ꕥ 14 - Bela ironia ꕥ

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Acho que já senti medo nessa vida, mas não da forma como senti agora

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Acho que já senti medo nessa vida, mas não da forma como senti agora.

Medo de perder.

Perder de todas as formas possíveis alguém importante para mim. Medo de ter feito todas as escolhas mais erradas que eu poderia fazer e que culminassem em perdê-la de vez. Não posso perdê-la!

Minha cabeça fervilha e esfrego o cenho com os dedos enquanto espero na emergência do hospital que façam exames na MiCha, para saber se está tudo bem, se a contusão não foi grave ou se ela irá precisar ficar em observação. Minha namorada bateu o carro em um poste depois de desviar para não acertar outro carro, bateu a cabeça no volante porque o Air bag não funcionou e fez um baita corte na testa. Cheguei poucos minutos depois do acidente e ela ainda estava lá, toda suja de sangue e desacordada por causa do impacto.

Meu mundo desmoronou bem ali diante daquele carro batido com a minha namorada dentro. O medo de perdê-la quase me fez derreter no asfalto, minhas pernas ficaram molengas e precisei lutar muito para não precisar de amparo. Nunca desmaiei, mas cheguei realmente perto.

Felizmente não parecia ser algo muito grave, minutos depois ela acordou e seus olhos sobre mim indicavam que estava bem. Me reconhecia, se entenderia as coisas que viu aí já não sei, mas ao menos não me repeliu de imediato.

Uma pequena parte de mim torcia para que ela esquecesse o que viu na biblioteca, mesmo que não fosse nada demais, havia brecha para que entendesse tudo errado. O que com certeza aconteceu. Minha maldita ex surgia para estragar tudo de novo e de novo. Conseguiu em uma tacada só colocar a minha relação e minha namorada em risco iminente. A odeio de verdade agora, se quiser pular da ponte que se foda! Nunca mais a impedirei.

Não depois de sentir o que senti hoje. Não depois de ver a minha namorada ensanguentada e machucada por causa dos caprichos dessa garota insuportável, em partes indiretas ela a machucou e eu jamais irei perdoá-la. Avisto a enfermeira que está responsável pelos exames da MiCha e fico de pé para saber notícias.

— Ela tá bem? — pergunto de imediato, pois é tudo o que preciso saber.

— Hm, você pode ir vê-la agora, daqui a pouco o médico vai até a sala falar sobre o exame — explica brevemente. Me curvo em agradecimento e vou direto para a enfermaria com várias macas separadas por cortinas. MiCha está na última da fileira no canto da sala. Tem mais algumas pessoas ali, mas ninguém parece nem me notar.

50.000 ₩ Pelo Seu AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora