GAROTO BOBO || Harry e Nixie se conhecem desde sempre, a intimidade é gostosa e eles sabem que podem contar um com o outro. Nunca tiveram dúvidas quanto o afeto que compartilhavam, mas, por causa de um simples desafio em uma festa entre amigos, tudo...
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Ajeito as alças finas do vestido e fico fazendo diversas poses diante do espelho, espero estar tão gostosa quanto me sinto. A seda é uma delicia contra minha pele, mesmo estando frio, optei pelo meu vestido cinza mais fino e curto disponível, me conhecendo como conheço, não vou ficar parada. A dança e a bebida vão me aquecer.
— Vamos logo, Nixie!— JJ reclama do lado de fora, desferindo várias batidas contra a porta— Até você sair desse quarto essa festa já vai ter acabado.
Céus, quanto mau humor. Eu passo as mãos nos meus cachos e me inclino para o espelho para conferir a maquiagem. Prontinho! Lanço uma piscadela para meu reflexo e pego minha bolsinha com um kit de maquiagem de emergência para caso Ginny ou Adhara precisem de retoque. Sem mais delongas, saio do quarto. Quando abro a porta, Jacob me fulmina com o olhar.
— Eu odeio sair com você.— ele sibila.
— Eu 'tô bonita ou não 'tô?— abro um sorriso meigo e ele desce os olhos pelo meu corpo sem o menor interesse.
— É, maravilhosa. Vamos, eu estou precisando encher a cara.— ele me estende o braço e eu o enlaço de muito bom grado. Jacob não sabe fazer elogios, nota-se.
Nós nos dirigimos para a comunal da Grifinória sem problemas no caminho. É tarde da noite, o frio chega a ser doloroso ainda mais nas passagens que tivemos que usar para evitarmos nos esbarrar com o zelador. Eu seria expulsa se qualquer autoridade me visse com essa roupinha de boneca.
— Eu não vou te dar meu casaco.— Jacob fala ao me ouvir bater os dentes. Cerrei a mandíbula e me abracei com mais força ainda. Ele tem dessas, ele me fala para fazer uma coisa, como por exemplo pegar meu casaco de pele, e quando eu não o escuto, ele fica julgando. Ele parece meu pai.
— Eu não ia pedir.— digo, teimosa. Eu pediria, mas só porque ele falou isso é que eu não peço mesmo. Foram dez longos minutos até atravessar o castelo e finalmente conseguir chegar na comunal dos leões depois de subir correndo mil lances de escada para esquentar nossos corpos.
Eu amo a comunal da Grifinória, ela é confortável e quente e tem minha cor favorita em tudo que é canto que é — por mais irônico que isso soe — o vermelho.
A mesma já estava com enfeites no teto, os sofás foram afastados, as mesas de jogos e estudos juntas para darem suporte à comida e bebida que acabaria em um piscar de olhos. Assim que a passagem se fechou atrás de nós com os resmungos da Mulher Gorda de que hoje ela teria dor de cabeça, eu estico o pescoço a procura dos meus amigos para que possamos ficar todos juntos. Não é difícil achá-los, convenhamos, além do fato de que Brandon costuma querer ser o centro das atenções arrumando sempre meios de fazer um grande grupo de garotas rirem de suas piadinhas meticulosamente escolhidas, os cabelos ruivos de Ron e Gina os fazem brilhar como faróis na escuridão.
— Ali! Eles estão ali!— seguro a mão de Jacob e o arrasto para o meio da multidão de corpos pedindo licença e desculpa para todos que estava tirando do meu caminho. O grupo de quatro rapazes e duas garotas já estava olhando em minha direção quando não restam ombros para empurrar, certamente notaram que eu estava chegando por conta de Jacob, meu poste pessoal e sinalizador favorito. Gina e Adhara estão simplesmente muito lindas, mas por um segundo de olhar para suas vestes me sinto formal demais para o evento.
