Capítulo 19.

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Acordar no sábado de manhã era como sair de um arbusto grosso que havia caído sobre ela durante a noite. Lutando para voltar à consciência, ela lutou contra os músculos doloridos e uma pulsação atrás do olho esquerdo.

Ela se virou de lado e desejou que seu corpo saísse da cama. Mas ela não conseguia se mexer.

E então ela se lembrou.

A Oclumência.

A arma de uma hora.

O grito da loira morango.

Os olhos de Dolohov.

E a voz de Draco em seu ouvido, firmando-a, guiando-a pelos horrores da noite.

Ele a deixou soluçar, a deixou se apoiar nele, segurando-a perto. E então ele assentiu. Concordando com ela? Concordando em ajudá-la?

Ele chamou um elfo para levá-la de volta ao quarto com uma Poção do Sono Sem Sonhos, e sua mente desligou no momento em que seu corpo deslizou entre os lençóis.

Seus olhos se abriram enquanto sua mente ganhava vida, lembrando-se de todas as coisas que ela precisava fazer. Mas uma Oclumência tão forte havia afetado seu corpo e mente. Apesar de suas intenções, ela se viu flutuando de volta ao mar.

~*~

Quando ela finalmente conseguiu se sentar na cama, o relógio ao lado da cama marcava quatro da tarde.

Hermione gemeu. Ela não podia se dar ao luxo de perder mais tempo. Ela precisava desenvolver sua resistência à Oclumência. Ela precisava definir um alarme a partir de agora. Ela precisava que os elfos jogassem baldes de água fria se ela não se movesse antes das nove.

Arrastando as pernas das cobertas, ela se sentou na beirada de sua cama até que ela pudesse puxar-se para o banheiro. Quando ela voltou de um banho frio, havia uma poção para aliviar a dor em sua mesa de cabeceira. Ela enviou uma oração de agradecimento aos elfos e engoliu o conteúdo.

Uma vez que sua cabeça estava clara novamente, Hermione concentrou seus pensamentos, fechando os livros em sua mente que continham os horrores da arma de uma hora e a dor pela menina escocesa sem nome e seu irmão.

Uma memória fresca veio à tona. Braços segurando-a perto, dedos longos traçando a concha de sua orelha. Olhos cinzentos presos nos dela enquanto ele assentia.

Draco. Ele a ajudou na noite passada. E talvez ele a ajudasse novamente. Seu coração disparou com as possibilidades.

Ela vestiu um suéter e jeans e foi pelo corredor até a porta de Draco. Algumas batidas e vários longos minutos de espera – e nada. Ela não ficou surpresa ao encontrá-lo ausente, já que ele raramente estava onde ela precisava que ele estivesse.

Seu escritório estava vazio. A sala de estar estava vazia.

Mas quando ela desceu correndo as escadas e abriu as portas da biblioteca, a visão a fez parar. Textos estavam espalhados pelas cadeiras, no chão, nas mesinhas de canto. Uma dúzia de livros pairava na frente de suas estantes, esperando para serem arrancados por quem os tivesse chamado do localizador de livros.

Os lábios de Hermione se separaram ao som de páginas virando rapidamente do fundo das pilhas. E então... — Ainda não estou com fome.

Ela piscou. Ela espiou por trás do ombro para ver se Mippy ou Narcissa estavam ali com uma bandeja. Quando ela se virou para as estantes, Draco enfiou a cabeça em torno de uma prateleira, encarando. Quando ele viu que era ela, sua carranca desapareceu, e ele fechou o livro. Ele puxou uma pena de trás da orelha – um hábito da escola – e a torceu entre os dedos.

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