Ele

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Minha camionete estava em estacionamento bem escuro e como era um pouco cedo "20:30 "  estava meio lotado de carros , não gostava de ir para casa tarde mesmo que Charlie quisesse ouvir alguma desculpa de tipo " me distrair conversando " , mas isso de fato nunca aconteceu.

Escuto vários passos , mas deve ser qualquer casal aleatório. Escuto batidas vindo dos carros e fica mais forte cada vez que se aproxima.
Tento abrir a camionete com a mais possível força , mas deixo as chaves caírem no chão e acabo tento que encarar o problema.

Era um homem alto com uma blusa vermelha , calças jeans e sapato social.  Ele aparentava estar muito bêbado e pelo visto não queria amizade .

Pra que a pressa ?- fala o homem  de um jeito irônico e com um sorriso torto.

O que você quer ? - digo de um jeito mais seco que possível.

Bem..- ele se aproximava cada vez mais

Ele tenta me dar um abraço , mas imediatamente tento afasta ló
Coloco a mão em minha bolsa e tento pegar um spray de pimenta.

Imediatamente espirro em sua cara com todo o produto possível. Percebir que ficou vazio o frasco com spray.

Ele geme de dor , grita e demonstra ódio.  Não perco tempo e corro o mais rápido possível

Estava com medo e sem saber o que fazer , queria alguém pra me ajudar , alguém pra me acalmar.
Mas só era eu e eu , não tinha ninguém pra me ajudar e precisaria me ajuda nesse momento.

VOCÊ VAI MORRER VIADINHO- grita ele com um ódio intenso

Vejo um pedra bater na parede onde eu estava me escondendo e então ele me acha. E agora ? ,
O que eu faço ? ,Quem iria me ajudar ? Sinto a morte em minha pele , sinto o fim da vida em meu caminho.

Nesse momento eu teria certeza de uma coisa , esse vagabundo iria me matar , meu pai nunca iria se perdoar pelo que aconteceu e minha mãe muito menos. E Edward... eu não consigo ver sua reação.

Ele estava com uma pedra grande nas mãos , pelo visto minha morte seria dolorosa. Sempre acreditei que minha morte seria rápida , mas agora vi que vai ser lenta e muito dolorosa.
Ele levanta a mão com a pedra e de repente...

Vejo um vulto tombar com o vagabundo com toda força possível , ele cai e derruba a pedra no chão.
Rapidamente ele se levanta e tenta procurar da onde vem o vulto.

O vulto para atrás dele e dar um mordida em seu pescoço tão calculada e tão maravilhosamente dolorosa.

Ele grita de dor..  ele geme de socorro..
mas não sinto nada além de satisfação.

Quando olhei mais de perto , eu reconheci o vulto que corria a velocidade da luz , o vulto que me salvou da morte dolorosa e lenta que eu teria...

Era ele... era o EDWARD , quem mais poderia ser né ?

A mordida que ele dava no cara era muito forte e parecia descontar toda raiva dele na mordida.
Como ele era tão rápido ? Como ele adivinhava tudo ? E como ele sabia de tudo ?

Eu deveria ter medo dele , mas o que eu sentia era satisfação e prazer ao ver aquele vagabundo sendo devorado por Edward.

Então vejo um pedaço do pescoço dele sendo jogado fora , batia forte no chão e parecia mármore.

De uma coisa eu tinha certeza... Edward não era humano e nem aquele cara.

Edward olha para mim com uma cara neutra , uma cara seca e sem expressão. Então fecho os meus olhos e só escuto uma batida forte em algo que parece concreto.

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