Você cobre suas feridas, mas debaixo delas
há um milhão de vozes na sua cabeça que sussurram: pare agora.
Está tudo em sua mente e está lutando contra você
Bem, criança, o que você vai fazer agora?
É o seu reflexo te olhando de volta para te derrubar.
(Cailin Russo e Chrissy Costanza)
𓅐
O jardim parecia mais vívido desde a última vez que Minho o viu.
Talvez por conta do retorno de seu cuidador, ou das chuvas constantes dos últimos dias, lembrando-os do quanto são necessárias. A verdade é que, mesmos em um jardim repleto de plantas esverdeadas e flores de cores exuberantes, o ponto mais vívido de todo espaço aberto ainda era o garoto de cabelos esverdeados vestindo uma jardineira jeans e óculos tão arredondados quanto os próprios olhos; sentado no chão com vasos em diferentes estágios de preparação para receber mudas ou terem as suas podadas pelas mãos gentis sujas de terra.
Por um momento, Minho sentiu-se compelido a parar ainda no topo da escada e observá-lo silenciosamente de longe. Não havia uma razão particular para isto, não fazia-o por preocupação, tampouco para encontrar motivos ou oportunidades para zombar dele - únicas razões pelas quais esporadicamente observava seus amigos. Assim como as pessoas são impulsionadas a apreciar, mesmo que brevemente, o florir dos primeiros dias de primavera, Minho sentia que deveria tomar um tempo para olhá-lo.
Tão breve quanto os olhos grandes do garoto sentado no chão encontraram os seus, suas gengivas se tornaram visíveis tamanho o sorriso que agraciou os lábios.
Han Jisung era um verde viçoso, em todas estações.
— Hyung! Eu não ouvi você chegar — disse alegremente, abandonando brevemente o vaso onde colocava terra, sua atenção inteiramente voltada ao Detetive que se aproximava.
— Eu percebi. Você parecia concentrado, até pensei em não te atrapalhar.
Jisung ainda sorria ao olhar brevemente para os sacos dispostos de terra e adubo, os vasos de cerâmica e algumas mudas que ainda aguardavam pelos seus novos lares. Ele afastou os fios esverdeados de seus olhos com o dorso de sua mão suja de terra, olhando novamente para o Minho com mais vivacidade do que jamais havia visto.
— Concentrado, sim. Sempre disponível pra uma visita, também. — Inclinou levemente a cabeça, olhando-o curiosamente. — Na verdade, tô surpreso por você não estar ocupado com, você sabe, coisas de detetive.
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Solivagant • chanlix
Fanfiction[EM REVISÃO] ❝O departamento de crimes violentos de Incheon era mais enfadonho do que o nome fazia parecer. Bang Chan não se importava, sendo isto um indício de que a taxa de homicídios da cidade estava mais baixa do que já esteve no passado que tod...