Capítulo 4

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Eu poderia beijar essa mulher, Draco pensou enquanto McGonagall entrava na sala de aula, seguida de perto por Flitwick. Ela olhou para eles com os lábios apertados em uma linha apertada e Draco não pôde deixar de engolir em seco de medo; ele sentiu Potter se contorcer inquieto ao lado dele e se sentiu um pouco melhor com seu próprio medo. Mas o medo era bom. O medo afugentou reações indesejadas; reações que, Draco tinha certeza, eram apenas uma invenção de sua imaginação em primeiro lugar. Honestamente, o que havia para ser despertado? Potter, luta, cordas? Draco franziu a testa e rapidamente se concentrou no olhar assustador de McGonagall.

Flitwick olhou para eles com uma expressão peculiar em seu rostinho. Ele parecia estar pronto para cair na gargalhada. Draco não podia culpá-lo; eles devem ter sido uma visão e tanto. Draco Malfoy e Harry Potter, sentados próximos um do outro, com Potter quase aconchegado no abraço de Draco.

— Sua mão, Sr. Malfoy, — McGonagall latiu bruscamente e o braço livre de Draco voou em direção a ela instantaneamente. Draco suspeitou que ela o havia Convocado. Ilogicamente, ele pensou que McGonagall poderia esbofeteá-lo com uma régua e ele engoliu em seco audivelmente quando ela enfiou a mão no bolso do roupão. No entanto, ela apenas puxou um lenço e um pequeno frasco que Draco reconheceu como uma pomada curativa. Ela derramou uma pequena quantidade de líquido oleoso nos dedos de Draco e colocou o lenço na frente dele. Sem dizer uma palavra, ela caminhou em direção à mesa do professor, colocou o frasco de lado e sentou-se, olhando muito ferozmente.

Já que nenhuma outra instrução foi dada, Draco passou o líquido em sua mandíbula. Formigou, não desagradavelmente, e a dor leve desapareceu. Ele enxugou o rosto com o lenço, protelando o máximo que pôde, mas no final o deixou de lado e suspirou, imaginando que era o fim das sutilezas.

— Filius? — McGonagall pediu educadamente.

Flitwick balançou a cabeça. — Acho que não há nada que eu possa fazer, — disse ele tristemente. — Mas deixe-me tentar...

Flitwick ergueu sua varinha e Draco esperou com a respiração suspensa, esperando que o velho professor soubesse o que fazer.

Relashio! — Flitwick chorou e Draco revirou os olhos.

Nada aconteceu, é claro, e Draco ouviu Potter resmungar: — A gente meio que imaginou que isso não funcionava.

McGonagall esfregou as têmporas. — Por que não, Filius?

— É porque Potter usou o Feitiço de Desarmamento para contra-atacar, não é? — Draco perguntou prontamente, ganhando olhares de Potter e McGonagall.

— Er, não, Sr. Malfoy, — o Professor Flitwick guinchou, parecendo um pouco surpreso. — Seu feitiço simplesmente falhou.

Draco o encarou em choque e então esticou o lábio inferior. — Eu exijo uma segunda opinião. Devemos perguntar ao novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Esta é sua área de especialização.

Flitwick fez uma careta, sem dúvida insultado, e McGonagall retrucou: — Você não está em posição de exigir nada, Sr. Malfoy. — Ela se virou para Flitwick. — Você acha que os efeitos vão diminuir?

— Oh, certamente, — confirmou Flitwick. — Basta dar algumas horas. Foi um feitiço muito mal lançado-

— Sim, obrigado, professor, você pode ir agora. — Draco disse rapidamente.

— Senhor Malfoy! — McGonagall exclamou e Potter teve a audácia de rir.

— Obrigada, Filius, — ela disse com um sorriso tenso. — Você pode... — ela olhou para Draco, — sair agora.

The Ties That Bind Us | Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora