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Kenma estava em seu novo escritório, era madrugada, ele estava monitorando e ajudando Akaashi em uma missão, a qual ele deveria matar um cara que estava os devendo muito dinheiro. Em uma das telas de seu computador, estava a câmera que havia na frente de sua porta.

Era um pequeno vaso de planta vermelho que tinha a câmera perfeitamente escondido entre as folhas. Extremamente imperceptível para alguem leigo no assunto, a única razão para desconfiarem daquele vaso de plantas seria se a pessoa que o visse fosse um florista ou ou um agrônomo. Mas quais seriam as chances? 

Ele olha para o relógio de seu celular, eram exatas 4:50 a.m, olhando novamente para o monitor da câmera, ele avista as portas do elevador se abrirem, assim, revelando uma garota com um olhar cansado e com os cabelos levemente bagunçados. Era sua única vizinha do andar.

Ele acabou decorando quando que a garota chegava em sua casa, já que na maioria das vezes, eles se esbarravam no corredor ou no elevador neste mesmo horário.

Nunca trocaram um diálogo, no máximo um "boa noite" e talvez um "oi" por educação e para não ficar um silêncio constrangedor enquanto aguardam o elevador chegar em seu andar. Mas mesmo assim o garoto mantinha o olho nela, por isso a câmera escondida.

Ela aparenta ser uma garota normal que apenas trabalha em um turno de noite, mas Kenma não poderia abaixar a guarda. Ele era paranoico o bastante para achar que a garota poderia ser uma espiã ou algo do tipo.

Assim que ele a vê andando pelo corredor e entrando na única porta da esquerda, sua respectiva casa, ele volta a ajudar Akaashi, falando agora em qual posição seu alvo estava e dizendo para Keiji preparar a mira da sniper, já que isso era extremamente mais importante do que suas paranoias a respeito da vizinha.

Kenma nunca iria se esquecer do estresse que passou assim que comprou seu apartamento. Ele gostaria de comprar os dois únicos do andar, mas assim que foi falar com o responsável pelas vendas, para o azar do garoto, ele já havia sido comprado no dia anterior.

O único motivo para querer os dois apartamentos era que não teria que se encontrar com outras pessoas no corredor, assim consequentemente, teria mais privacidade com seu trabalho.

Seus amigos haviam dito para ele comprar uma casa ou até mesmo uma cobertura de luxo, mas o meio loiro tinha um ótimo argumento: Quanto menos luxuoso o local, menos suspeitas para a policia. Por isso resolvera fazer seu escritório em um bairro residencial simples.

Não é como se o apartamento fosse velho caindo aos pedaços, na verdade, ele era bem moderno e aconchegante. Eram dois quartos por apartamento, além de uma cozinha considerável, dois banheiros, sala grande e lavanderia separada.

Estava mais do que ótimo para alguém que só usaria as partes do fundo do apartamento para ser um escritório completo e a parte da frente, sendo a sala, um dos banheiros e a cozinha, como um apartamento normal para quem fosse ver.

Kenma reformou o apartamento, juntou os dois quartos, o transformando em um só, colocou um computador extremamente moderno com cinco monitores e dois teclados, uma cama, e mais alguns móveis padrões de quarto para poder ficar ali confortavelmente ao invés de voltar para a sua verdadeira casa, a qual dividia com os amigos.

Quando o assunto era trabalho, ele não se importava em gastar para ter do bom e do melhor.

Mas como não conseguiria comprar o outro apartamento, Kenma teve que aceitar o fato de que teria uma vizinha, e sobre eles sempre se encontrarem pelos corredores e pelo elevador, estressava mais ainda o meio loiro.


Shinkai Hanayumi, ou apenas Hana, havia acabado de voltar de seu turno, ou melhor, da casa de seu amigo, Kuroo. Apesar da garota ter sido dispensada do hospital mais cedo do que o comum, o Tetsuro havia ligado para a mesma pedindo ajuda para tirar os pontos do seu recém machucado, a qual a mesma havia cuidado.

Lady In The Wall | Kenma KozumeOnde histórias criam vida. Descubra agora