The Ties That Bind Us | Drarry

Capítulo 8

Foi horrível. Potter estava certo: beijar simplesmente não funcionava para eles. Teria sido melhor se Potter não estivesse paralisado como uma estátua e se Draco conseguisse se lembrar de como beijar.

O horror do beijo não o deteve, no entanto. Ele não conseguia parar. Os lábios de Potter foram feitos para serem adorados. Por mais duros e imóveis que estivessem, Draco ainda estremeceu enquanto os mapeava com a língua e então prendeu o lábio inferior de Potter, chupando-o levemente. Potter fez um som como se quisesse dizer alguma coisa; seus lábios se moveram e se fecharam ao redor do lábio superior de Draco. Assim era melhor. Era quase um beijo de verdade. Draco abriu a boca um pouco mais e lentamente deslizou sua língua pelos lábios de Potter.

Potter estremeceu, então jogou a cabeça para trás com um suspiro. Draco meio que esperava que ele limpasse a boca com a manga, mas Potter simplesmente traçou os lábios com a língua para ter certeza de que ainda estavam grudados nele. A visão disso fez Draco se inclinar para frente e Potter automaticamente se inclinar para trás, mas com o braço de Draco ao redor de sua cintura ele não conseguia se mover muito.

— Por que você está fazendo isso? — Potter sussurrou, seus olhos procurando freneticamente o rosto de Draco por uma resposta. — Você enlouqueceu? Eu bati em você com muita força? Alguém te enfeitiçou? Alguém envenenou- mmph!

Draco pressionou sua boca na de Potter novamente e enterrou sua mão livre no cabelo de Potter para evitar que ele se afastasse. Sua mão não parava; insistiu em acariciar o cabelo de Potter enquanto sua língua entrava e saía da boca de Potter.

Potter tentou falar e, falhando, agarrou o pulso de Draco, empurrando seu braço para longe até conseguir torcê-lo nas costas de Draco. Isso doeu – muito, mas não fez Draco se afastar. Mesmo depois que Potter virou a cabeça e os lábios de Draco acabaram pressionados contra a bochecha de Potter, ele não conseguia parar de beijá-lo. Ele atacou o rosto de Potter com beijos quentes de boca aberta, movendo-se lentamente em direção a sua orelha e aquele ponto macio perto de seu cabelo. Ele quase o alcançou quando Potter puxou seu corpo e torceu seu braço preso. Ele puxou bruscamente e a sensação sempre presente dos dedos de Potter na coxa de Draco de repente desapareceu, deixando nada além de dor e vazio em seu rastro.

Draco engasgou e se afastou, chocado ao ver que as cordas ao redor de sua coxa se soltaram e soltaram a mão de Potter. Potter parecia igualmente surpreso e soltou o braço de Draco, suas mãos voando para a corda em seu pescoço. Ele puxou e lutou, mas ele se recusou a ceder. Draco sem muito entusiasmo tentou libertar seu braço direito, mas as cordas não o libertaram milagrosamente.

— O Feitiço está acabando lentamente, — Draco comentou, imaginando se isso era verdade ou se Potter de alguma forma conseguiu vencer o Feitiço quando ele entrou em pânico. Era angustiante pensar que Potter tinha se incomodado tanto com o beijo que quebrou as regras da magia.

Potter parou de lutar com as cordas. — Você sabe quem eu sou? — Ele perguntou, encarando, fazendo Draco piscar de surpresa. Ele esperava que Potter começasse a reclamar sobre seu status como o Escolhido e alguma regra não escrita que dizia que ex-Comensais da Morte não tinham permissão para tocar os lábios preciosos do Herói. Em vez disso, Potter o bombardeou com perguntas ridículas. — Você sabe que dia é hoje? Você sabe quem é o Ministro? Você sabe seu nome? Você tem uma concussão? Você está com febre? — Ele levantou a mão tão forte para tocar a testa de Draco, mas então mudou de ideia e fez a coisa mais estranha – ele enfiou dois dedos na frente dos olhos de Draco e perguntou, — Quantos dedos?

Draco empalideceu. — Você está louco, Potter? O que você está fazendo?

A mão de Potter caiu em seu colo. Ele esfregou o pulso ferido, estremecendo ligeiramente. — Eu sou um lunático? — Ele perguntou furiosamente. — O que você está fazendo?