F r i e n d s

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NIXIE BLACK

1 de setembro de 1999

Quando a avisto a distância, um sorriso nasce em meu rosto e eu acredito piamente que minhas bochechas vão se rasgar.

Não faz tanto tempo assim que não nos vemos, mas minha prima é minha alma gêmea e tudo sempre fica mais divertido quando ela aparece.

— Dharia!— eu grito no meio de um monte de alunos fazendo com que muitas cabeças se voltem na minha direção, incluindo a dela. Fiquei na ponta dos pés e joguei a mão para cima, sacudindo-a de maneira espalhafatosa. O rosto de minha prima se iluminou, diluindo aquela mascara marrenta que ela busca manter quando anda sozinha. Adhara e eu marchamos na direção uma da outra empurrando muitas pessoas do meio do caminho, mas meio que todos já estão acostumados.

Prendi minha prima em um abraço forte e ela retribuiu com mais força ainda.

— Nixie, Nixie, urrá!— ela é pequena, porém é forte, por isso consegue me tirar do chão com facilidade. Eu solto um gemido engasgado com uma risada e quando nos soltamos eu a seguro pelos ombros.

— Que saudade de você! Onde é que se enfiou, garota? Não te encontrei de jeito nenhum no trem.— coloco as mãos na cintura e ela joga os longos cabelos castanhos por cima do ombro, tirando os fios enrolados de cima do emblema da Corvinal desenhado em seu peito.

Ela suspira e rola os olhos.

— Papai me trouxe mais cedo. Sua justificativa era que queria ficar a sós com aluado o quanto antes e já tinha passado o tempo de eu atrapalhar isso. Em resumo, fui chutada para deixar de ser uma empata foda.— ela diz calmamente e eu dou risada jogando o braço por cima do seu ombro.

— Se tio Remus descobrir que está falando assim, ele vai arrancar seu couro.— caçoo.

— Ai, que medinho.— ela zomba. Nós duas sabemos que nenhum de seus pais jamais levantariam a mão para ela.

— Ei! Dá para você parar de sumir assim, coisa nanica?— JJ reclamou, finalmente nos alcançando. Eu não fui tão longe assim. As vezes, com ele, me sinto como uma criança sob constante supervisão. Meu melhor amigo extremamente careta adoraria me colocar em uma coleira, ele vive dizendo que eu preciso ser castrada porque é só ele piscar que eu sumo.

Eu o odeio.

Mesmo sendo em geral um cara amargurado e reservado, ele sorri para Adhara quando foca os olhos castanhos na mais nova. Eles tem uma amizade que talvez eu nunca vá entender, sempre se respeitam e tudo mais, suas conversas são geralmente bem animadas e levianas, porém isso não condiz com a personalidade passiva agressiva de Adhara nem com a personalidade discreta e reclusa de Jacob. Comigo, por exemplo, eles só exibem suas piores facetas e eu me pergunto: eu mereço isso?

SILLY BOY, Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora