4 anos depois | Ishimondo

Half a person

Narrador Pov.

Ai estava surpreso que seu filho, SEU FILHO estava ali.
— Você veio por causa disso é? Tá. Eu ainda tenho ela — ele se levanta.
Ai estava sem camisa, mostrando os pelos do peito, short tequetel de flores e uma pantufa azul.
— Vai sair do apê desse jeito mesmo é? — zoou seu pai.
Mondo não estava nem um pouco á vontade ali, ele desgostava do homem que estava á sua frente. Mas ele tinha que lidar, era o único jeito de fazer o que ele planejava dar certo.
Então tinha que cooperar, em vez de bater nele com um pombo morto até o pombo falar, ele estava tentando brincar.

Ai riu.
— Seu senso de humor é igualzinho ao da sua mãe — deu um sorrisinho pegando uma camisa suja de ketchup na manga — Vem.
Mondo seguiu seu pai.

Mondo estava já abalado. Tão abalado que foi procurar a pessoa que mais desgosta para ajudá-lo. Era o fim dos tempos mesmo. Mondo não podia deixar de pensar no rosto triste de Taka, aquele rostinho tão perfeito chorando era a fraqueza dele. Ele queria limpar suas lágrimas, falar coisas bonitas para ele parar de chorar, o abraçar e beijar...
Mas agora ele sabia que seria pai. Mesmo o plano que ele tem em mente podendo prosseguir muito bem, ainda há o fato de ele provavelmente ter um filho.

Mondo não podia deixar de lado o problema que tinha com seu pai. Então não queria ser um pai horrível como seu pai foi pra ele para essa criança. Temia ser um pessoa terrível como Ai foi.

— Mondo?
— Hã? Foi mal, fiquei perdido na minha cabeça aqui. Não, pensamento. É. — corrigiu a si mesmo.
— Se você quiser desabafar — Ai propôs.
NUNCA que Mondo Owada ia desabafar com alguém daquele tipo. Está fora de cogitação.
— Não, tudo bem. Agradeço sua preocupação

Ai notara sarcasmo nele, ele sabia o porquê. Mas tentava se esforçar para ser um pai melhor para o rapaz, mesmo sabendo que isso nunca ia adiantar.
Chegando no estacionamento do condomínio, haviam vários carros estacionados e uma moto preta com um adesivo de diamante.
— Aqui — Ai mostrou a moto.
— Hmm...Valeu — ele se sentou a moto.

Ai lembrou de algo. Vendo Mondo se sentar à moto lembraste ele sobre um pequeno Mondo indo passear de moto pela primeira vez com seu irmão.
Era uma boa lembrança.
— Você pode ficar com ela, Mondo. Eu tenho outra...— Ai pigarreou sorrindo.
— Valeu — Poucas palavras.

Mondo Owada Pov off.

Kiyotaka Pov.

Taka estava sem muita energia na sua cama. Tinha acordado há duas horas mas não queria sair da cama.
Estava muito angustiado para sair da cama. Sentia vontade de ficar ali pra sempre e fundir-se com o lençol e o cobertor.

Ele não parava de pensar em Mondo. Por mais que ele tenha admitido tudo aquilo, ele ainda pensava nele. Era cortante, angustiante e horrível sentir tudo isso de uma vez. Traição, mentiras, essa suposta gravidez, o fato de Taka ainda amá-lo.
Taka senta-se na cama, tentava fazer esforço pra levantar, quando embaixo da cama notou uma regata. Taka não usava regata, aquilo era do Mondo. O que fez seu coração disparar.

Tinha o cheiro dele. Cheiro de desodorante masculino e fumaça por causa de cigarro. Mas para Taka, o cheiro era marcante. Sorriu e continuou a cheirar aquela regata.
A casa estava meio bagunçada. Ele começa a pegar todas as suas roupas do chão, juntamente com algumas roupas de Mondo. Passou o aspirador no chão, até que notou algo.

Fazia isso para si.
Poderia muito bem fazer o que quisesse ali.

— VOU LIMPAR TUDO ISSO! — exclamou.
Começou a limpar tudo ali naquela casa. Não deixou nem uma poeirinha, teve uma crise de limpeza ali mesmo e continuou a limpar, limpar e limpar...
Ele podia fazer tudo isso sozinho, limpou tudinho.