os dela. — Você disse a ela por quê?

— Não, mas... — Hermione limpou a garganta. — Ela adivinhou.

Draco empalideceu, dando um passo para trás. — Se ela disser ao meu pai...

— Ela não vai. Tenho certeza disso.

Ele começou a andar de um lado para o outro, passando a mão pelo cabelo. — Eu tenho que ir falar com ela. Inventar alguma desculpa...

Hermione contornou a mesa e agarrou o braço dele. — Você tem que confiar em mim, Draco. Ela está apoiando. Ela até me disse que era "hora". — Ele piscou, olhando para ela. — Eu perguntei a ela por que, e ela não quis falar sobre isso. Você a colocaria em uma posição ainda mais difícil se a confrontasse.

Depois de um longo momento, ele conseguiu assentir. Hermione soltou o braço dele, seus dedos ainda formigando com o calor da pele dele.

Suspirando, ele beliscou a ponte de seu nariz. — A questão é que é muito prematuro. Devemos fazer mais testes e garantir que o antídoto seja seguro em um sujeito de teste autêntico. E você fez testes suficientes para saber a dosagem necessária?

Ela sentiu suas orelhas ficarem quentes. — Não, ainda não. Eu... eu tinha acabado de decifrá-la quando você entrou. Mas é claro que devemos tentar encontrar a quantidade mínima. — Ela esfregou os olhos, sentindo a exaustão da noite caindo sobre ela enquanto a adrenalina a deixava.

— Os ratos também devem ser monitorados, — disse ele. — Devemos verificar seus sistemas para mudanças todos os dias por uma semana...

— Uma semana! Draco, nós não temos esse tipo de tempo...

— Isso é o mínimo...

— Três dias é suficiente...

— Cinco. — Seu tom foi definitivo.

Hermione revirou os olhos e pegou a varinha de Narcissa para conjurar uma grande gaiola para os ratos. Seus dedos ainda tremiam com a excitação de sua descoberta enquanto ela os recolhia e os flutuava para dentro. Ela sabia que a poção funcionaria perfeitamente, mesmo que Draco ainda não estivesse convencido. Ela começou a limpar sua estação de trabalho, batendo os frascos enquanto ele observava em silêncio.

The Auction | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora