Amélie jamais poderia imaginar que se apaixonaria pelo jovem republicano revolucionário Enjolras, ela sabia que não podia, que o colocaria em perigo se ficassem juntos, ele e toda a revolução que o jovem de olhos marcantes e sorriso bonito planejava...
As the Sun waits to eclipse And the taste teases my lips I’m too tired to wrestle with it Will we burn or will we repent?
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P.o.v Amélie
A rua realmente estava deserta como Enjolras me garantiu, mas mesmo assim eu usava um chapéu enterrado na cabeça, e os cabelos contidos em apenas uma trança simples, não queria apanhar, mas também não deixaria de viver. A cada passo entravamos nas áreas cada vez mais simples de Paris, os guetos até mesmo fediam e só havia pessoas mau trapilhas.
— Não precisa ficar com medo,você está comigo. — ele disse apertando meus ombros ao redor de seu braço. Ele me levou ao mesmo bar da quinta feira, que estava bem mais cheio por ser madrugada agora.
— Olha só quem chegou....Enjolras diz que o amor é revolução mas está caindo mais para o lado do amor, hum? Você está o desvirtuando do foco, garota? — um dos três homens na mesa brincou com a voz embolada,estava claramente bêbado.
— Ninguém está com o foco desviado aqui. — Enjolras puxou uma cadeira para mim e se inclinou na mesa. — O general Lamarque não vai durar muito, temos armas e munição, vocês estão comigo?com a liberdade francesa?
— Mas é claro. — o que tentou me insultar disse, e então outro e outro e todos da mesa.
—Viva la república. — Enjolras sorria lindamente. — Marius, onde está?
—Em seu mundinho apaixonado.
— Acho que devíamos comemorar,vamos ao Delacloix.
— Que lugar é esse? — perguntei no momento que Enjolras começou a negar, dizendo não repetidas vezes.
— É o lugar onde mulheres perdidas podem ser encontradas, e homens também!
— Tenho coisa melhor para fazer do que estar rodeado de putas ladras. — ergui as sobrancelhas para Enjolras. — E agora que sou um homem compromissado ....
—Ahhh está parecendo Marius quando conheceu Cosette! — alguém zoou, ele riu colocando as mãos em meus ombros.
— Talvez realmente temos coisa melhor pra fazer. — sugeri apenas a ele, baixo e sussurrado.
— Ok, espere só um pouco. — me deu um beijo em minha bochecha, eu ri, um olhar, o mesmo que me olhava quando estávamos sozinhos em meu quarto, ele se sentou ao meu lado pronto para explicar seu plano infalível aos companheiros republicanos.
