𝟵. 𝗡𝗼𝘃𝗼 𝘃𝗼𝘃ô

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A entrada da casa estava em silencio, San encarava o homem a sua frente inundado dos mais diversos sentimentos, amava aqueles olhos sobre si porque havia crescido pensando que eles eram os mais doces e amigáveis juntos aos de sua mãe. E mesmo que estivesse magoado e não soubesse exatamente o que pensar, podia ver o mesmo amor de sempre refletidos nos olhos pequenos e com algumas rugas.

Wooyoung não sabia bem o que fazer, sabia que o ômega havia passado por um momento difícil com o pai, e por mais que não concordasse com a atitude do homem, não podia julgar sem antes saber o porquê de ele ter feito aquilo. Sabia que nem todos os pais eram bons, mas também sabia, pelo que San já havia lhe contado, que Senhor Choi sempre havia sido o melhor dos pais.

— O que está fazendo aqui? — San perguntou confuso, e o homem conseguiu ver o pequeno beicinho que seu filho sempre fazia quando estava chateado.

— Vim conversar com você, nós podemos? — Perguntou receoso, com medo de que o filho não o quisesse ouvir.

Sabia que o ômega tinha esse direito, afinal não havia sido o pai que o mesmo esperava, havia o abandonado em um dos momentos mais importantes de sua vida, e se arrependia muito mesmo que ainda achasse que havia feito o necessário.

—Papais? — O homem mais velho se surpreendeu ao ver a garotinha agarrada às pernas de seu filho, ela olhou diretamente para seus olhos por alguns instantes e então sorriu. — Esse tio parece o papai Sanie.

— Está na hora do banho, mocinha. — Wooyoung a pegou no colo rapidamente olhando para San logo em seguida. — Acho que seria bom vocês conversarem, amor. — Selou a testa do loiro, abaixou a cabeça levemente em direção ao homem de meia idade e então adentrou a casa para subir enquanto ouvia as lamurias da criança que não queria tomar banho.

San suspirou algumas vezes, antes de dar passagem para que seu pai entrasse. Ele não tinha raiva do mais velho, e até sentia muita falta dele, mas se sentia chateado pela forma que ele agiu meses antes quando soube de sua gravidez.

Ambos se sentaram no sofá, um de frente para o outro, San sabia que Wooyoung a demorar um pouco já que colocaria Arin pra dormir depois do banho, mas esperava que ele fosse mais rápido naquele dia lhe fazer companhia naquela situação complicada.

— Sua barriga já está grande. — O homem sorriu olhando para a barriguinha elevada do filho.

—Sim, estou para completar seis meses. — Ficaram em silencio por mais um tempo.

Choi Mingyu não era um homem ruim, ele podia ser duro e considerando completamente frio no trabalho, mas quando se tratava de seu único filho era como uma manteiga derretida, por isso tinha suspeitas de que aqueles meses foram muito piores para si do que para San que sempre havia demonstrado ser um ômega muito forte, apesar de mimado e infantil.

— Conversei com sua mão ontem, na verdade conversamos sempre sobre você, e eu não aguentava mais ficar tão longe Sa.— Mingyu suspirou. — Ela me garantiu que você estava muito bem, e eu nunca me senti tão aliviado.

— Foi você quem me abandonou, pai. — A voz saiu baixa e quase quebrada.

—Eu sei o que eu fiz, e odiei cada um desses dias, meu amor, mas não me arrependo, não te vendo assim agora. Tão crescido.

— Eu não entendo...— as lagrimas do loiro começaram a cair. — Eu só queria o seu apoio, eu não me importo com o dinheiro, mas queria seu apoio.

O amor mora embaixo | woo + san ver.Onde histórias criam vida. Descubra agora