CAPÍTULO 6

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NO DIA SEGUINTE

Eu tomava o meu café da manhã que a sra Miller nos preparou com tanto carinho, a viúva mal imaginava que o homem que ela enomarara tinha passado a noite fazendo amor comigo.

Dillinger era um homem muito sedutor, ele sabia quais palavras usar para conquistar uma mulher, eu observava a forma como ele se dirigia a dona daquele hotel. Ele poderia estar fazendo o mesmo joguinho comigo, então, eu não poderia confiar totalmente nas coisas que ele me disse ontem a noite.

Novamente, ele saiu, mas dessa vez ele não trancou a porta. Ele não se esqueceu, só estava confiante de que eu não fugiria. Mas pra onde eu iria? Agora sou uma foragida do FBI, eles não vão acreditar que não sou cúmplice de Dillinger. Não tenho provas da minha inocência.

Pra minha surpresa, ele mal saiu e recresou pro nosso quarto apressado.

- Temos visita, boneca. - disse ele pegando sua arma que estava escondida em baixo do colchão

- Que visita?!

- A polícia! Quem mais poderia ser?!

Senti meu corpo gelar.

- E-Eles te viram?! Como eles nos encontraram aqui?!

- Eles não devem saber que estamos aqui, mas estão a nossa procura. Eu estava indo pra casa da sra Miller e vi o carro deles estacionado perto da recepção.

- E agora?!

- Vamos embora daqui agora!

Dillinger me puxou pelo braço me tirando daquele muquifo. Lá fora, avistei o carro da polícia, mas não tinha nenhum policial por perto. Eu estava com muita pressa em sair dalí, eu queria correr, mas Dillinger agia com calma e cautela. Chegamos no carro roubado e entramos nele, ele pôs a chave na ignição ligando o motor e deu a ré saindo do estacionamento ainda sem pressa.

Pegamos a estrada, pelo retrovisor, eu via o hotel Miller ficando pra trás. Dillinger me olhou exibindo seu sorriso ladino, eu acabei sorrindo pra ele também. Não vou negar que aquilo me deu gosto, um misto de aventura e adrenalina.

Mas logo me preocupei novamente.

- Pra onde iremos agora?

- Pra casa de uma amiga.

- Hum! "Amiga." - falei com desprezo

- Você é ciumenta, ein?!

- Não sou ciumenta! Você que é um sem vergonha! - Dillinger ria de mim

- Se está ciumenta agora, imagine depois que estivermos casados.

Franzi meu cenho.

- Que?! Casados?!

- Claro!

- Você tá louco! Eu nunca me casaria com você!

- E porque não?

- Porque você não é do tipo pra casar. - dei de ombros

- Não sou pra casar porque?

- Ai Dillinger! Não se faça de idiota! Eu posso ser boba pra muitas coisas, mas pra outras não. E você é do tipo de homem que não pode-se levar a sério.

- É sério isso que você tá dizendo?! Está de preconceito comigo?!

- Não é preconceito!

- Ah é preconceito sim! Não posso ter uma esposa e filhos só porque assalto bancos?

- Você sabe que não é disso que estou falando!

- É sobre o quê então?

- Você não pode ver um rabo de saia! É um galinha! Nem casado você sossegará.

JOHN DILLINGER - Johnny Depp Onde histórias criam vida. Descubra agora