Gnomos

418 5 0
                                    

Toda noite, deito sem calcinha. Muita mulher é assim, mas eu tenho minhas próprias razões. Minha amiga Sheila diz que não se deve abafar a área por tanto tempo, que dá doença. Dá mau cheiro. Eu acho que ela tá certa, mas não é por isso que eu durmo solta não. É que aqui em casa tem gnomo.

Tem um que eu chamo de Toko e que toda noite vem me visitar. Ele gosta de subir nas minhas pernas, por causa do creme de aveia que eu uso. Anda até o meu púbis e ali se demora um tempo, olhando pra cima. Acho que fica tarando meus peitos. Não são grandes, mas não são pequenos também. Então, ele desce pela parte interna das minhas coxas e aí começa a melhor coisa do mundo.

Toko esfrega meu clitóris com as duas mãos, lambuzando-as na entrada da minha xoxota, aproveitando meu próprio líquido pra deslizar as mãos pela pequena língua vermelha que se projeta pra fora da minha carne. Sinto as pequenas e delicadas unhas arranharem a pele macia do meu grelo e começo a sorrir uma alegria que toma todo meu corpo. Os bicos do meu peito parecem concentrar uma pressão, como se fossem liberar raios.

Ele então posiciona um grande cantil que enche da porra que eu jorro em espirros. Ele abastece o recipiente até a boca e depois o tampa. Quase sempre, são dois cantis. O segundo ele enche depois que eu gozo de novo, que é depois que ele começa a usar o pincel. Sim, ele tem um pincel que sabe usar com maestria. Eu gozo duas vezes. Ele me deixa, com dois volumes cheios de meu gozo nas costas, rumo ao seu refúgio, onde vai preparar quitutes para seus irmãos.

Ontem, foi diferente. Toko veio acompanhado. Ele chegou até a entrada da minha boceta com mais seis outros gnomos, Lenke, Mirko, Plakto, Barok, Urko e Kintako. Eles eram os sete representantes dos gnomos. Eu pensava que eles tinham um rei, um príncipe, algo assim. Mirko me explicou, que depois que o bebê humano foi resgatado do labirinto, na última incursão de um humano até as terras dos gnomos, que eles resolveram destronar o líder e criar uma representação coletiva. Descentralizado o poder, eles faziam cada grupo mais forte.

O suco da minha xoxota era um mistério, até que Toko apresentou aos seus irmãos uma manteiga feita do meu gozo e eles simplesmente piraram. Bebida fermentada, produto de beleza, creme, pomada, óleos, doces. Eles começaram a produzir em massa e para isso tinham que vir juntos, pra tentar me fazer gozar em abundância e assim terem gozo bastante pra levar pra casa. Por isso estavam ali. E eu gozei muito. Eram todas aquelas mãozinhas tocando todas as partes sensíveis da minha xoxota, da entrada do meu cu, de um jeito que nada antes tinha feito e eu como, fiquei louca, senti meus músculos tremendo, antes de gozar que nem um chafariz. Molhei o lençol. Ficou ensopadinho. Lenke sorria de orelha a orelha, com as costas repletas de garrafas cheias de meu gozo. Urko e Mirko levaram juntos um grande galão de quase 5ml. O resto carregou em cantis e garrafas o que puderam carregar em bolsas e sacolas.

Foi um dia de abundância. Isso me fez lembrar quando o Cláudio apareceu e me passou uma dê esse tê. Sério, não quero falar sobre isso especificamente. Vou pular para a parte do tratamento. Não quero entrar em detalhes na minha relação com esse cara. Não quero ter que lembrar, sabe? Tem hora pra tudo e agora não é hora disso. Eu comecei um tratamento de duas semanas, tomando remédio e aplicando pomada. Os meninos foram proibidos de vir brincar. Barok ficou muito zangado, mexia na barba com insistência e tinha dificuldades de entender que eu estava tóxica. Até que Plakto e Barok vieram até mim dizendo que poderiam me ajudar.

