Kiyotaka Ishimaru Pov:
Eu acordei, minha cabeça estava doendo muito. Não lembro de quase nada que aconteceu ontem, eu bebi? Bom, eu lembro que quando saí do prédio onde trabalhava, meu chefe tava gritando comigo e eu fui num bar qualquer pra beber só uma lata de cerveja, mas acho que acabei exagerando. Caramba, hoje foi a primeira vez que acordei tarde sem ser em dia de folga.
Do meu lado, o Mondo dormia, levantei e fui tomar um banho. Entrei no quarto e o Mondo estava de pé.
— Mondo, vc lembra de algo que aconteceu ontem? — abri o armário procurando o meu remédio, minha cabeça tava estourando de dor
— Bom, eu lembro que vc e eu ficamos bêbados, mas foi tu que começou — apontou pra mim — Aí a gente pediu pizza e...do nada tu começou a falar coisa que minha vó diria pra mim. Aí vc dormiu nos meus braços
— Hm. Entendi — peguei a pílula e uma água — Sua cabeça está doendo? — engoli o remédio juntamente com a água
Mondo pegou um cigarro da sua caixa de cigarros e acendeu um. Assim, soltando uma fumaça.— Não, já tô acostumado a ficar de ressaca sabe? — soltou mais uma fumaça
— Meu Deus. Não acredito que eu bebi tanto a esse nível...
— Haha, tu tava muito bêbado, chegava a ser engraçado...Ah, é! Ontem o Leon ligou, mas ele ficou puto porque eu tava bêbado...— ele pegou o seu telefone — Se vc quiser falar com ele eu passo o telefone pra vc
— Okay — saí do quarto
Fui pra cozinha, a minha cabeça continuava doendo, mas parava aos poucos, eu acho que desperdicei menos de 8 horas de sono. Comecei a preparar uma omelete pra mim e pro Mondo. Fui olhar na geladeira e tinha nenhuma lata de cerveja, acho que nunca mais vou beber. Coloquei os dois pratos de omelete na mesa. O Mondo chegou na cozinha e se sentou ao meu lado, começou a comer.— Ei, Taka. Vc pediu demissão né? E agora?
— Então, vou tentar arranjar o emprego de professor em alguma escola
— Hm...olha, tem uma escola que vai do 1º ano até o 3º ano do ensino médio, é uma escola pública. E pelo que vi, a antiga professora de português foi demitida — soltou fumaça e logo apagou o cigarro
— Hm, é uma boa opção — comi o resto da minha omelete e pus o prato na pia assim o lavando — Mas, por que ela foi demitida?
— Acho que era porque ela tava tendo um caso com um aluno — ele botou o prato na pia tbm
— Meu Deus...
Comecei a lavar os pratos, senti um toque no ombro.
— Eu te ajudo — o Mondo estendeu a mão esperando eu dar o prato pra ele, para assim, ele guardar na prateleira
Continuamos nesse ciclo, eu lavava a louça e o Mondo enxugava e guardava.
— Mas olha, acho que vai demorar pra te contratarem, sei não — ele disse guardando o último copo que estava no escorredor
— É...talvez, acho que devo me contentar com outro emprego, aí, logo quando der, eu vou pra essa escola — disse largando a esponja e o detergente
— Bom, acho que isso aí é fácil. Tu pode trabalhar de garçom ou até mesmo de atendente de mercado
— Vdd, mas acho que atendente de mercado não é muito bom pra mim. Não sei mexer naquelas máquinas difíceis — enxuguei as mãos molhadas na toalha— Vish. Hm...Já sei! Vc gosta de ler certo? Ou gosta de livros? — ele perguntou com um sorriso no rosto e se aproximando de mim aos poucos
— Ah, sim! Eu gosto, por que?
— Vc pode trabalhar na biblioteca aqui perto, ouvi dizer que os funcionários de lá são bem pagos.
— Oh, okay então, vou lá hoje então certo? Quer ir comigo? — perguntei
— Quero, só se for agora — botou a mão no meu ombro, logo ouvi um toque de telefone — Ah, é o meu peraí
Ele colocou o telefone no ouvido.
— Ah, e aí Leon?
— Mondo! Mais uma vez, onde vc tá? — Leon gritou
— Macho, eu já disse que tô em Yokohama. Na casa do Taka. — se sentou na cadeira
— Ih, entendi, vou pra aí então, falar isso por ligação é...sei lá, meio sério
— Eita, o que houve? — ele perguntou — agora vc vai ter que contar, né Taka? — olhou pra mim
— Sim — respondi com um risada
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4 anos depois | Ishimondo
Fanfiction'4 anos depois' fala sobre Kiyotaka Ishimaru e Mondo Owada, já na sua fase adulta se reencontrando. Um tinha ido para a faculdade, o outro, largou a gangue e sonha em ser carpinteiro. Após os 4 anos, com seus 20 e poucos anos, eles vivem momentos qu...