Ela & Ela | Ricelly Henrique

Capítulo 12

Maria Luísa

Os dias passaram como num piscar de olhos.

E dentre reuniões e decisões tomadas, estamos abrindo uma filial de nossa clínica em Goiás, mas precisamente na cidade de Goiânia...

Uma das decisões que tomamos, foi minha partida com a Lorena.
E isso a deixou ainda mais feliz, já que seu namorado mora em Goiânia.

Já eu preciso sair do Rio, me afastar e sair do acesso de Rodrigo, que constantemente tenta se reaproximar, na academia, na empresa, no shopping e até nas baladas. E isso está me chateando cada vez mais...

Temos uma equipe muito capaz pra ir administrando as coisas aqui com minha mãe.

[...]

O dia de ir finalmente chegou, eu não estava tão animada assim, afinal ficaria longe das praias maravilhosas daqui.

Eu e Lore nos arrumamos e mamãe nos levou até o aeroporto, não vamos ficar tão longe, já que ela estará lá semana que vem.

Chegamos em Goiânia e o calor que está aqui já me cativou.

Tudo dando certo hoje, conseguimos um Uber sem demora e fomos direto pra casa que alugamos, em um condomínio privado.

Precisava descansar um pouco, corremos muito pra que tudo se encaixasse na nossa vinda pra Goiânia. Amanhã ainda temos muitas coisas a fazer na clínica que ainda não inaugurou...

Chegamos na casa, me dei por vencida em deixar as malas na sala mesmo. Me joguei no sofá, já o testando. Nada comparado ao meu, mas pra quem está super cansada ele é valioso.

— Não vai subir essas malas? - Lore falou animada.

— Agora não. - Respondi e fechei os olhos. Que paz.

— Bom, já coloquei as minhas no meu quarto e eu até te ajudaria se eu não fosse sair. - Escutei seus passos e presumi que ela foi se arrumar, não sei.

Lorena está super entusiasmada, agora perto do namorado a energia e animação dela parece ter aumentado em 100% ...

— Você não vai mesmo dona Malu?

— Eu não.

— Primeira oportunidade que você tem de sair e o embuste não ter chances de atrapalhar sua felicidade e você decide ficar aqui.. - Abri os olhos a encarando.

— Dispenso, prefiro descansar Lore, vai você, se divirta e mate a saudade do seu amor.

— Mas vai ter outras pessoas, cantores, amigos dele, queria tanto te apresentar pra eles.

— Esse povo trabalha não? Eu heim. - Ri, aja voz pra cantar todo dia.

— Desde quando virou fiscal da vida alheia? - Perguntou rindo

— Desde que tenho um cunhado cantor...

— Tudo bem, hoje não vou levar pro coração, mas tem show da dupla essa semana aqui, e nós vamos.

— Aí Lore, se tivesse falado antes, preferia ir hoje, sair pra escutar essas músicas de sofrência, sério? - Reclamei e senti minha pele arder pelo tapinha que ela me deu.

— Nem é tão ruim assim Malu.

— Sério Lore, de onde esse povo tira tanta desilusão pra compor e cantar tanta sofrência heim? Capaz da minha história virar música... - Rimos.

— Não sei, mas quem sabe, da uma boa música e pode fazer sucesso, mas deixa pra perguntar pessoalmente, quando você conhecer eles. - Ri, mas de desespero.