0.24 ☽ ᴇ́ ʙʀᴜᴛᴀʟ ᴀϙᴜɪ

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A fechadura se abriu com facilidade sob seus dedos

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A fechadura se abriu com facilidade sob seus dedos.

O som suave ecoou pelo jardim silencioso, mas Felix não se importou. Empurrou levemente a porta aberta.

Cuidado.

— Pensei que tinha dito que a casa estaria vazia — debochou enquanto guardava seus grampos.

O suspiro de Han atravessou o ponto em seu ouvido.

E está, mas Deus sabe que você atrai problemas até quando está dormindo — disse baixinho, como se estivesse ao lado de Felix e não sentado em seu computador, há quilômetros de distância, no conforto da sua casa. — Ainda acho que deveríamos ter falado com a Ajumma.

Felix apenas revirou os olhos, tirando o celular do bolso para acender a lanterna - algo menos chamativo para os vizinhos do que se acendesse as luzes, embora preferisse a última opção. Olhou para o espaçoso corredor que levava ao que parecia ser a sala de estar.

Ele entrou.

O ar pareceu ficar mais denso, sua respiração rasa era tudo que escutava na casa silenciosa. Forçou-se a andar, assim como se forçou a focar na claridade do celular que segurava com força.

Quanto mais rápido ele fizesse aquilo, mais rápido poderia sair daquele lugar.

O Emissário passou pela sala de estar, então a sala de jantar e, logo à frente, a cozinha. Se não tivesse virado a luz da lanterna, teria deixado passar facilmente as longas portas duplas de madeira ao lado da sala de jantar.

Felix congelou por um momento ao sentir a escuridão mover-se ao seu redor. Por impulso, ele buscou com o olhar a porta ainda entreaberta da entrada, cada centímetro dos seus nervos o mandavam correr. As sombras cresciam, a escuridão alcançava seus pés ameaçando arrastá-lo consigo.

A mão que segurava o celular tremeu.

Felix, tá tudo bem aí?

A voz de Han surgiu em seu ouvido como uma âncora, afastando a escuridão mais do que sua lanterna faria.

Com a respiração pesada, ele respondeu de forma seca:

— Eu tô bem.

Felix voltou a iluminar as portas, alcançando a maçaneta.

Antes que pudesse girá-la, algo enroscou-se em seu pescoço e o puxou violentamente para trás, quebrando todo o ar de sua garganta com um ganido. A voz preocupada e frenética de Han era um ruído distante. O chão escapou de seus pés, fazendo seu próprio peso corporal esmagar sua traqueia enquanto lutava para se soltar do tecido que usavam para enforcá-lo. Mas foi o cheiro familiar de nicotina que fez o terror assentar-se em seus ossos.

Felix alcançou sua faca e golpeou cegamente a pessoa atrás de si.

Ele acertou de primeira, se a abrupta frouxidão no tecido em seu pescoço e o xingamento de dor fosse qualquer indício.

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⏰ Última atualização: Aug 14 ⏰

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