Um homem possessivo e obcecado.
Uma jovem e intensa atriz.
Ele tem 37 anos. Ela apenas 20.
E do mundo que Ava deseja conquistar,
Theodoro Trajano é o dono.
Desde o momento em que Theodoro Trajano conhece a jovem Ava Theron, o banqueiro de 37 anos pa...
Espero que estejam gostando, e boa leitura!!!! Até quinta! ❤️
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AVA THERON
Afastei-me de Theodoro assim que as portas do elevador privativo foram abertas de forma automática, diretamente no hall de entrada da sofisticada cobertura do digníssimo Sr. Trajano. Longe daquele edifício opressor de tão luxuoso, era fácil sentir como se estivéssemos em algum pé de igualdade e fingir que não havia rios de dinheiro entre nós dois. Ou um imenso muro nos separando emocionalmente.
Porque, no que se referia ao nosso relacionamento físico, nós dois éramos tão próximos que podíamos adivinhar e prever cada desejo um do outro. Só que agora não se tratava apenas das minhas vontades ou das de Theodoro, havia um bebê envolvido.
E eu precisava pensar nele.
Descalça, eu caminhei pela sala e joguei a mochila pesada sobre o sofá de couro marrom. Ignorando a decoração feita para intimidar e impressionar, assim como os quadros opulentos e artefatos valiosos espalhados por cada centímetro da cobertura.
Contornei em silêncio o piano de cauda negro e me afastei, perdida dentro da minha própria cabeça.
— Pensei em preparar algo para comermos — Theo revelou, e só então dei-me conta de que o meu estômago permanecia vazio. De todas as qualidades que o homem possuía, cozinhar maravilhosamente bem era a que mais me surpreendeu.
— Pode ser — respondi, feito uma criança entediada.
Meus olhos voltaram-se para a vista privilegiada, que apenas uma das mais altas coberturas da Park Avenue teria.
Admito, não foi difícil me apaixonar ou me acostumar com a vista, o luxo e todo o conforto que rodeava Theodoro. Gostei de me sentir segura, por isso entregar o controle da minha vida a esse homem foi tão fácil.
Ele cuidava de mim. Fodia com o meu corpo sem dó. Preocupava-se com o meu sono, os ensaios, se eu me alimentava ou não.
Eu não suportaria perder nada daquilo, assim como não suportaria perdê-lo.
Foi esse o pensamento que fez com que eu me virasse a fim de procurar por Theo na imensa sala. Apenas para que pudesse olhar diretamente para ele quando começasse a me despir. Parecia carência, um sinal do quanto era frágil o relacionamento que possuíamos, mas era com o sexo que minhas inseguranças desapareciam.
Nesses momentos, eu sentia que tudo era possível. Até mesmo que Theodoro Trajano pudesse me amar.
E era atrás dessa sensação que eu estava, quando ergui o rosto e me deparei com o olhar de Theo atento a cada pequeno gesto meu. Assistindo-me de forma hipnótica, ficar nua tão devagar quanto foi possível.
O prazer que me invadiu ao notar a mudança em sua expressão, fez com que a minha fome desaparecesse. Assim como o cansaço, e as preocupações. Com a mandíbula cerrada e os olhos duros, Theodoro Trajano retirou o casaco que usava e, em seguida, dobrou as mangas de sua camisa azul-marinho expondo os braços grossos e cobertos por pelos negros. O Blancpain em seu pulso reluziu, mas tudo em que o homem pareceu prestar atenção... foi em mim.
