Capítulo 5

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- Beba o café, vai ajuda-lá a engolir tudo - Cleo riu enquanto pegava uma fatia de pão do prato e começou a comer.

- O que faz aqui? - indagou - não, espera, como me achou?

- Rastreei você pelo GPS mágico.

- O quê? - Cleo expôs um sorriso torto.

- O colar que minha mãe te deu de aniversário, ele me ajudou a te encontrar - disse ela apontando para o colar com uma pequena pedra azul que Csilla carregava para todo canto.

- Espera, então Marise pode me encontrar? - perguntou nervosa.

- Não sem isso! - Cleo tirou do bolso um pequeno mapa e uma pedra azul que era do mesmo tom do colar de Csilla - é simples, quer ver?

Ela acenou com a cabeça.

- Sempre que você estiver longe e usar este colar, eu simplesmente abro o mapa e jogo essa pedrinha no meio, e ela vai deslizando para onde você está e se esperar um pouco ela reflete um holograma com a imagem do local. Antes que a pedra pudesse projetar a imagem, Cleo a pegou e a colocou novamente em seu bolso.

- Isso não é bom, você deveria estar no estúdio a essa hora - disse ela quando conseguiu finalmente soltar as palavras.

- Sério? Está preocupada com o estúdio? Não é como se ele pudesse sair andando por aí - Csilla a olhou com severidade, o estúdio era o sonho que havia se realizado na vida delas.

- Hãn, certo, tirei férias! - disse Cleo como se fosse óbvio. Ela pegou a xícara de Csilla e tomou um gole do café - está frio! Que nojo - exclamou com o cenho franzido.

- Cleo você não pode tirar férias!

- Claro que posso! Espere vou pegar café. 

Cleo foi até o balcão e voltou com uma bandeja repleta de comida. O prato dela estava lotado de bolo de milho com queijo, juntamente com duas xícaras de café preto.

- Pegue! - disse empurrando uma para Csilla - o seu esfriou e ninguém merece café frio! - Seu rosto se contorceu em uma careta indicando o horror que sentia por isso.

- Cleo! - exclamou Csilla - me explique direito, como foi que você simplesmente tirou férias?

- Do mesmo jeito que você! - respondeu deixando Csilla um tanto sem graça - tudo bem - suspirou ela - adiantei os serviços das próximas duas semanas para ontem, minha mãe ficou encarregada de entregar as fotos. Além do mais, não achou que ia partir em uma aventura sem mim achou? Me sinto insultada!

- Tome o seu café antes que esfrie! - respondeu Csilla, sentindo-se rendida pela explicação e grata por Cleo está ali, não havia mais ninguém no mundo com quem ela quisesse viajar, e tê-la ao seu lado poderia ajudar a entender melhor algumas coisas.

- Cleo?

- Humm? - respondeu de boca cheia.

- Você sabe onde fica a entrada da cidade?

- Não, nunca estive lá. Mas nós vamos achar não se preocupe. Agora, me faça um favor e ponha mais comida nesse prato! Como espera aguentar uma viagem até a cordilheira com só isso na barriga? É uma vergonha! - disse ela sorrindo.

- Obrigada, por vir - Csilla sorriu e, obedientemente, comeu um pouco mais, embora não estivesse com fome.

Depois de observar Cleo acabar com a bandeja de comida que tinha montado, ambas subiram até o quarto em que Csilla estava hospedada. Cleo se jogou sobre a cama após deixar a mochila cair no chão, seus olhos ardiam, não sabia ao certo quantas horas haviam se passado desde que saiu de casa e começou a dirigir.

O ressoar das estrelas perdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora