Coleção Adhara Riddle em Hogwarts

Adhara Riddle: The Season Finale: Tentativa e Erro

POV Narrador

O elfo largou Adhara em uma cela velha e imunda, desaparecendo logo em seguida. A garota soltou um bufo, seus lábios trabalhando em empurrar a mordaça enquanto ela inclinava a cabeça contra o ombro puxando o pano para baixo e libertando sua boca.

- Amadores - Debochou revirando os olhos. Ela podia estar sem poderes e presa com magia poderosa, mas não é por isso que ela era uma ameaça neutralizada.

Movendo-se devagar para que suas correntes não fizessem barulho desnecessário e alertasse alguém que pudesse estar próximo, a sonserina vasculhou a cela em busca de qualquer coisa que lhe pudesse ser útil, não achando nada. Para uma cela nojenta como aquela ela foi bem limpa de coisa útil.

- Você é a garota Riddle, não é? Questionou o prisioneiro à sua frente, um homem alto cujos cabelos caíam pelos ombros - Sou Sirius Black. o padrinho do Harry. Esse é Remus Lupin - Apresentou-se e apontou a cela ao seu lado.

- Adhara Riddle, tem algo na cela de vocês? Um prego solto, uma lasca de madeira, uma pedrinha que caiba na fechadura? Qualquer coisa serve - Respondeu a jovem levemente irritada por justo no dia em que foi capturada não ter nenhum grampo de cabelo escondido como era seu costume.

- Nada - Respondeu Lupin, parecendo exausto jogado contra as barras.

- Aqui também não - Disse Black.

- Eles deveriam ter aproveitado toda essa disposição pra limpar esse lugar, mas imagino que seja de propósito - Ironizou Adhara - Fechem os olhos se tiverem estômago fraco, isso não vai ser bonito.

Sem dar tempo para questionamentos, Adhara se jogou contra a parede com força, deslocando seu ombro. Cerrando os olhos com concentração e dor ela usou a mesma parede para empurrar o braço solto para frente e para cima até soltar o membro das correntes. Uma vez solto Adhara pegou impulso antes de se jogar com toda a força contra a parede outra vez, com a intenção de que o braço ficasse no meio do encontro violento do metal das correntes e a parede de pedra sólida, conseguindo o que queria quando ouviu um som nauseante de crack que deu arrepios na dupla presa à sua frente.

- Por Merlin, você acabou de quebrar seu próprio braço - Estupefou-se Sirius, incrédulo com a falta de reação à dor.

Mas a garota não respondeu, sua mão ainda presa ajudando seu braço a igualar sua fratura exposta com o cadeado da corrente, enfiando o osso lascado dentro e movendo até ouvir a fechadura abrir e as correntes caírem no chão. Tudo isso sem soltar um único chiado de dor. Agarrando o ombro solto ela o pôs de volta ao lugar, retirou algumas lascas de osso em meio ao ferimento ensanguentado escondendo onde pode na cela e deixando uma ao seu lado antes de rasgar a manga de sua blusa e usá-la para amarrar fortemente o ferimento, garantindo um pouco de firmeza ao resto do braço.

- É claro que a cela é à prova de magia, assim como as correntes - Disse a garota mais para si mesma que para os adultos. Ela não contava com isso no seu plano, deveria já poder se teleportar ou viajar nas sombras agora, mas teria que se adaptar com a música que tinha disponível. Ela observou sua grade, sem fechadura em nenhum dos lados, era aberta com o contato de varinha, mas a de Lupin e Black possuía - Algum de vocês sabe abrir fechaduras? - Perguntou.

- Eu já consegui quando era mais jovem, mas não tenho certeza se consigo - Admitiu Black.

- Bem, é a hora de tentar, toma - A garota jogou uma lasca de osso para o animago que deixou de pegar dando um ganido de nojo para a parte humana coberta de sangue e carne em seus pés - Ah, tenha divina paciência - Reclamou a semideusa - É um osso, grande coisa, supera isso se quiser morrer aqui. Aliás, sobre isso; não gritem, não chamem a atenção dos guardas, eu sei o que estou fazendo, entenderam? - Ambos assentiram estonteados, nenhum deles nunca tinham visto Adhara em ação e não estavam prontos para tanto pensamento rápido, frieza ou maturidade em uma praticamente criança.

A garota, no entanto, não esperou maiores reações, catou o pedaço mais afiado do osso e sem pensar duas vezes apertou forte, rasgando veias e artérias de seu próprio pescoço, quase se degolando no processo. Alarmes soaram no porão, mas Adhara já esperava por isso, ela só precisava que eles demorassem o suficiente para que... Aí está ele.

- Sua Alteza, estão todos à sua procura - Saudou Thanatos, o deus ceifeiro de almas.

- Não tenho muito tempo Thanatos, me escute, estou presa por bruxos em algum lugar em Londres, conte a Hades e a Nico, peçam ajuda a Hécate, que o Nico ascenda sem mim se for preciso, mas me tire daqui, porque dessa vez não acho que vou conseguir sozinha - Contou. A essa altura já haviam membros da ordem curando desesperadamente a semideusa, que sentia sua alma ainda presa no corpo - Não pode me levar mesmo? Nem com permissão? - O homem negou, era impossível colher uma alma que ainda estivesse presa - Então vá, me tirem daqui por favor - O deus fez uma reverência e se desfez em uma nuvem cinza, enquanto a consciência de Adhara começou a voltar pouco a pouco.

- É monstrinho, não vai ser dessa vez que você vai se livrar de nós, parece que você não é tão boa assim em tudo que faz, esse é o fracasso número o que? 3? 4? Não é tão perfeita assim pelo que parece - Saudou-a a voz seca de Alastor Moody - Não, não curem o braço, vamos deixar como ela quis, em pedaços - A mulher de cabelos coloridos, auror Tonks se Adhara bem lembrava hesitou, mas obedeceu - Na verdade eu me pergunto o quanto de dor a cobrinha aguenta - Disse dando um tapa estralado no rosto pálido da menina que não esboçou nenhuma reação - Saiam todos, avisem a Dumbledore o que aconteceu e digam que eu já a estou punindo. Incarcerous - O feitiço foi lançado suspendendo a garota pelos pulsos e amarrando seus pés.