Aceitei o plano deles. Os dois estavam com um preparado feito com violeta genciana e mais não sei o quê da medicina dos caras. Barok levava o maçarico. Cauterização tornaria tudo mais rápido. A missão era ir até o ponto e acabar com o problema. Partiram pela manhã, mal havia sol, e eu fiquei lá, prostrada, com as pernas abertas e um sono leve. Quinze minutos depois, senti minha vagina pinicar por dentro. Fechei as pernas e esfreguei as coxas. Um leve cheiro de queimado. Barok estava me cauterizando. Perdi a conta do tempo. Adormeci.

Ao acordar, tinham ido embora. Ficaram dois dias e duas noites sem aparecer. No terceiro dia, Barok e os demais vieram me trazer essência de flor de ora-pro-nóbis. Agradeci e ofereci a eles um presente em troca. Meu gozo já estava puro e como eu havia ficado muito tempo sem gozar, pude encher diversas garrafinhas. Eu também havia passado no centro e comprado carroças de brinquedo, que eram perfeitas para eles levarem todo o estoque para dias de fartura. Este foi o início de uma coisa muito profunda entre nós. De lá para cá, vivemos uma imensa troca de gentilezas. Eles me dão prazer, eu dou a eles o meu gozo, e além disso, trocamos presentes. Eles me fazem lindos enfeites para o cabelo, eu forneço tecnologia. Mandei fazer pequenos freezers, do tamanho de caixas de antibiótico. Eles agora podem conservar sua comida por muito mais tempo e agora descobriram o sorvete. Estão encantados. O verão dos gnomos desta casa jamais será o mesmo. 

Tem uma coisa que não falei. Eu tenho medo... Quero dizer, não sei dizer ao certo, mas tenho a impressão que eles querem matar o Calvin, meu novo namorado. Desde que o Calvin chegou na minha vida, algumas coisas muito estranhas têm acontecido com ele, aqui em casa, especialmente. Uma vez, o gás estava ligado, enquanto ele dormia. Se eu não tivesse voltado pra pegar o meu prendedor de cabelo, o Calvin ia morrer dormindo. Eu não vi nenhum sinal deles, mas o que é que pode explicar o gás estar ligado, enquanto o cara dormia? Você entende? E tudo porque obviamente o Calvin agora fica depois que eu gozo e toma tudo que eu tenho pra dar. Não tem sobrado muito para os gnomos, não como antes. Barok tinha uma expressão muito desapontada, da última vez que saiu daqui e eu disse que não podia dar nada a eles, porque Calvin tinha passado dias comigo e eu estava seca. No aniversário de Mirko, não pude dar o banho de porra que eles estavam acostumados a receber. Acho que isso tem determinado uma mudança radical em nossas vidas e eles estão querendo eliminar o Calvin.

Uma outra vez, Calvin foi atacado, na cozinha, por uma cobra coral. Ela não o mordeu, mas foi por pouco. Não há cobras assim por aqui. Ela foi trazida. Chamamos o Ibama e eles disseram a mesma coisa. Não é cobra daqui. Cogitaram até que tivesse sido apanhada em algum lugar na floresta e deixada aqui por algum predador aéreo, que a soltou no ar. Pode ser? É claro, mas é improvável. Que predador aéreo? Não temos águias ou algo assim aqui. Talvez corujas. Uma coruja pegou uma cobra na floresta e sobrevoou minha casa, sem querer deixando que ela caísse aqui? Eu duvido, meu bem. Isso é obra dos gnomos. Eles trouxeram a cobra aqui. Mirko faria isso, por vingança. Conheço a peça. Eles querem matar o Calvin. Eu sei disso. Agora, como é que eu posso evitar que isso aconteça? O Calvin é o homem da minha vida. A gente vai se casar, um dia. Não agora, tipo. Mas um dia, com certeza. Ele é massa demais. Mas o que eu faço para os gnomos não matarem ele?

Calvin me olha espantado. "Não tinha um mais bonito", ele pergunta. Eu digo que todos precisam de uma chance e que o Spencer vai ter um lar agora. O gato é realmente antipático que só, agressivo e de pouco papo. Procura seu canto, marca o território e depois começa a inspecionar. Ele sente o cheiro dos gnomos. Para diante de mim e me encara. Eu o encaro de volta, sorrindo. "Você já tem um nome para ele", Calvin pergunta. Eu respondo, "Gargamel. Vai se chamar Gargamel". 

EROTISMOS CONTADOS IIOnde histórias criam vida. Descubra agora