Capítulo VIII.

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— Papa! — As vozes de crianças fizeram Eren acordar repentinamente e se sentar no colchão, olhos verdes presos na beira da cama onde duas pessoinhas tinham os olhares vidrados em si.

— Oi, meus amores. Como estão, hum? — Estendendo os braços e pegando um por vez, Eren colocou os dois bebês em cima da cama.

Eren riu ao observar as duas crianças, que não deveriam ter mais que dois anos, um menino e uma menina.

A garotinha tinha grandes olhos azuis e longos cabelos lisos castanhos, a pele pálida era enfeitada na região da bochecha e nariz por sardinhas rosadas quase imperceptíveis, o sorriso fofo tinha duas covinhas lindas o enfeitando também.

Já o menino tinha o cabelo grandinho preto, não o suficiente para amarrar, mas sim para a franjinha ficar com adoráveis grampos, assim como a sua. Os olhos eram afiados e verde esmeralda brilhava lindamente deles, a pele era bronzeada naturalmente, o sorriso também tinha covinhas lindas.

— Com fome! Papa falou pra gente te chamar pra tomarmos café da manhã juntos! — A menina falou animada.

— É? Ele fez o café hoje?

— Sim! Tem um tantão de coisas gostosas! — O garotinho falou. — Ele disse que você estava cansado porque ficou escrevendo até tarde, papa.

— Sim, é verdade. Mas agora estou novinho em folha. — Eren cutucou a barriga dos dois que gargalharam alto quando deitaram na cama pelas cócegas feitas. Corpinhos se debatendo de forma fofa e atrapalhada, arrancando risadas do próprio ômega.

— Papa, não! — Eles gritavam enquanto colocavam as mãozinhas na frente dos corpos em uma tentativa de defesa, ofegantes pelas gargalhadas proporcionadas por um Eren implacável.

— Já lavaram o rosto e escovaram os dentes, hum?l

— Já, papa arrastou a gente pro banheiro para nos dar banho assim que acordamos. — O menino fez uma careta e cruzou os braços, arrancando uma risada de Eren.

— É claro que ele fez isso. — Murmurando divertido, Eren puxou os dois bebês para o próprio colo e os abraçou, sentindo os bracinhos curtos circularem seu pescoço com ternura e carinho.

— Papa, cheirinho. — A menininha falou ao afundar o nariz pequeno na sua glândula, quase ronronando em seguida quando esfregou o próprio rosto na curva do pescoço e ombro do ômega. Os feromônios emitidos sendo o suficiente para acalentar os dois bebês agitadinhos, que só suspiraram satisfeitos no colo de Eren.

— Antonie? Catherine? — A voz rouca ecoou baixa, fazendo os três olharem para porta apenas para verem Levi parado no batente. — Acordaram seu papa?

— Sim! — Os dois responderam ao mesmo tempo com sorrisos idênticos aos do alfa.

— Então vão lavar as mãos para tomarmos o café.

Concordando rapidamente com a cabeça, os dois filhotes deixaram beijos na bochecha do ômega e saíram de forma atrapalhada da cama, correndo pro banheiro no fim do corredor.

— Sem correr, eu estou vendo. — Levi falou e ouviu murmúrios, mas a movimentação agitada parou no mesmo momento. Se aproximando da cama, o alfa se sentou na beira do colchão e encarou Eren. — Bom dia, dorminhoco.

— Bom dia. — Eren sorriu e recebeu um selinho carinhoso, seus olhos percorreram o rosto bonito do alfa, observando a cicatriz que ia desde acima da sobrancelha até abaixo do lábio. — As crianças falaram que você fez o café hoje.

O MILAGRE (ERERI - RIREN + OMEGAVERSE)Onde histórias criam vida. Descubra agora