Capitulo 28: A porta fechada

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Já havia mais de duas horas que a cavalaria tinha chegado e nada do rei Derek chegar.
Henriet estava no estábulo onde tinha acabado de fazer  sexo com um dos cavalariços para tentar saber do paradeiro dele e descobriu através do jovem franzino e parvo, que o rei havia parado no meio do caminho para tomar um banho no rio Tauber .
O rei amava aquele lugar. Ele nunca a levara lá. Dizia que era proibido, pois o lugar era como se fosse um santuário particular, onde ele gostava de estar sozinho consigo mesmo e seus pensamentos.
Henriet estava aflita para revê-lo depois de tantos dias. Geralmente ele era sempre o primeiro a chegar. Comia algo, bebia uma caneca de cerveja com seus homens e vinha correndo para os seus braços. Somente depois ele ia falar com os conselheiros sobre as questões ocorridas no reino. 
Porém dessa vez, foi diferente. A noite já estava chegando, os homens já estavam bêbados ou dormindo e nada do rei chegar!
Depois de aproximadamente quarenta minutos, Henriet que estava escondida numa das torres, notou que os cavaleiros se posicionaram em sentinela, e alguns guardas correram para baixar a ponte elevadiça.
Ela correu até a beirada da torre e viu a entrada do rei e ficou perplexa em vê-lo  montado em seu cavalo, e na frente dele, a estrangeira de Havema.
Henriet desceu as escadas correndo e se escondeu atrás de uma carroça que estava no pátio para observar melhor a cena. Havia algo de diferente naqueles dois. Os braços de Derek repousavam sobre o corpo da  estrangeira  como se ela o pertencesse. E a estrangeira por sua vez, estava bem a vontade sentada na frente do rei vestida com o manto de guerra real.
Seus cabelos estavam úmidos e Henriet sentiu uma revolta automática com aquilo.
Será que eles haviam consumado o casamento no lugar idílico do rei?
Aquilo era um privilégio que ela queria para si! Entrar no castelo com seu homem enquanto todos o recebiam com reverência e respeito, como faziam agora com eles.
Henriet estava remoendo de ódio e ciúmes. Então eles haviam se encontrado pelo caminho! E  pelo visto, estavam  juntos até agora.
O sentimento de ódio foi tomando conta dela. A culpa disso tudo era da Princesa Aysha! Se ela não tivesse tirado-a de dentro do castelo, saberia de todos os passos daquela mulherzinha e assim poderia tramar um acidente, dessa vez, definitivo.
De onde estava, pode ver o rei desmontar do cavalo e tomar Roshlyn no colo, e levá-la para dentro do castelo com servos e nobres enfileirados enquanto eles passavam. A intimidade de como ela repousou o rosto no peito do rei, a fez ferver de raiva.
Do seu rei!
A pergunta rondava  sua mente e trazia um sentimento poderoso de inveja em seu coração.
-Será que... ? Será que o rei havia tomado a estrangeira como esposa e fez dela, a sua mulher carnalmente?
Ele não seria capaz de fazer aquilo com ela! Em breve Bartolomeu a chamaria pois seria convocada por ele! Ela sempre foi sua favorita! E ainda seria, por muito e muito tempo!
Numa última tentativa de estar com o rei aquela noite, e confirmar seu favoritismo, ela entrou no castelo pelas galerias de água e chegou até os corredores onde ficava o quarto amarelo.
Esse era o lugar marcado  há muitos anos entre eles. Era ali que ela o esperava, que saciavam o seu desejo um pelo outro.
Ela tinha certeza que assim  que ele se livrasse da estrangeira, estaria ali com ela.
O quarto amarelo era o lugar onde haviam vivido várias noites de sexo e prazer intenso. O de o rei podia dar vazão a sua incrível virilidade.
Esperou os sentinelas irem para o outro lado e furtivamente tentou abrir a porta do quarto.
Mas percebeu que o recinto estava trancado com um grande cadeado de ferro.
Henriet socou a porta com raiva.
O gosto amargo da vingança sombria recaiu sobre seu peito.
-Isso definitivamente não iria ficar assim!

O Rei ProfanoOnde histórias criam vida. Descubra agora