Perigo

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N/a: Yo!

Existem inúmeras coisas que são perigosas. Como por exemplo, o cigarro, que é um perigo para a saúde. Havia algo que também era um perigo para a minha saúde. Não algo, alguém. Marco Newgate era o homem que fazia meu coração acelerar, e que eu sabia que se me envolvesse demais eu acabaria sofrendo danos irreparáveis do perigo constante que era estar perto do jogador de basquete mais comentado da cidade. Ele tinha todas as meninas aos seus pés, mas era a mim que Marco recorria sempre que precisava, era a mim que ele desejava levar para a cama, e eu adorava ser o centro das atenções do louro, ser aquele que o satisfazia entre tantas opções.

Marco era bem agressivo, mas não comigo, comigo ele era um doce, então por que eu sentia que era perigoso estar perto dele? Eu sabia que ele jamais encostaria um dedo em mim, mas eu já o vi lutando com outras pessoas por simplesmente estar estressado. E se ele perdesse a paciência comigo? De qualquer forma, eu era apenas a sua companhia de foda, pensar demais nisso como se fôssemos ter algo duradouro não era a melhor das opções. Bem, ele poderia ficar zangado em qualquer momento, mas comigo sempre foi diferente, por isso minhas perguntas seriam sempre num futuro distante.

O que eu tinha de especial? Ou será que era somente eu mesmo? E se Marco tivesse outros? Se tivesse, eu não teria direito nenhum de me incomodar com nada, afinal, eu também sempre pude ficar com quem eu quisesse, e eu ficava!

Terminamos de fazer sexo e Marco me aproximou de seu grande corpo e me abraçou. Eu sentia seu pênis agora mole roçando a minha bunda, ele acariciava os meus cabelos e meu rosto. Depositou um beijo na minha cabeça e levantou-se indo em direção a cozinha. Eu fiquei sem entender. Marco era carinhoso comigo sempre, mas estava começando a me assustar a mudança repentina, a diferença com que ele vinha me tratando, e até mesmo as outras pessoas.

— Ace, pegue. - Ele me entregou um copo com meu chá favorito. Eu não entendi, mas agradeci e o bebi.

— Não se esforce tanto, Marco. Eu gosto de como você me trata.

— Mas eu quero que goste mais. Quero cuidar de você. Quero que você não precise ficar com aquele outro louro. Quero que só eu seja o suficiente.

Eu engoli o chá me assustando ao ouvir aquilo da boca de Marco.

— S-Sanji?

Marco assentiu.

— Ele está namorando agora, faz um tempo que não fico com ele.

— Então namore comigo!

Minha mente viajou para as perguntas que eu vinha me fazendo.

— Você pode me dar um tempo?

— Todo tempo do mundo! - Ele respondeu empolgado e bruto do jeito que era, mas ainda assim, era a coisa mais fofa do mundo para mim.

Quando eu comecei a ter um caso com o Marco?... Ah, ele estava na quadra da escola treinando, e acabou se assustando comigo e a bola acertou a minha cabeça. Ainda bem que foi a cabeça, não doeu tanto. Ele me prestou socorro e pediu desculpas várias vezes. Mesmo eu dizendo que estava tudo bem, ele não parava de me perguntar o que poderia fazer por mim, foi aí que pedi que ele me acompanhasse até em casa. Presenciei uma briga dele com outro garoto do time de basquete da escola rival no caminho, foi aí que percebi que ele representava perigo. Mas como eu já disse, comigo sempre foi diferente. Eu não sei se ele se sentia em dívida comigo, mas se sim, já havia pagado. Sempre me defendeu de valentões que agora até mesmo tinham medo de mim por Marco ser meu "guarda costas"

Marco todos os dias me acompanhava até em casa, até nos beijarmos a primeira vez. Incrível como ele era delicado, seu beijo era suave, seu toque era leve. Totalmente diferente do que eu imaginava. Sim, eu havia imaginado antes, não sei em que momento, mas eu criei um vínculo com Marco, e era como se meus lábios pedissem pelos dele.

E então sempre analisei como ele era violento e agressivo, seja nas palavras ou nas ações, principalmente com o time, às vezes era até compreensível Marco surtar com aquele time, era o único que fazia alguma coisa. Quanto tempo demoraria para ser assim comigo? Mas comigo... Ele era um doce. Cuidava de mim, como ele mesmo disse que queria. Eu não iria me decepcionar com Marco. Eu preferia que ele fosse legal comigo e tivesse cara de poucos amigos com os outros, do que o contrário. Conheço pessoas que parecem ser gente boa com todo mundo, mas com o próprio parceiro é um babaca.

— Estou satisfeito pelo modo como você cuida de mim. - Eu disse e lhe dei um sorrisão. — Espero poder retribuir!

— Você me dá muito mais do que mereço, Ace. - Eu parei de sorrir, estava envergonhado.

Alguns dias depois naquela mesma semana, aceitei o pedido de namoro, Marco nunca levantou a voz para mim em momento algum, pelo contrário, fazia questão de se mostrar carinhoso comigo mesmo em público, eu não o merecia!

Ou melhor, como Marco sempre dizia “Merecemos sim, um ao outro.”

— Eu quero que seja violento comigo, Marco.

Eu o vi arregalar os olhos.

— C-como assim?

— Sempre que a gente transa, você é tão gentil, eu gosto às vezes de algo mais forte. Quero que me deseje mais.

— Mais? Impossível. - Marco riu. — Seu desejo é uma ordem, amor. Está pronto para o perigo?

Sim, eu sabia que seria perigoso.

— Eu sou o perigo. - Respondi com um sorriso pretensioso.

As grandes mãos de Marco no meu pescoço enquanto ele pentrava minha entrada e me fazia lançar a ele olhares diabólico.

— Você é o demônio disfarçado, Ace. - Disse ele, virando-me e fazendo com que eu empinasse meu bumbum para que ele pudesse desferir tapas.

Marco agora dava investidas rápidas e fortes, eu sentia o prazer naquela dor, e só podia sorrir, além de gemer. Olhava para trás vez ou outra para provocar meu namorado, e eu conquistava meu objetivo.

— Você é sem disfarce algum. - Respondi.

Marco poderia ser agressivo e violento com outras pessoas em outros momentos, enquanto comigo era calmo e gentil. Mas no sexo, ele só poderia ser daquele jeito comigo.

N/a:  Não sei o que eu estou fazendo.

— Heaven. 🍒

Coleção de OneShots Marace - Marco x AceOnde histórias criam vida. Descubra agora