Lucky

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NIXIE BLACK
1° de setembro de 1999

Luto para prender os cabelos em um rabo de cavalo enquanto Ced pega minha mala da minha cama e se aproxima com um sorriso divertido nos lábios, olhando-me pelo reflexo do espelho de corpo disposto atrás da porta.

— O que foi?— quero saber. Fica um pouco difícil falar com a varinha presa entre os dentes, mas eu sei que ele me entendeu. Ele se inclina na direção de meu ouvido e balança a cabeça de um lado para o outro, seus cabelos lisos e loiro escuros balançam com o movimento leve.

— A Nixie vai se formar, Nixie, Nixie vai se lascar!— ele cantarola essa musiquinha idiota, inventada pelo meu padrinho mais idiota ainda, pela milésima vez no dia e eu reviro os olhos, levemente irritada. Ele estava tão calado até agora pouco, eu poderia até dizer que ele é uma companhia agradável.

Termino de prender o cabelo e tiro a varinha da boca apontando para a cara dele. Ced arregala os olhos cinzentos.

— Não estou com paciência hoje, garoto, repete para você ver!— desafio o mais velho, Cedric ri e se encolhe tentando sair de minha mira sem sucesso.

— Parei, parei, calma lá!— ele empurra minha varinha para o lado e abre a porta dando um passo largo para o corredor, enfio a varinha nos cabelos improvisando um coque e passo as mãos na minha saia, alisando-a nervosamente. Quando ele me olha de lado com o mesmo sorriso no rosto, nós dois sabemos o que ele vai fazer, comprimo os lábios e solto uma lufada de ar pelas narinas. Tenha santa paciência— Nixie, Nixie vai ter que trabalhar!— ele cantarola e corre levando minha mala consigo como se ela não pesasse nada. E, agindo com muita maturidade, eu o sigo pronta para destruí-lo.

— Eu falei para parar com essa música, Cedric! Já perdeu a graça, ordeno que pare!

— Seu desejo nunca foi, nem nunca será uma ordem, minha amada prima!— ele caçoa. Cedric é ágil demais para eu ser justa, mas só de pensar em puxar minha varinha de uma vez e desmanchar meu cabelo, acabo decidindo facilmente que não vale a pena azará-lo. Teria que ser na marra mesmo.

Nós descemos as escadas de maneira totalmente atrapalhada e barulhenta, nossos sapatos agrediam o assoalho e nossas risadas e cantoria ecoavam pelas paredes. Consigo até agarrar sua blusa, mas não posso fazer muita coisa além a não ser usá-lo de apoio para não perder o equilíbrio e acabar me esborrachando na escada. Ele não parava de cantar!

— Eu vou matá-lo, Cedric!— eu ameaço, mas nunca consigo ficar tempo demais zangada com ele, acabando por soltar uma risada pela forma como ele dramaticamente resiste aos meus puxões e tapas. Se Cedric quisesse, ele me derrubaria fácil com um mero empurrão. Mas um cavalheiro não faz essas coisas.

— Mas o que é essa barulheira toda?— a voz de meu pai chega até meus ouvidos antes que sua cabeleira negra apareça pela fresta da porta do seu escritório. Eu dou o último pulo, montando nas costas de Cedric e abraçando seu pescoço com força com o exato propósito de sufocá-lo. Ele disfarça o desconforto na frente do meu pai, sempre tendo tido um imenso respeito por meu velho, Ced mantém uma postura perfeita na frente dele.

SILLY BOY, Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora