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2 anos depois...

Harry estava ligeiramente nervoso naquela tarde atípica de sábado que marcaria o início de uma nova fase de sua vida, aguardando a campainha tocar a qualquer momento enquanto arrumava alguns detalhes da cozinha nova, bem iluminada por uma janela grande com os móveis novos escolhidos cuidadosamente sendo exatamente aquilo que sempre imaginou.

Na verdade, sua vida inteira era exatamente o que sempre imaginara desde que fora marcado pelo companheiro no seu primeiro cio juntos, um momento perfeito que culminou naquela escolha instintiva que ele teria questionado ceticamente antes de conhecer aquele amor inexplicável que preenchia seu coração sempre que fitava o alfa adorado que permanecia com os mesmos olhos de devoção quando eram voltados para si. Aquelas safiras que o cumprimentavam todas as manhãs trazendo o brilho do sol e depois expressavam aqueles sentimentos ainda inenarráveis quando já pesavam de sono, com promessas sendo feitas com olhares.

Niall registrara um daqueles momentos de intimidade numa foto que ficava exposta na geladeira, sendo um detalhe arrumado pelo cacheado naquela manhã. O irlandês assumira o cargo de ser padrinho no aguardado casamento que já tinha data agendada para acontecer no próximo outono, uma data que prometia ser perfeita e repleta das pessoas que importavam de verdade – o alfa convidando seu casal de amigos para assumirem o papel de padrinhos do seu lado, fazendo seu melhor amigo alfa lacrimejar quando anunciou o noivado.

A aliança de namoro fora substituída pela de noivado numa situação igualmente intimista, como ocorrera o pedido de namoro, embora mais elaborada, pois estavam numa viagem de casal no momento que o alfa lhe apresentou o anel delicadamente ornado em ouro que agora aguardava o grande dia em seu anelar direito. Louis ficou num joelho só como nos romances clichês e o ômega chorou apenas em vislumbrar aquela inesquecível cena, passando a assentir com a cabeça antes mesmo da pergunta ser feita, terminando ajoelhado junto do companheiro enquanto o abraçava apertado com lágrimas emocionadas molhando ambos rostos após o pedido.

Louis encontrara as palavras para expressar seus sentimentos naquela viagem, ensaiando um discurso que foi esquecido quando as palavras saíram de seu coração.

Harry não sabia como passaria seu casamento sem chorar...

O menor já aceitara que ambos chorariam, pois fora transformado num romântico incurável pelo ômega que era sua felicidade desde que se conheceram. Desde o momento que vislumbrou as esmeraldas alheias pela primeira vez, ele o amou, mesmo quando não compreendia o sentimento que o deixava sem fôlego e acelerava seu coração.

Mas seu coração se tranquilizava quando o mais jovem adormecia em seu peitoral, ouvindo suas batidas enquanto era acariciado levemente num cafuné sereno, apenas o suficiente para que ele sorrisse pequeno ao sonhar – mesmo que sua vida já fosse um sonho que se tornara realidade.

Não apenas tinha o alfa perfeito, mas também tinha uma carreira em ascensão como revisor que chegara a um ponto confortável que o fazia sempre ter algo para contar animadamente sobre seu emprego quando retornavam para casa ao entardecer. Depois, ouvia sobre o dia do companheiro enquanto arrumavam o jantar, ouvindo do publicitário que também alcançara sua estabilidade.

Com essas conquistas que conseguiram dar entrada para comprar a adorável casa que desejavam sempre que passavam por aquela área da cidade, um sobrado antigo – embora recém reformado – num bairro tranquilo. A casa tinha um grande quintal cercado onde já conseguiam imaginar seus filhotes brincando livremente pela grama verdinha, um desejo que aumentava a cada cio que passavam juntos e a cada vez que eles visualizavam aquele futuro ideal.

A campainha soa anunciando a chegada do alfa, que tinha as mãos ocupadas por uma caixa de pesados livros que marcava a finalização da mudança para aquela casa.

Harry sorri ao abrir a porta para encontrar o companheiro, sendo atingido por nostalgia que faz borboletas se agitarem em seu estômago quando percebe que o menor trouxera um buque de narcisos brancos, lembrando do momento que o conheceu.

O tempo ainda parecia parar quando azul e verde se encontravam naqueles momentos, como ocorrera quando se viram pela primeira vez, numa situação que os deixara sem fôlego mesmo quando ainda não sabiam que a imediata simpatia cresceria para se tornar no amor que sempre desejaram conhecer. Eram como almas gêmeas.

O cacheado observa quando o noivo deixa a caixa no tapete da sala, pegando o belo buquê de narcisos para entregar propriamente ao companheiro, sorrindo docemente para esse quando o surpreende com aquele gesto carinhoso naquela data especial para eles, que marcava um novo capítulo de suas vidas, mas celebrava a nostalgia da primeira vez que azul encontrou verde, um detalhe que fora cuidadosamente planejado pelo alfa como uma surpresinha. Louis jamais deixara de ser romântico a cada oportunidade, pois faria absolutamente tudo para agradar seu ômega quando esse era a melhor coisa de sua vida.

Assim, ele estende as flores ao cacheado após cumprimentá-lo com um selinho tranquilo, da maneira que costumavam fazer ao se encontrarem, da maneira que continuariam fazendo por diversos anos naquela casa que se transformava num lar: com seus cheiros misturando-se ao ar gradualmente e com diversas fotografias deixando o local mais aconchegante.

Mas já parecia um lar para os dois, pois estavam juntos.

Ao receber os narcisos naquela situação, o cacheado lembra da primeira vez que encontrou o companheiro, assim ele sorri bobamente antes de falar:

- Você é um alfa?! – os dois riem quando o ômega recria uma das primeiras conversas deles, agradecendo ao destino por ter os unido quando é abraçado por seu alfa, mas suas covinhas continuam aparecendo quando o parceiro murmura.

- Eu te amo, meu colega de quarto – Louis beija seu rosto ruborizado devotamente, apreciando absolutamente tudo sobre seu companheiro.

- Eu também te amo – o cacheado responde, num suspiro apaixonado ao alfa que fizera seus sonhos se tornarem realidade desde que chegara em seu antigo apartamento, tornando-se seu melhor amigo e então parceiro, mas continuando seu colega de quarto quando o cacheado murmura sorridente: – Meu colega de quarto é um alfa? 


Fim. 


🐺


Olá, tudo bem?

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Muito obrigada!

Então, gostaria de agradecer por todo o carinho que recebi enquanto postava essa que foi minha primeira fanfic abo, esse apoio ajudou muito e eu espero que tenham gostado da história que escrevi com amor. Eu sempre quis escrever uma abo e acho que acabou num resultado bastante interessante... 

Sinto muito pela demora em atualizar esse pequeno epílogo, assim como sinto muito em avisar que ainda demorarei a iniciar um noo projeto por conta da faculdade: pois ano que vem eu terei minha formatura, yay! 

Gostaria de agradecer especialmente à minha querida amiga @NekoLolliS que foi minha grande consultora sobre o universo abo quando eu estava insegura para escrever certos momentos e também à @Liih_Stylinson por todo o carinho. 

Também quero agradecer aos demais leitores que sempre comentaram e me apoiaram. 

Beijinhos de sorvete.

All the love. B. 

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ᴍʏ ʀᴏᴏᴍᴍᴀᴛᴇ ɪꜱ ᴀɴ ᴀʟᴘʜᴀ • ʟᴀʀʀʏOnde histórias criam vida. Descubra agora