༄𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 7

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O escritório de Claude era exatamente como lembrava, espaçoso, organizado e confortável

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O escritório de Claude era exatamente como lembrava, espaçoso, organizado e confortável.

Mas a única diferença era que, antigamente, aquele lugar era muitas vezes cercado por uma atmosfera calma e amigável, com Verona sentada em cima da mesa, Félix a repreendendo e Claude em sua posição preguiçosa apenas observando e acenando.

Eram dias calmos e pacíficos, onde eles não esperavam muito das coisas e nem que as coisas mudassem.

Mas lá estavam eles.

Félix, atrás do sofá onde estava Claude, olhava tenso para Verona que permanecia de pé atrás do sofá onde Athanasia sentava, ambos incomodados com a atmosfera desconfortável.

Mordiscando os lábios, Verona dividia seu olhar entre Athanasia e Félix, sem coragem para encarar Claude sem um plano.

O silêncio era como uma pedra esmagando todos, mas que não parecia incomodar Claude, que impassivelmente apenas observava a menina pequena e trêmula.

- Eu não sabia que era muda. - disse ele de repente. - Engraçado como essa é a reunião mais chata que já estive. - fechou os olhos.

- Eles não te ensinaram a falar como uma pessoa?

Ela voltou a realidade com aquela pergunta, se sentindo ansiosa, olhando para a menininha.

Seja fofa, seja fofa, se mostre inofencível!!!

- Athy. - a menina disse de repente. - Me chame de Athy. Vossa majestade.

E então a menina arrumou a postura, tombando a cabeça para o lado, o que fez a mente da guarda imaginar o adorável sorriso infantil.

ISSO AÍ! ESSA É MINHA GAROTA!

Ela comemorou internamente.

- Quem te deu permissão para falar - disse ele e Verona sentiu vontade de soca-lo.

Ela é só uma garotinha, seu imbecil!!!

Mas permaneceu quieta.

- Vossa Majestade, por favor, é só uma garotinha. - Ela ouviu Félix sussurrar, concordando com  cabeça.

- Sim! - ele respondeu, encarando a mulher.

Verona desviou o olhar, encarando a poltrona mais próxima da mesa de escritório. Ela sentava ali muitas das vezes que estava em pausa de plantão, apenas conversando com Claude, enquanto Félix, o recatado e responsável, trazia mais e mais papéis.

Eram bons tempos.

Sorrindo levemente, Verona se distraiu um pouco da conversa, mas sua distração não durou muito.

- Félix. Verona. - chamou ele, fazendo a mulher o encarar prontamente.

- Sim, vossa majestade. - responderam os dois guardas imediatamente.

- Saiam. - ele disse simplesmente.

A boca de Verona secou.

Como é?

Sua boca se abriu quando, relutante, Félix se ajoelhou em respeito e seguiu na direção da porta, olhando para ela por cima do ombro com olhos arregalados.

Claude, percebendo a demora da mulher, lhe encarou.

- Não está ouvindo, cadela? Eu mandei sair. - ele disse como se estivesse falando com um cachorro, o que fez Verona sentir um refluxo.

Então, hesitantemente, ela saiu de seu lugar para olhar o rosto assustado de sua princesa, que a olhava implorando para que não fosse.

- Vossa alteza. - Ela não podia fazer nada, então apenas se curvou, com uma vontade enorme de conforta-la.

Mas então, após uma encarada, se virou e se ajoelhou diante de Claude, uma mão nas costas e outra no coração, ela abaixou a cabeça e se ergueu, sentindo os olhos dele perfurando seu rosto.

E finalmente saiu, saiu do cômodo com uma terrível azia.

Aquele era o momento que diria a sobrevivência de seu bebê.

E ela esperava que ela saísse vitoriosa.

.....

O silêncio atrás da porta era incrivelmente perturbador para Verona, que vez ou outra revezava entre andar em círculos e colar a orelha na porta pesada de madeira.

Félix parecia roer as unhas de tão nervoso, vendo sua colega e amiga puxando os cabelos de nervoso.

- O que ele quer com ela?! - sussurrava.

- Eu não sei. Talvez conexão de pai e filha? - Felix sugeriu, se enconlhendo ao receber um olhar como se dissesse:

- Não seja estúpido.

Na verdade, ela disse exatamente o que seu olhar gritava.

Grudando novamente a orelha na porta, ela e Félix tentaram ouvir qualquer coisa, mas sem captar nada.

Foi quando a maçaneta rangeu, fazendo os dois guardas pularem para trás, fingindo estar de guarda.

O primeiro a aparecer foi Claude, o rosto simplório, sem expressar nada em especial, já a pobre princesa, céus, a menina estava pálida e trêmula, com um sorriso forçado no rosto.

- Félix. A leve de volta para o buraco de onde saiu. - disse ele, observando o Robane se ajoelhar e pegar a menina nos braços que olhou para a mulher.

Eles trocaram um olhar, conversando mentalmente, mas ela não soube dizer exatamente o que estavam fala do, já que seu foco estava na menina.

- E você, vá fazer algo de útil.

E assim, a porta se fechou.

Respirando em alívio, a Gagnon se virou para Félix, sorrindo aliviada para a princesa, segurando seu rostinho frio.

- Minha pobre princesa, como aquele homem malvado pode fazer isso com essa bebê. Intimidado tanto ela. - murmurava a guarda, tentando tirar a menina nos braços do ruivo.

Mas ele apenas desviou, começando a andar, deixando a guarda pasma pada trás.

- Ei. - Ela chamou, começando a andar atrás, vendo o homem aumentar a velocidade dos passo. - Ei! O que pensa que está fazendo? - ela exclamou ao estar mais longe do escritório.

- Estou atendendo uma ordem de vossa majestade. - o homem respondeu, cortando o caminho pelo jardim.

- Me dê a menina Félix!

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❌ 𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝚗𝚊𝚘 𝚛𝚎𝚟𝚒𝚜𝚊𝚍𝚘 ❌

𝐕𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐌𝐚𝐣𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐞 - ʷʰᵒ ᵐᵃᵈᵉ ᵐᵉ ᵃ ᵖʳⁱⁿᶜᵉˢˢOnde histórias criam vida. Descubra agora