Capítulo 06

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Maria Luísa

Foram dois dias intensos de congresso, palestra, reuniões.
Já se passavam das 22h, quando finalmente me deitei na cama macia do hotel.

Pelo menos amanhã, tenho compromisso só após o almoço. E pra ser sincera, nem faço questão que meus dias corridos acabem. Só assim, boa parte do tempo esqueço do traste do Rodrigo. Mas é só as coisas acalmarem, que meus pensamentos voltam para aquele maldito dia, em que descobri toda farsa daqueles dois filhos da puta.

Peguei meu celular e estava lotado de mensagens, respondi apenas minha mãe e a Lore.

Rolei pela cama e a vontade de chorar veio forte. Mas quer saber? Chega disso, não vou ficar aqui sofrendo por quem não merece uma lágrima minha.

Tomei meu banho relaxante e fui pegar uma roupa na mala, enquanto procurava meu pijama, vi um pequeno folheto do hotel, e em destaque estava um bar, e pelo anúncio, até que parece ser divertido.

E é pra lá mesmo que eu vou!
Ficar à toa sofrendo?
Nem pensar Malu González!

Coloquei um vestido preto, curto e colado, era o único que trouxe que não é formal, fiz uma make e fui até o bar.

Tinham poucas pessoas, mas tudo bem, afinal quem vai estar em um bar de hotel em plena quarta-feira? Só estando na pior mesmo, como eu.

Me sentei e pedi um drink, o mais forte da casa. Enquanto meu pedido não chegava, postei a foto que tirei antes de sair.

Meu drink não demorou a chegar, bebi e desceu queimando tudo

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Meu drink não demorou a chegar, bebi e desceu queimando tudo...

Algumas horas se passaram e eu já havia bebido alguns drinks, e finalmente a música sofrida deu início a uma boa música animada.

Começo a me balançar devagar ainda sentada.

Mas o que estou fazendo? Bebendo em plena quarta-feira e dançando numa mesa de bar de Hotel sozinha? Eu devo estar surtada mesmo.

Ah, mas quer saber, que se foda minhas convenções!

Me levantei e me joguei na pista de dança, danço sentindo a batida sensual que a música emitia, como se fossemos apenas eu e ela presente naquele ambiente.

Enquanto dançava não pude deixar de notar que algumas pessoas repararam em minha dança, ri disso e continuei dançando, em um instante acabei pisando em falso e se não fosse por alguém me segurar eu teria ido parar no chão.

Me virei para agradecer o homem que me ajudou, seu perfume o denunciava, e me deparei com o mesmo homem estranho que esbarrou em mim ontem.

— Ah não, você de novo? - Falei e ele me encarou.

— Agradecer é bom, sabia? Um obrigado, cairia bem. - Falou olhando em meus olhos.

E não pude deixar de reparar como seu olhar é intrigante.

Ela & Ela | Ricelly Henrique Onde histórias criam vida. Descubra agora