Adhara Riddle e a Ordem da Fênix: Bônus, Adhara com 12/13 anos

308 21 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Pov Adhara

Alguns anos antes

Olhei em volta vendo o acampamento inteiro ainda inerte, quase escondido pela escuridão da madrugada. Em menos de uma hora o sol iria nascer trazendo com ele os primeiros campistas (geralmente filhos de Apolo) que gostavam de começar bem o dia. É uma rotina que eu particulamente adoro observar, mas não é o objetivo do dia hoje. Caminhei até as águas frias da praia do acampamento que davam abertura para o estreito de Long Island e entrei sem a menor hesitação, nadando um pouco para baixo antes de finalmente deixar a minha forma sirena tomar conta do meu corpo.

Eu me transformei pela primeira vez aos quatro anos, foi uma grande surpresa pra mim, mas a sensação boa que isso me passa nunca sumiu. É como milhares de nervos se ativando ao mesmo tempo tornando todos os meus sentidos melhores e eu de repente estivesse ligada com cada gota d'água, com cada animal, com cada grão de areia de cada oceano diferente no mundo.

É realmente especial.

Nadei calmamente pelas correntes marítimas até um grande recife cheio de vida que me chamou a atenção. Me deitei de barriga pra baixo em uma das pedras próximas e observei com atenção todo aquele ecossistema, os peixes-palhaços nadando tranquilamente entre as anêmonas, alguns peixes borboletas fuçando os corais em busca de alimento, algumas moreias surgindo do nada aqui ou ali para abocanhar agum peixinho desavisado e até mesmo uma pequena tropa de cavalos marinhos meio preguiçosos começando o dia. Era uma visão de pura tranquilidade e... Opa, o que é isso?

Me virei assim que senti pancadas leves em minha cauda e devo dizer que não fiquei realmente surpresa em ver um jovem golfinho alí, ele deu uma cambalhota e nadou um pouco antes de virar e voltar a me encarar. Sorri divertida antes de arrancar em uma corrida para ultrapassa-lo, era sempre assim quando eu entrava na água, todos os animais sentiam minha presença, a maioria ignorava, mas os mais simpáticos sempre vinham até mim.

Nadamos por quilômetros até um banco de areias cheio de conchas, acenei para o golfinho dizendo que iria parar e sentei na areia procurando alguma concha rara, claro que era melhor em zonas abissais, mas sinceramente eu estava com preguiça de descer lá embaixo. Alguns tubarões começaram a passar por cima de mim, mas nunca perto o suficiente pra dar uma impressão de ameaça, acho que estou no meio da migração deles. Não dei muita atenção até ver uma rede se arrastando na minha direção. Me joguei para o lado mas não consegui escapar totalmente, minha cauda se enrroscou na rede que começou a me puxar pra cima. Comecei a pensar rápido nas minhas opções, eu podia fazer uma faca de gelo e cortar, mas não conseguiria antes de ser içada no ar, não estava tão fundo. Outra opção era voltar ao normal, mas acho que seria ainda mais inexplicável uma pré adolescente sendo pescada no meio de Oceano Atlântico com roupa de dormir e sem nenhum responsável na chamada rápida. Não, voltar ao normal não era uma opção, nem aparatar por enquanto, não quero parar na Tailândia de novo. O que me sobrava ser levada pra cima assim mesmo e torcer pra não ser uma pesca filmada.

Coleção Adhara Riddle em HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora