'' suas criaturas mais sombrias consumiam até os obscuros mais fortes. Rasgando cada pedaço de pele, de tecido sombrio e de magia. O sons de suas garras eram como o crepúsculo pós tarde, um escuro, dominando o vivo azul. ''
Não nasci na ''década obscura.'' nem mesmo meus pais, todos nós viemos depois de seu declínio. Década Obscura foi como chamaram aqueles anos sombrios, os dez anos onde quase todo ser humano na terra era adepto nos usos obscuros; na magia. Apesar de eu obviamente não ter o vivido, havia algo assombroso sobre esse tempo, um calafrio que subia pela minha espinha como um verme rastejando. Perdemos muitos de nós quando a privação iniciou, quando todo mundo; quero dizer, quase todo mundo, perderam totalmente a capacidade de praticar magia. Sem poder, sem aquela energia preenchendo o vazio interior no qual humanos nem sabiam que podiam preencher até conhecer a magia, eles morreram. Tiraram a própria vida. Afinal, como você poderia viver em um mundo sendo o mesmo depois de ter experienciado as artes obscuras?
Os suicídios em massa abalaram nosso mundo já abalado e os protestos contra os Obscuros começaram assim que a sociedade restante descobriu que nem todos haviam perdido a magia. Eles puseram a culpa em nós, como se de alguma forma tivéssemos tirado a magia deles, nos caçaram e nos isolaram. Éramos uma civilização quase perdida, foi quando uma sociedade privada de Obscuros de Elite se juntaram e bolaram um plano infalível. Eles se infiltraram em governos, em indústrias, subiram no poder.
E no poder continuaram, criando assim o primeiro conselho arcano da supremacia, que continuou no poder mesmo depois de cento e dez anos. E cento e dez anos depois do incidente da década obscura, aqui estava eu, no meio de uma quadra de treinamento, caído em um tatame sombrio roxo e preto, com o símbolo de corvo cornífero, o símbolo do Imperiatti, levando uma surra. Bom, pelo menos dessa vez eu não tenho plateia, eu pensei.— Você é uma decepção. — Disse Alana Vietron, minha treinadora. A mulher era um pedaço de dragão ambulante, não literalmente. Seus cabelos eram de um platino ferroso como se de alguma forma ela já tivesse nascido vestindo uma armadura. Sua pele era oliva, semelhante á minha, apesar de eu ser mais pálido do que ela, por enquanto que seus olhos castanhos frios me causava uma sensação de que ela me odiava, apesar de eu saber que; provavelmente sou a pessoa que ela mais sente pena. — Levante-se, de novo. Apenas o polegar e o dedo mindinho levantado, na forma que te ensinei.
Ela movimentou sua mão uma vez para cima e uma para baixo, em ambas as mãos, apenas o dedo mindinho e o polegar estavam erguidos por enquanto que todo os outros dedos estavam fechados em sua palma. Apoiei minhas duas mãos no tatame, o sangue do meu nariz pingando sobre o chão abaixo, tal nariz que por algum milagre das trevas não estava quebrado. O fato é que; eu sou a única, única pessoa em quarenta estudantes obscuros que tem sete tipos diferentes de treinadores para luta. E mais outros sete para conhecimento, totalizando um total de quatorze professores, quatorze aulas. Todos os obscuros nessa Academia Imperiatti, quero dizer; todos menos eu, Anastasia e Jason, tem no máximo 6 professores, eu tenho mais que o dobro do comum.
Foi algo com a função que foi exercida para mim. Todos nós devemos fazer algo quando concluímos a academia do Imperiatti, virar professores, embaixadores, usar a magia para ajudar em trabalhos humanos, tecnologia mágica, estudo mágico, estudo do corpo obscuro, das criaturas mágicas, da história mágica e mais coisas que eu ficaria horas citando na minha cabeça. Nós não decidimos isso, quem decide são os oráculos, uma outra função rara; não tão rara quanto á minha. Que caminha pela civilização obscura, revelando o futuro, funções, acontecimentos. Seus poderes de vidência são extremamente precisos.
E em cima desse mesmo tatame que estou sendo humilhado no momento, a quatro meses atrás, a memória amarga corrói o gosto da minha boca pela ansiedade, a memória que nunca realmente deixa meus pesadelos, o dia da última vez que estiveram sobre essa academia. Me lembro como acordei, como andei até essa quadra, como estava nervoso.
— Você está com medo? — Ouvi a voz de Spencer dizer nessa memória, ela me acompanhava com um sorriso misterioso, seu cabelo ruivo em um amontoado que quase tocava o chão, uma única presilha verde perto da sua testa, seus óculos de lentes gigantescas e sua pele tão pálida quanto a minha. Ela era minha única amiga, me conhecia mais do que eu mesmo. Sim, eu estava com medo. Apesar de não saber o que viria em frente, minha barriga queimava, era como se sentisse meu destino prestes a ser revelado, como se meu corpo e minha alma soubesse antes de mim. Assim que entrei na quadra, sozinho, meu corpo apenas esquentou mais ainda.
Folhas rosas de uma Sakura destruída decorava o chão, e uma árvore seca totalmente sem nenhuma folha decorava o meio, onde a diretora, alguns professores, e duas mulheres de cabelo branco usando um véu igualmente branco aguardavam. Havia alguns alunos, reunidos na esquerda, já sendo agraciados com o futuro. Em ordem de chegada, um por um ia andando até a mulher de véu ao meio, que agarrava o pulso de quem se aproximava e segurava com o polegar na tatuagem do Corvo Cornífero que todo aluno do Imperiatti tinha no pulso esquerdo, demorando não mais que segundos para anunciar em uma voz grave e poderosa, seu destino.
— Tatiana, professora. — A garota de cabelos morenos assentiu para a Oráculo e olhou por cima dos ombros da vidente para a diretora da Academia logo atrás, que pôs a mão dentro de um buraco ao meio do tronco da Sakura seca. O buraco continha um tipo de líquido rosa como uma seiva, ela passou o dedo sujo dessa seiva na testa da aluna, em uma linha. A aluna se virou para o os outros alunos com um sorriso confiante, aplausos acompanharam sua revelação, e ela se retirou, dando espaço para o próximo.
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His Darkest Creatures Of Magic.
General FictionNo ano da modernidade, a humanidade foi consumida ao descobrir a magia que todo ser humano podia praticar com os ensinamentos e linguagens certas, colocando todo o mundo de cabeça para baixo com a descoberta do misticismo. A descoberta mágica para t...