Diferenças e Igualdades pt. 2

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N/a: "Oioi." - Louis Tomlinson

"Meu pai ainda nem morreu, por que ele já me deu esse cargo? Isso nem é permitido!" Ace resmungava para si.

A conversa com Marco não havia sido nada agradável, entretanto, ele sabia que Marco o amava.

A primeira vez que ele confessou seus verdadeiros sentimentos ao louro, lhe disse após um beijo. Estavam sentados na cama.

Ergueu o rosto do louro pelo queixo.

"Assim vai fazer eu ficar ainda mais alto." Marco brincou.

"Eu... Amo você, Marco." Ace notou as mãos do louro tremerem, ficou nervoso achando que falara algo de errado.

"Quero que seja feliz, Ace."

"Eu sou feliz amando você." Respondeu o moreno."

A princípio, Ace não entendera aquela resposta. Até acontecerem várias situações, e Marco se opor a elas quando elas representavam a infelicidade de Ace. Ele entendeu que sua felicidade, seria a felicidade de Marco, e aquela, era a melhor forma de alguém dizer a ele que o amava.

Não entendeu porque Marco quisera terminar. Pensou na probabilidade de Marco achar que como ele era um rei, seu parceiro deveria ser alguém também da "realeza." Mas após a discussão, e o seu pai o nomeando. Tudo fez sentido.

"Velho maldito!" Praguejou Ace.


Ace caminhava com passos lentos e silenciosos, para não acordar ninguém.

Entrou ainda na ponta dos pés no quarto de Marco e se assustou vendo o louro acordado, sentado na cama.

- Ace, o que faz aqui?

Ace não respondeu, apenas pulou em cima do maior e começou a beijá-lo, Marco era obrigado a corresponder, não poderia negá-lo. Nunca. Entre abraços e beijos, Marco apertava com firmeza a cintura de Ace que ficava se esfregando no membro de Marco com um olhar travesso.

- Eu não quero ser rei de porra nenhuma. Se isso significar não ter você. Não importa o que o velho do meu pai tenha dito a você, não é ele quem decide a minha vida. Afinal, o meu único pai, é o Barba Branca.

Marco riu do quão infantil aquela frase soara, até que de fato notou que Roger não cuidou do filho. Estava sempre ocupado com qualquer coisa "mais importante."

"Pff, nada é mais importante que Ace." Pensou Marco.

O maior começou a acariciar os cabelos de Ace. Que se deitou sobre seu enorme corpo.

- Você não quer filhos?

Ace balançou a cabeça que não.

- Por que estava acordado quando eu cheguei aqui? Eram duas da manhã.

- Tenho pesadelos com você quando durmo, então prefiro ficar acordado.

- Há quanto tempo está assim? - Perguntou Ace preocupado.

- Não se preocupe, hoje você está aqui. Eu vou conseguir dormir.

Ace sorriu levemente.

De fato, Marco dormiu como uma pedra, além de não ter pesadelos, acordou bem tarde, Ace não mais estava do seu lado. Temeu que aquele momento houvesse sido apenas um sonho bom. Mas não fora, porque ele vinha apenas tendo pesadelos, e o cheiro de Ace estava em suas roupas. Além do fato de ele estar tão descansado por ter dormido tanto. Algo que só teria sido proporcionado se tivesse estado com o menor.

Olhou para o lado e viu frutas, além de café e pão na mesinha. Um bilhete?

"Seja feliz, Marco. Desfrute do café da manhã que eu preparei para você.

- A."

"Também amo você." Disse Marco e começou a comer.

Ouvia-se uma gritaria. Todos foram para fora ver o que acontecia. Roger e Ace brigavam, e Barba Branca tentava acalmá-los.

- Não quero ser rei de nada! - Ace grita.

- Não faça birra. Tem noção de quantas pessoas gostariam de estar no seu lugar? - Responde Roger de volta.

- Se estivessem no meu lugar, logo iriam querer voltar de onde vieram.

- Um homem... Vale tudo isso? Um único homem? Um dia... Você pode encontrar outras pessoas, amar outras pessoas. Você ainda é novo. Terá valido a pena?

- Eu vivo minha vida, sem arrependimento nenhum. Ainda que aconteça isso que você disse. A resposta é sim, terá valido a pena, porque eu terei feito o que eu quis, minha própria vontade, não a dos outros. Porque eu escolhi o que me faria feliz. Mesmo que neste momento.

Roger revira os olhos.
- Você-

- Terá valido a pena porque, aquele homem - Ace aponta Marco abrindo a porta, para também ver o motivo dos berros - Entre diferenças e igualdades... Apesar de tudo, não apenas me completa, mas me transborda.

Marco arregalou os olhos. O que estava acontecendo ali? Eram seus pensamentos.

Ace correu para o colo de Marco e o abraçou. O louro estava sem entender nada, mas retribuiu o abraço.

- Seja feliz comigo, Marco.

- Eu amo você, Ace.

Era isso que Ace queria ouvir.

Roger ainda que insatisfeito com tudo aquilo, deixou para lá, não podia interferir na vida do filho, ele escolheu não ser rei. Ele escolheu o amor. Coisa que o próprio Roger não fez por ter sua crença de que não era o correto arriscar tudo por isto.

Mas Ace tinha Barba Branca para apoiá-lo.

Agora Roger definiu uma outra forma de escolher o futuro rei dos piratas. Que consistia em ele esconder um tesouro, e quem o encontrasse, seria o novo rei.



No quarto de Marco, os sons eram apenas dos beijos molhados e gemidos de ambos.

- Amo você, Marco.

Marco sorriu.

- Para mim, você sempre será um rei, Ace.

Ace corou. Marco sempre tinha formas diferentes de dizer "Eu te amo." E todas era efetivas.

Coleção de OneShots Marace - Marco x AceOnde histórias criam vida. Descubra agora