°NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES°
Kwon Micha se vê em um delicado dilema. Precisando de dinheiro para consertar seu recém batido carro, recebe uma proposta inesperada e um tanto indecente de seu 'amigo de amigos' Jeon Jungkook. A proposta do jovem soa tentado...
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Minha declaração para MiCha na livraria virou o assunto do campus, acho que ninguém esperava que eu acabasse sendo tão ousado ou romântico ou ousado, romântico e maluco. Nem eu sabia que seria assim, MiCha me transformava em um homem diferente a cada dia. Claro que filmaram e claro que o vídeo viralizou na internet e claro que a minha mãe viu, para não dizer outra pessoa que eu preferia nem citar o nome para não atrair.
Estava com vontade de revirar os olhos enquanto ouvia minha mãe falando milhares de bobagens sobre como me expus e como estava perdendo meu tempo correndo atrás de uma garota ao invés de estar estudando e trabalhando, como se ela não me incitasse a perder tempo correndo atrás de uma garota sempre que tivesse oportunidade.
Não tive escolha, ela veio até Seoul só pra me encher o saco então passei a última hora de almoço ouvindo-a falar e sinceramente não entendo a obsessão dela por me casar com a minha ex, não era por dinheiro, nem por status, nem poder, era apenas e exclusivamente porque ela idealizou desde que eu era um bebê, casar com a filha da melhor amiga dela. Estava começando a achar que todos à minha volta precisavam de terapia urgente.
ㅡ Você ouviu o que eu disse? — minha mãe perguntou após perceber que eu já tava longe em pensamentos.
— Hm — respondo simplesmente, mas quero mesmo dizer que tanto faz.
— Os Parks pediram pra você falar ao filho deles que apareça por lá, faz tempo que ele não vai — repete o que havia falado anteriormente.
— Eu vou dizer pra ele, mas já vou logo avisando, Jimin tá mais perdido que prisioneiro em fuga esses dias, então acho difícil ele ir para Busan assim sem mais nem menos — explico.
— Deixa eu adivinhar, namorada também? Vocês não prestam morando longe, são uns irresponsáveis que não focam no que importa de verdade — começa seu discurso outra vez.
— Tá mãe, eu já entendi — olho para o relógio em meu celular. — Tá na hora de ir, tenho aula, um seminário para apresentar em alguns dias e trabalho para fazer ainda.
— Vamos nos encontrar mais tarde de novo — diz e não é um pedido. — Mal vejo o meu filho.
— Ah, mais tarde eu tenho encontro com a MiCha, 100 dias de namoro, então não vai dar, mas se a senhora tiver por Seoul depois a gente vê outro dia — apresso-me em levar para sair.
