Seis - conversas !

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– estamos sentados aqui a alguns minutos e não dissemos nada – disse ele baixinho.

– não quero forçar nada – eu digo.

– então me conta a sua história ?– disse ele.

– bom, quando eu era um bebê ,eu iria ser sacrifício de ritual das bruxas de Nova Orleans aí ,Marcel matou elas e me levou pra casa,cuidou de mim,então me mandou para Inglaterra – eu disse .

– Marcel sempre o herói de moças em perigo – disse ele.

– graças a ele ,sobrevive,ele me deu um lar e muito amor – eu digo.

– porque voltou ?– disse ele.

– acho que Nova Orleans não quis que eu ficasse longe o suficiente – eu digo .

– vc conheceu a Davina ?– disse ele.

– conheci,ela era uma irmã ótima pra mim – eu digo – sinto falta dela.

– eu sinto muito – disse ele.

Eu o olhei .

– o que dizem de vc é totalmente do que eu tô vendo – eu digo.

– o que eles dizem ?– disse ele dando um sorriso de lado.

– que vc é uma pessoa egoísta ,que faz o que quer, impaciente ,maldoso em fim todo tipo de coisa ruim – eu digo .

– e vc acha que eu sou assim ?– disse ele.

– sinceramente pode até ser,mas as pessoas mudam – eu digo – se não vc não estaria aqui, vc fez por ela .

– ela ?– disse ele.

– sua filha ,Hope , é por isso que está aqui ,sei que quer manter ela segura – eu digo – eu faria o mesmo .

Ele sorriu .

– mas não me conformo do jeito que meu pai quis fazer isso – eu digo – ele tá sendo um monstro.

– Marcel não é um monstro, ele quer te manter segura também – disse ele – ele sabe que vc está segura, comigo fora da jogada ,meus inimigos ficaram fora da cidade e não terá mais guerra .

Eu fiquei em silêncio.

Olhando para o lado.

– eu disse algo errado ?– disse ele .

– não – eu digo e sem querer apertei a minha mão,então gemi de dor .

– eu posso dar o meu sangue a vc,assim pode se curar – disse ele.

– eu tô bem – eu digo.

– porque ?– disse ele.

– porque o quer ?– eu digo olhando em seus olhos.

– porque fez isso tudo ,com o corte e o sangue ?– disse ele.

– vc estava com fome ,vc pode ser o pior do mundo, eu faria tudo de novo – eu digo – não consigo te odiar,mesmo com tudo o que vc e sua família fez para o meu pai .

– eu sei,eu falhei como pai,e agora ele é o melhor pai do que eu nunca fui – disse ele .

– vc falhou uma vez,mas agora tem outra filha e pode ser melhor, pelo Marcel e pela Hope – eu digo.

Ele ficou em silêncio.

– eu vou dar um jeito de tirar vc daqui – eu digo.

Então olhei um objeto que estava ao lado dele .

– o que é isso ?– eu digo curiosa .

– isso ?– disse ele pegando o pedaço de madeira.

Que coisa feia !

– sim ? Ela é muito feia – eu digo.

– pode até ser feia,mas ela é perigosa – disse ele olhando para a coisa.

– vai me dizer o que é?– eu digo.

– vou, se chama a lâmina de Papatunde – disse ele – ela trás um dor agonizante que parece que não acaba nunca.

– funciona pra qualquer um ?– eu digo curiosa.

– qualquer um sendo vampiro – disse ele.

– ele usou em vc não foi ?– eu digo.

Klaus estava dentro do círculo que impedia dele sair,acho que feitiço .

E eu estava sentada ao lado dele,pouquíssimos centímetros dele.

– posso vê ?– eu digo.

– claro – disse ele erguendo pra mim.

Eu peguei a lâmina da mão dele .

Peguei meu celular que estava no bolso e olhei a hora.

Eu estava muito tempo com ele .

– está tarde – eu digo – preciso ir antes que meu pai der por falta de mim.

Ele não falou nada.

Me levantei .

– devolve a lâmina – disse ele.

– não – eu digo.

– é sério,Sam – disse ele.

– aprendeu meu nome – eu sorri.

– devolve – disse ele novamente.

– se ela faz isso tudo aí que vc diz então vou deixar ela bem longe do seu corpo – eu digo.

Andei até o portão e segurei,olhei para trás .

– eu volto – eu digo .

E ele deu um sorriso ,ou eu acho que vi ele dando um sorrisinho .

Salva-me[KlausMikaelson]Onde histórias criam vida. Descubra agora