Marketing [Intersexual]

Trabalho de parto.

POV LUDMILLA

- Sim. Ludmilla. Brunna pode dar à luz um pouco mais rápido. — A doutora disse e senti minha garganta apertar.

- Rápido... quanto?

- A qualquer momento. - Ela dizia tão calmamente, como ela é aquilo não fosse apavorante. - Ludmilla, você precisa estar preparada, ok? O seu filho está bem. Não estamos fazendo isso para que Brunna também assine, mas isso é mais complicado. Estamos cuidando da ágora. Só tenho medo de ficar calmo e esperar. Preciso que você passe tranquilidade por isso.

- Tudo bem. Mas eu quero estar lá quando quiser nascer.

- Você vai estar lá, pode ter certeza. - Ela disse e eu assenti. Respirei fundo, tentador ao máximo conter a minha vontade de socar a cara de todos ali e entrar correndo dentro daquele quarto para ficar perto da minha esposa. A doutora estava certa, mesmo que eu achasse um absurdo me pedir calma com tudo aquilo que estava acontecendo com Brunna.

- E agora?

- Agora, espere. Vamos mantê-lo informado. Não vamos fazer de tudo para salvar Brunna e o bebê.— A doutora disse e me deu as costas entrando no corredor. Por que ela estava desaparecida aqui? Estou Aquilo era sério, muito sério. Algo estava muito errado, mas ele conseguiu entender. Você está na mídia. Já não conseguiu controlar meu choro. Eu estava sozinha, mais de uma vez. Foi muita informação para mim, minha cabeça parecia que ia explodir e meus olhos iriam estourar de tanta lagrima. Mas eu não podia fazer nada além de esperar enquanto estavam fazendo algo com Brunna lá dentro, e eu só podia torcer pra dar tudo certo.

...

- Eu não me como. - Brunna falou me atacando um cabelo travesti pela segunda vez.

- Por que você não gosta? - Perguntei calmamente, tentando perder paciência, porque essa foi uma terceira vez, não o dia em que ela estava bêbada comigo por nada.

Infelizmente, ainda estavamos naquele hospital, e eu ainda foi atormentada com os sustos de dois "falsos aliados" que ela bebeu. Nessa altura, ele estava sobrevivendo a dois analgésicos na base. Foi muito susto, muito estresse, muita cabeça. Foi muito difícil ficar aqui. Mas eu sabia que isso iria resultar em algo bom, e esse "algo" me deixava muito feliz e me motivava a não enlouquecer.

Era difícil ser paciente ou tempo tudo, principalmente quando Brunna tinha suas crises de bipolaridade e passava a odiar minha presença de uma hora para outra. Ou quando começava a chorar por não estar feliz pelas mudanças que seu corpo estava tendo. Nessa altura, ele foi completamente transformado. Sua beriga estava bem maior, assim como seus seios, coxas... Ela estava odiando, mas era mais bonita e sexy a cada dia.

Ela se estressava sem ter motivo algum, e as vezes o melhor era coloca-la para dormir, pois esse estresse todo era o maior motivo de tudo aquilo que acontecia com ela. Mas eu não me importava, em certos momentos até achava engraçado a forma em que ela era amável em um momento e completamente psicopata no outro.

- Eu não quero ouvir sua voz.

- Se eu fiz algo de errado fala pra mim caralho, não fica de frescura não. — Falei, já me arrependendo em seguida, pois Brunna me encarou me fuzilando com os olhos. - Desculpa, amor. Não quis ser rude.

- Você não fez nada, Ludmilla. — Ela disse cruzando os braços e encarando a janela. - Só não estou com o humor muito bom. Não aguento mais ficar aqui.

- Eu percebi. — Falei sorrindo e me sentei ao lado dela na cama. - Só tenta não se estressar. Meus pais e a Jas estão vindo pra cá pra te ver. Você vai se sentir bem.— Dei um beijo em seu rosto e ela suspirou alto como se fosse um protesto, como se ela quisesse que eu a beijasse. Eu estava evitando fazer isso depois das milhares de vezes que comecei a beija-la ali e ela simplesmente perdia a linha querendo arrancar todas as nossas roupas. Era impossível fazer algo ali, pois alguém podia entrar a qualquer momento. E eu também tinha quase certeza de que Brunna não podia ter relações sexuais no estado que ela estava. Mas como eu não entendia porra nenhuma de gravidez, evitava e ficava na dúvida mesmo.