As coisas estão maravilhosas, chego a suspeitar seriamente de como minha vida vem sendo tão tranquila. Bom, tirando o fato de um CEO maluco atrás de mim.
Matheus e eu, sinceramente não temos nada sério e posso dizer que prefiro assim. Não estou pronta pra relacionamentos sérios agora.
Estou agora sentada com o grupo de amigos de sempre, de baixo da árvore na faculdade. Meu celular toca, droga é ele.
Olho o visor e rapidamente bloqueio, fazendo Bernardo levar a atenção até meu rosto, que está levemente desesperado
- Você tá escondendo o que, marrentinha? - Ele se pronuncia fazendo todo o resto me olhar, inclusive Matheus.
- Eu? Nada, ue. - Tento suavizar a minha expressão e dou um sorriso sem mostrar os dentes.
- Você bloqueou o celular super rápido, deu para perceber. - Dessa vez foi Pedro quem disse me encarando.
- Ih gente, tão implicando comigo agora? Eu em. - Balanço as mãos para que eles parem se olhar para mim.
Me acomodo mais na árvore dobrando minhas pernas e juntando meus braços em volta delas, apoio minha bochecha nos joelhos e fecho os olhos para começar a pensar no que eu posso fazer sobre essa situação.
Sinto algum corpo se aproximar de mim, pelo cheiro ja sei quem é, apenas com isso já consigo relaxar e sorrir ao pensar no calor dele.
Matheus toca a pele de meu braço me fazendo abrir os olhos para encara-lo.
- Oi, carinõ. - Ele sussurra baixo que apenas eu sou caapz ouvir. - O que está acontecendo?
- Nada, por quê? - Digo reparando em cada detalhe de seu rosto, como cada partezinha dele é bonita.
- Quem te mandou a mensagem? - Ele começa a acariciar minhas bochechas e algumas mechas do meu cabelo.
- Ninguém, bebê. Foi apenas a Bia. - Arrumo uma resposta rápida esperando que ele mude de assunto.
- Posso ver? - Seus dedos caminham pelos meus cabelos e eu simplesmente estremeço com sua pergunta. Minha desculpa não adiantou.
- Não confia em mim?
- Claro que confio, só estou perguntando porquê você ficou muito apreensiva. - Ele para o carinho.
- Estou normal, Matheus. - Levanto e limpo minhas pernas e provavelmente sujaram com a grama. - Aisha, estou subindo, você vai? - Sinto o olhar de Matheus me queimando mas não o olho de volta.
- Não vou amiga, pode ir na frente.
Saio dali conseguindo respirar um pouco sem me sentir sufocada e vou diretamente para a cantina da escola, preciso de Coca Cola.
Adentro o saguão branco indo rapidamente para aonde vende alguns salgados.
- Oi tia, como vai? - Ela apenas me manda um sorriso de volta. - Uma Coca por favor. - Ela me da e eu pago, para assim sentar em uma das mesas, finalmente conseguindo pegar meu celular para responder meu perseguidor.
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CASO INDEFINIDO
Novela JuvenilMelhores amigos deixaram se levar pelo calor do momento os fazendo perceber que talvez sentissem algo a mais um pelo outro. De um lado um menino frio e grosseiro com todos ao seu redor e do outro uma menina que apesar de todos os infernos que já viv...