A casa de alguém especial

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Mondo Owada Pov:

Takaaki estava me contando sobre a vida dele. Já que perguntei a ele sobre o meu pai e até sobre o que aconteceu.
— Ei, como meu pai...né? — perguntei fazendo gestos com minhas mãos
— Bom, quando saí da escola, eu fui pra faculdade e fiz meu curso de advocacia, lá conheci outro anjo — ele corou — A minha bela esposa, Kyoka♡︎
— Kyoka...— pensei por um momento — Ela é uma mulher de cabelo longo preso?
— Sim, eu tenho uma foto nela na minha carteira — ele pegou a carteira e então me mostrou a sua foto com ela
Eu olhei a foto atentamente, o Takaaki era mais novo, ele estava feliz junto a Kyoka, que tbm sorria. Ela tinha um sorriso lindo e encantador, o seu sorriso lembra o do Taka.
— Depois que conheci Kyoka, eu dei mais uma chance ao amor, vivi um namoro e um casamento maravilhoso com minha amada mulher ♡︎ — ele sorriu — Assim como Ai, na vdd, acho que ele não amava Saaya-San
— Vc disse que meu pai forçava a sexualidade dele
— Provavelmente para não sofrer preconceito, já que naquela época, sair do armário era um desafio quase impossível...— soltou fumaça — Bom, depois disso, tiveram o Daiya
Levantei a cabeça atento.
— Mas, mesmo tendo um filho, seus pais não se davam bem, tudo porquê aquilo não era amor, a única coisa que mantinha os dois juntos, era o sexo — soltou mais fumaça — Eu digo uma coisa, o amor...é muito maior do que o sexo
— Tem razão — sorri — Mas, o que houve com minha mãe após...
— Bom, eles continuaram a criar o Daiya normalmente, mas aí, vc nasceu — ele fez uma pausa — após vc nascer, ocorreu mais algumas conturbarias no relacionamento dos seus pais, quando vc tinha os seus...sei lá, 4 anos, eles acabaram terminando o namoro. Fazendo o seu pai ser mais severo com vcs
— ...
— Depois disso não sei o que houve, vc se importaria de contar? — perguntou
— Não, de forma alguma. Eu quero saber sobre meu pai então...meu pai, não sabia cuidar de mim, eu acho, ele me batia com qualquer coisa que via pela frente, tanto sandálias, cintos ou pedaços de pau...— soltei mais fumaça pela boca — ...aquilo não apenas me doía fisicamente, mas tbm, doía tanto psicologicamente...então, depois de me bater eu ia buscar conforto no meu irmão, que era muito bondoso comigo
O Takaaki ouvia atentamente o que eu falava, ainda com o cigarro na boca.
— Mas, tinha algo que me fazia sorrir no meio daquele pesadelo. O meu irmão, e o Taka — sorri — o Taka foi e é meu melhor amigo...eu amo ele demais ♡︎
Takaaki me olhou de canto e logo sorriu.
— Fico feliz que vc goste do meu Taka dessa maneira — levantou — Vc chamava o Taka de noivo quando era mais novo
— O que?! Mas...como? — perguntei
Noivo? Isso se referia a pessoas que iriam se casar. Eu e Taka éramos apenas amigos naquela época.
— Sim, quando vcs eram crianças, vcs não sabiam o que noivo significava, pra vcs, casamento significava ficar com a pessoa favorita para sempre. Se bem, que é bem isso mesmo
— É que...Eu não me lembro disso...mas, eu sei que Taka é a minha pessoa especial ♡︎ — eu disse com um sorriso — Mas Ei, como vc pode saber porque meu pai quer me procurar?
— Bem, pra isso precisamos visitar uma pessoa que ainda tenha contato com ele — ele disse apagando o cigarro e o jogando no lixo
Pensei por um momento. Até que lembrei de algumas coisas.
— E seus amigos do colegial?
— Boa ideia. Mas pra isso, a gente tem que sair de Yokohama — vestiu o casaco — Tem gente do meu grupo de colegas que mora em Saitama, onde eu moro e até em Tóquio
— Sim, mas aí o Taka vai ficar preocupado — disse indo até a cômoda, então, peguei meu telefone — Certo, vou ligar pra ele
— Ótimo — sorriu
Disquei o número do Taka, então coloquei o telefone na orelha.

Ligação.

- Alô?
- Oi Taka! Veja, eu e o Takaaki estávamos conversando e...a gente vai...passar um tempo junto
- Sério? Onde vcs vão?
- Bem...a gente vai meio que viajar, vamo pegar um metrô e ir numas cidades aí

Takaaki me empurrou e pegou o telefone.

- Oi filho
- Pai, pra onde vc e o Mondo vão?
- A gente vai passar um tempo divertido junto, já que vejo que vcs tem uma relação que não é amizade. Me vejo na obrigação de ser um ótimo sogro
- A-Ah!! B-bem...obrigado pai. Divirtam-se então

4 anos depois | Ishimondo Onde histórias criam vida. Descubra agora