Maria Luísa
Foram dois dias intensos de congresso, palestra, reuniões.
Já se passavam das 22h, quando finalmente me deitei na cama macia do hotel.Pelo menos amanhã, tenho compromisso só após o almoço. E pra ser sincera, nem faço questão que meus dias corridos acabem. Só assim, boa parte do tempo esqueço do traste do Rodrigo. Mas é só as coisas acalmarem, que meus pensamentos voltam para aquele maldito dia, em que descobri toda farsa daqueles dois filhos da puta.
Peguei meu celular e estava lotado de mensagens, respondi apenas minha mãe e a Lore.
Rolei pela cama e a vontade de chorar veio forte. Mas quer saber? Chega disso, não vou ficar aqui sofrendo por quem não merece uma lágrima minha.
Tomei meu banho relaxante e fui pegar uma roupa na mala, enquanto procurava meu pijama, vi um pequeno folheto do hotel, e em destaque estava um bar, e pelo anúncio, até que parece ser divertido.
E é pra lá mesmo que eu vou!
Ficar à toa sofrendo?
Nem pensar Malu González!Coloquei um vestido preto, curto e colado, era o único que trouxe que não é formal, fiz uma make e fui até o bar.
Tinham poucas pessoas, mas tudo bem, afinal quem vai estar em um bar de hotel em plena quarta-feira? Só estando na pior mesmo, como eu.
Me sentei e pedi um drink, o mais forte da casa. Enquanto meu pedido não chegava, postei a foto que tirei antes de sair.
Meu drink não demorou a chegar, bebi e desceu queimando tudo...Algumas horas se passaram e eu já havia bebido alguns drinks, e finalmente a música sofrida deu início a uma boa música animada.
Começo a me balançar devagar ainda sentada.
Mas o que estou fazendo? Bebendo em plena quarta-feira e dançando numa mesa de bar de Hotel sozinha? Eu devo estar surtada mesmo.
Ah, mas quer saber, que se foda minhas convenções!
Me levantei e me joguei na pista de dança, danço sentindo a batida sensual que a música emitia, como se fossemos apenas eu e ela presente naquele ambiente.
Enquanto dançava não pude deixar de notar que algumas pessoas repararam em minha dança, ri disso e continuei dançando, em um instante acabei pisando em falso e se não fosse por alguém me segurar eu teria ido parar no chão.
Me virei para agradecer o homem que me ajudou, seu perfume o denunciava, e me deparei com o mesmo homem estranho que esbarrou em mim ontem.
— Ah não, você de novo? - Falei e ele me encarou.
— Agradecer é bom, sabia? Um obrigado, cairia bem. - Falou olhando em meus olhos.
E não pude deixar de reparar como seu olhar é intrigante.
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Ela & Ela | Ricelly Henrique
FanfictionEm que momento da vida alguém percebe que tudo o que defendeu não valia de fato a pena? Maria Luísa e Henrique serão confrontados com essa questão e terão que escolher, ter razão ou ser feliz? Autoras: Nathasha e Lutrios