LIBERDADE

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Os olhos verdes continuaram fixos nos meus

A orquestra tocava Nimrod cada vez mais epicamente

Seus olhos eram como janelas, janelas de uma alma obscura de claridade

Eu queria vê-los cada vez mais

Queria mergulhar no oceano de verde daqueles olhos

Queria vê-los em todo o seu fulgor e glória

Era como se ele fosse um anjo

Um brilho alvo como a neve cada vez maior

Os longos raios de sol sobre a face como ondas

A obsessão por tal grandiosa beleza era grande demais

Eu não ia machucá-lo

Eu só precisava tocar aquela face, aquele halo de glória e majestade

Beleza e virtude

Poder e glória

Um ar líquido

Uma arte em plena solidez

Uma vez somente

Meus dedos fracos começaram a se aproximar

Ele queria se oferecer a mim

Sim, ele queria

Nesse momento meu coração parou

A imensidão amazônica daqueles olhos verdes se fechou

Mais uma vez suas asas se abriram

E vi ele voar 

Não seria essa vez que iria chegar lá

Grandiosa liberdade dos olhos verdes tristes

Esses Poemas Não Deveriam ExistirOnde histórias criam vida. Descubra agora