Capítulo 18

672 40 17
                                    

Maria Luísa

Depois que o Henrique saiu da minha sala, fiquei abraçada com minha mãe.

— É vamos voltar pra lá mãe, já perdi muito tempo aqui. - Falei e minha mãe concordou.

Voltamos pro coquetel e procurei a Lore, ela estava com o Hugo.
Percebi também que nem Henrique nem o Juliano estavam mais ali.

Por volta das 20 h, já fomos encerrando, e por incrível que pareça o dia de hoje superou minhas expectativas...

— Malu eu já vou indo com o Hugo, aí você vai com a mãe e o Gui. - Olhei pra Lorena não entendendo nada.

— A mãe chamou eles lá pra casa.

— Dona Roberta sempre surpreende. - Falei rindo.

— Ela amou eles, os genrinhos. - Riu

— Só tem um genro Lore, não começa também. - Ela riu e saiu sem responder.

...

É hoje que eu não respondo por mim, pensei ao ver a mesa de casa com algumas garrafas de campari. Ri dos meus pensamentos e me sentei pra ouvir meu cunhadinho cantando...

— Malu, vem aqui rapidinho. - Minha mãe me chamou e me sentei ao seu lado.

— Que foi?

— Filha, você sabe que eu não sou de pressionar você e sua irmã, mas percebi que você ficou abalada depois da conversa com aquele rapaz que estava na sua sala quando eu cheguei, o amigo de vocês lá.

— Mãe está tudo bem. - Sorri fraco a olhando.

— Mesmo? Eu sei que você uma mulher forte e decidida, mas se não estiver tudo bem em relação ao que seja, pode se abrir comigo, eu só não quero te ver sofrendo de novo.

— Êh laiá dona Roberta, a senhora me conhece bem demais heim?

— Sou sua mãe né Maluzinha. - Sorriu.

Minha mãe me olhava atenta esperando eu falar algo, mas ainda sinto que não é hora, nem momento pra dividir com ela essa minha loucura com o barbudo, ops, Henrique.

— É complicado de explicar mãe, e não quero falar disso num dia tão especial como hoje. Mas tá tudo bem, fica tranquila.

— Tá bom filha, eu confio em você. - Ela me dei um leve abraço e um beijo na minha cabeça.

— Mas me diz, e esse Gui, parece interessado em você, ham? - Gargalhei, minha mãe tá sem limites.

— Ele é um querido, engraçado e gente boa...

— Bonito, gentil, encantador... - Sorriu me olhando.

— Ah, mãe. - Ri sem graça.

— Dona Malu, o que te impede de se divertir? Você é livre pra, como vocês falam mesmo, ficar sem compromisso, não é?

— Mais olha isso, tá muito saidinha heim mãe. - Rimos

— Só quero te ver sorrindo assim filha, aproveita a vida, você merece depois de tudo que passou.

— Obrigada mãe, você é a melhor sabia? - Dei um beijo em sua bochecha e me levantei.

— Onde vai?

— Pegar bebida, aproveitar, lembra? - Ela riu.

Ficamos na resenha até tarde, minha mãe se retirou antes, a véia não aguenta uma noite acordada hahaha.

Conversamos, bebemos e cantamos, sim, Gui tanto fez que conseguiu me ensinar uns versinhos sofridos, só ele mesmo...

Estávamos nós dois sentados juntos no sofá, Lore e o Hugo sumiram e ficou nós dois pra acabar com a bebida.

— Se eu soubesse que cê gostava tanto assim de campari tinha trazido uma especialmente pra você. - Ele falou e me olhou sorrindo.

— Ainda pode trazer, eu amo. - Pisquei.

Mas no mesmo momento já me lembrei do barbudo, ele que gosta disso... Ah Maria Luisa, para de pensar nesse corno.

— Que foi? Fechou a cara do nada.. - Guilherme me olhou com a testa franzida.

— Nada não. - Ri fraco.

Ele sorriu e reparei no seu sorriso e no jeito dele de me olhar.

— Vem cá, bora tirar uma foto, fizemos várias hoje, mas faltou uma só de nós dois. - Ele disse me puxando pra perto dele.

Fizemos a pose e eu comecei a rir quando vi que era um vídeo...

— Oh, só você mesmo, me manda esse vídeo que eu quero postar, pode?

— Claro uai, é bom aparecer do seu lado que espanta os homens de cima de você.

— Guilheeerme. - Ri.
— Eu que digo né? Tantas mulheres em cima de ti, vai que eu posto e melo algum romance seu.

— Romance Malu? - Sorriu negando.
— Único romance que eu quero é se for com você. - Ri e virei o copo pra fugir da resposta.

— Campari é bom né? - Falou se aproximando.

— É.. - Murmurei sentindo sua respiração próxima.

— Mas tem jeito melhor de aproveitar o sabor, sabia?

— Sei não, mas me mostra como é. - Mordi meu lábio olhando pra sua boca.

Ele passou a mão pela minha nuca e grudou nossas bocas. O beijo começou calmo, a boca gostosa que ele tem, tinha muito que ser explorada...

O clima foi esquentando, e as mãos dele percorria meu corpo, me causando arrepios.

Puxei seu cabelo quando seus beijos começaram a descer para meu pescoço e sua barba roçar contra minha pele... Porra.

Porque não paro de pensar no barbudo? Que merda heim Malu. Tenho que esquecer isso...

Com certa facilidade consegui deitar o Gui no sofá e em cima dele voltei a beijar sua boca. Sentia suas mãos me apertem por inteira, ergui sua camisa e me deliciei com a visão...

O beijo foi esquentando mais e suas mãos tinham pressa, ele enfiou a mão por baixo da minha blusa e por um instante lembrei do meu juízo...

— Guii..

— O que foi Malu? Fiz algo errado?

—  Não, não, só não quero avançar esse sinal agora, entende? - Sorrio sapeca e ele riu sem graça.

— Então acho melhor pararmos por aqui. E tá tudo bem, só de ter te beijado eu já ganhei o dia, mês e ano. - Gargalhei...

— Não sou tudo isso gato... - Ele sorriu e eu me sentei.

— Ah é sim... Cê não sabe o quanto que  cê é... Boa, boa. - Sorri.

Ficamos num papo agradável até o dia amanhecer, trocamos mais alguns beijos, mas não passou disso.
Gui é muito querido mesmo.

Ela & Ela | Ricelly Henrique Onde histórias criam vida. Descubra agora