Thecke Netto

Capítulo 02: A bravura de Tauro!

Thecke rapidamente se levanta e parte as pressas  até o local da cena pra saber o que estava acontecendo, e quem necessitava da sua ajuda, ao chegar no local citado ele constata que realmente tinha uma pessoa correndo sérios riscos de vida, o garoto parou um instante, olhou tudo a sua volta, e nos dedos ele contou dez lobos, o resto ele não soube informar pois não havia mais em que contar, vendo tudo  isso ele falou:
- Agora ferrou, como eu vou lutar contra mais de dez lobos se apenas oito deles já tem a força de um java touro?
Porém, como já passamos à conhecer o nosso herói, ele sempre age de forma precipitada e sem traçar nenhum plano. Um chute de voadeira já foi o combustível para mais uma batalha, o golpe atingiu o primeiro canídeo. Enquanto isso os demais rosnavam muito e de uma forma tão brutal, dois deles tentaram rasgar o garoto ao meio, ao todo cada um foi recebido com um soco no certeiro no focinho. Entre murros e ponta pés, os animais sempre são jogados ao chão.

Em uma casinha bastante humilde feita de taipa, e chão batido, onde não havia nada que demonstrasse riqueza. Penduradas na  cozinha haviam panelas velhas, a maioria já com o fundo escurecido por carvão. No canto um rádio antigo transmitia uma oração, mas que mal dava para entender as vozes devido aos ruídos vindo do mesmo. No meio do cômodo, estava uma mesa com apenas duas cadeiras e debruçada sobre o móvel uma senhora triste lamentava suas preces:
- Oh Deus! Por anda meu filho amado que até a essa hora não voltou – ela enxugava as lágrimas que corriam em seu rosto debatido pelo tempo, passava as mãos no lenço, de cor cinza, que estava enrolado sobre sua moleira e continuava o seu lamento – prometo que nunca mais eu vou me embriagar se ele voltar para casa bem!
Terminando de fazer sua promessa, ela apanha uma garrafa que estava, a poucos centímetros do alcance de suas mãos, já em posse daquela vasilha de vidro, ela despeja desenfreadamente em sua goela, todo o conteúdo “ um líquido transparente que aparentava ser algum tipo de aguardente “ e poucos minutos depois a velhinha “já em estado avançado de embriaguez”, apaga.
Vários lobos deferem ao mesmo tempo sua fúria  desenfreada contra o nosso herói. Thecke Netto é jogado ao chão e começa sentir o efeito de vários ataques ao mesmo tempo. A pele do jovem é muito resistente, por tanto é muito difícil de ser penetrada, mas as feras tem uma mordida de cerca de oitocentos PSI. Só para termos ideia, cada mordida é equivalente à pressão de aproximadamente cinquenta e cinco quilos por metro quadrado.  O menino observando toda aquela cena sangrenta em sua frente, ficou muito abismado.
“Preciso fazer alguma coisa, ou ele vai morrer” conversava o garoto consigo mesmo. “ora ele que se ferre, eu vou é correr e salvar a minha vida” ele deu uns dois passos, parou, olhou para trás e continuou a discutir em pensamentos.” não posso fugir assim, desse jeito eu nunca vou superar esse tremendo medo que carrego, preciso criar coragem.
De uma forma sutil e analista ele observou rapidamente tudo que estava em sua volta e logo avistou uma enorme palmeira, a mesma era extremamente grossa e suas talas quase perdiam-se de vista, ao tentamos olha-las de baixo . Aquela arecaceae possuía muitas frutas caídas em volta do seu tronco. Seus frutos eram de consistência demasiadamente duras e muito semelhantes aos cocos tradicionais, porém ainda mais densos. O rapaz aflito agarrou  aqueles restos frutíferos, “ que já tinham metade de sua casca devorada por animais, que famintos a usavam como refeição”, porém nesse momento seriam  a  arma perfeita. Demostrando muito desespero e descontrole, o menino inevitavelmente atira uma cocada contra os lobos. O lançamento acerta a cabeça de uma das feras que sentindo a pancada vorazmente volta-se contra seu agressor.
- droga! O que fui fazer, agora não tem jeito é continuar arremessando coco contra eles -  Ele continua atirando suas frutas – toma essa e mais essa seus otários!