Capítulo 2

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O que está acontecendo aqui? — Pomona Sprout gritou, sua voz distante como se viesse do outro lado do castelo. — Potter, Malfoy, levantem-se agora!

Estimulado a agir pela ordem, Potter lutou para se levantar, contorcendo-se em cima de Draco e no processo empurrando sua mão com mais firmeza contra a virilha de Draco.

Draco gritou e rosnou, — Pare de me apalpar, Potter!

Risos estouraram com suas palavras e as bochechas de Draco coraram.

— Falou o idiota que está acariciando minha bunda! — Potter sussurrou furiosamente.

Envergonhado, Draco tentou soltar sua mão, mas tudo o que ele conseguiu fazer foi agarrar as nádegas de Potter com mais força. Foi a vez de Potter gritar e ele o fez bem alto, resistindo e se contorcendo, sem dúvida tentando tirar a mão de Draco. Se Draco não estivesse tão mortificado, ele teria achado o comportamento de Potter histérico. Potter estava piorando as coisas se contorcendo; a visão deles deve ter parecido terrivelmente errada. Draco gemeu e bateu a nuca contra o chão, esperando conseguir ficar inconsciente.

— Parem já com isso. — Sprout disse, parecendo escandalizada.

Potter se contorceu mais forte e Draco gemeu novamente. — Para com isso, Potter. Sério, tá te ajudando em alguma coisa? Vá encontrar outra pessoa para molestar.

Potter parou de lutar e olhou para Draco.

— Isso é culpa sua, — Potter acusou, seus olhos se estreitando.

Surpreso, Draco notou que Potter não estava com seus óculos; eles devem ter caído quando Potter caiu em cima dele. Potter parecia estranho sem eles; seu olhar míope não era tão ameaçador e convincente como costumava ser. Ele parecia um cachorrinho chutado, a imagem amplificada por causa da corda amarrada em seu pescoço.

Draco inclinou a cabeça e olhou para o nó apertado. — Eu aposto que se eu torcer bem, eu posso te sufocar até a morte. — Ele ponderou em voz alta.

— Aposto que se eu apertar forte o suficiente, posso danificar seu precioso brinquedinho. — Potter retrucou e empurrou a mão esquerda um pouco mais para cima.

Um guincho indigno escapou da boca de Draco e, sem saber mais o que fazer, ele rapidamente revidou apertando a bunda de Potter selvagemente. Potter não fez nenhum som, mas fechou os olhos com força, sua cabeça caindo na curva do pescoço de Draco. No segundo seguinte, eles se separaram e engasgaram de horror, tentando desesperadamente se libertar.

Relashio! — Sprout.

Draco quase gritou de alívio, esperando que eles fossem libertados, mas isso não aconteceu. Com o canto do olho, ele viu Sprout balançar a varinha e limpar a garganta antes de tentar novamente.

Relashio! — Ela disse com firmeza, mas as cordas não se moveram.

Draco fechou os olhos com tristeza. Merlin, ele morreria ali; esmagado até a morte pelo peso de troll de Harry Potter.

— Deixe-me tentar. — Disse uma voz viva.

Os olhos de Draco se abriram. — Não, ela não! — Ele chorou. — Não aponte sua varinha para mim, Granger!

Granger piscou para ele e abaixou um pouco a varinha. — Oh, me desculpe, eu não sabia que você estava se divertindo. Devo deixá-lo com isso, então?

— Não! — Potter gritou, obviamente angustiado. — Por favor, Hermione, tente.

Draco revirou os olhos. Potter se dirigiu a ela como se ela fosse a resposta para todas as suas orações.

The Ties That Bind Us | Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora