Nuvens negras se avolumam sobre esse céu azul turquesa
Céu turquesa, cor dos olhos de tantos nobres desta terra
E, de repente, é como se os olhos magnânimos e grandíloquos deste céu se abrissem
Despertando todas as sensações que não sabia que escondia
Soltando-se de mim em grandes lágrimas, como gotas de chuvas de convecção no verão
Gotas que molham as crianças que brincam sobre esse mesmo céu azul turquesa
Céu esse que sempre existiu
Céu esse que enquanto existir, poderei acreditar que ainda virão muitos raios louros de sol
E muitas gotas translúcidas de chuva
Muitas nevadas de branco alvo de pureza ainda virão
Muito granizo acinzentado ainda cairá
Esse céu ainda será uma grande maternidade e funerária de estrelas e nuvens
Às vezes rasgado pela altitude das cordilheiras
Às vezes como uma grande abóboda celeste que cobre todos os homens
Uma Capela Sistina de obras de incontável valor
Ainda verei o céu mesmo em meio as imprecisões da alma
Às vezes sujo de estrelas
Às vezes limpo de beleza
Enquanto se puder escrever antíteses, haverá um céu para lê-las
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Esses Poemas Não Deveriam Existir
Poesía"Você olha para o Abismo, o Abismo olha para você" Porque há algo além de nada? Porque somos conscientes? Porque existimos? Porque deixamos de existir? Muitas perguntas Nenhuma resposta Assim como esses poemas Que existem pelo simples fato de existi...