Amélie jamais poderia imaginar que se apaixonaria pelo jovem republicano revolucionário Enjolras, ela sabia que não podia, que o colocaria em perigo se ficassem juntos, ele e toda a revolução que o jovem de olhos marcantes e sorriso bonito planejava...
But it's the sweetest pain Burning hot through my veins Love is torture, makes me more sure Only love can hurt like this.
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P.o.v Amélie
Um garoto sujo bateu em minha porta.
— Tenho um recado para você mademosele Amélie.
—De quem?
— De Cosette, ela disse que seu pai está marchando em direção onde Enjolras está, vão matar todos.— arregalei os olhos, olhei para trás vendo se a governanta está ali, e por sorte, não.
— Você sabe onde ele está?
— Sei! — atravessei a porta e a bati, peguei a mão dele e começamos a correr. Estava começando a chover
Eu nem tinha prendido o cabelo, mas não me importava, meu pai mataria Enjolras e seus amigos e eu não podia deixar isso acontecer de forma alguma. O garoto não perdeu o passo de minha corrida, as ruas estavam um caos, as janelas quebradas e pessoas saqueando tudo o que viam pela frente, havia até mesmo corpos nas valas. Meus pés doíam e minha testa escorria suor, eu nunca corri tanto assim. Quando avistei os soldados a chuva começou a engrossar, era um multidão de homens armados. Pelo menos duzentos.
— Vamos contornar pela outra rua. — o garoto disse, eu nem precisei responder.
A rua não era uma rua, e sim um beco e consegui entrar por trás da barricada.
—Enjolras! — gritei o vendo no alto da barricada, com a espingarda posicionada.
— O que está fazendo aqui? — passou a arma para outro homem e desceu ao meu encontro,imediatamente passei meus braços por seus ombros, ele me abraçou sem entender muito bem o porquê de meu desespero.
—Meu pai está vindo com pelo menos duzentos soldados,vocês são a última barricada de pé. Enjolras por favor vamos embora.
—Merda....Amélie, escute.— ele segurou meu rosto, minhas lágrimas misturaram as gotas da chuva, meu cabelo já estava encharcado, ele pareceu desistir de falar
— Enjolras, por favor vem embora comigo! Eu tenho dinheiro, vamos fugir!
— Eu ...eu não posso,Amélie. — solucei. — Não posso abandonar esses homens e nossa luta logo agora.
— Vão matar todos vocês! — gritei cravando os dedos em seu pulso, ele colou nossas testas. —Por favor....
—Eu amo você,Amélie, e por isso mesmo quero que volte para casa e não saia de lá.
— Não! Eu não vou voltar!— Enjolras também chorava, talvez por medo ou por decepção pelo fato da revolução ter dado errado.
— Homens! Preparar armas! — ele gritou. — Preciso que faça uma última coisa por mim, meu amor.
