Oria, A Princesa de Aurora

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CAPÍTULO 3 - O Hidromel de Aurora

Passaram-se dois meses desde o incidente com o rio Aruki e o taverneiro se viu mais uma vez em sérios problemas. Pois, ele gastou muito dinheiro na construção da represa e suas vendas estavam indo de mal a pior, mesmo fazendo promoções e colocando shows ao vivo em sua taverna.

Desesperado, teorizou que talvez isso se desse por que ele ficou muito tempo longe da taverna.
Até que, enquanto fazia contas em uma das mesas do seu estabelecimento, ele ouviu dois clientes conversarem sobre uma nova bebida que estava fazendo sucesso em toda região e que todos estavam viciados nela – um deles segurava uma garrafa. Curioso, Syul foi até os camaradas e perguntou sobre essa tal bebida e onde ele poderia conseguir um barril. O cara que estava com a garrafa disse que a pouco mais de dois meses surgiram mercadores de uma ilha distante com essa iguaria - referendo-se a garrafa - eles montaram uma barraquinha à 2007 km da taverna e deram sorte de ter conseguido a última garrafa do dia, mas é possível que amanhã eles comprem mais.

Syul acha isso muito suspeito e pede para que eles o deixem experimentar um pouco. Os caras ficam furiosos e dizem que foi muito trabalhoso conseguir aquela garrafa. Então o taverneiro ofereceu o peso deles em ouro pela garrafa, mas os meliantes disseram que o taverneiro poderia pagar muito mais do que estava oferecendo, inicia-se então uma negociação.

Horas depois, os dois caras saem da taverna sorridentes, um deles carregando uma mochila em suas costas, ele diz ao amigo que fizeram um negócio e tanto. Enquanto isso, na taverna, Syul está ao lado de Syulvana, sua filha mais velha, ambos lamentam terem feito um negócio tão desvantajoso, porém o mais importante é que estão em posse da garrafa misteriosa, no rotulo está escrito "Hidromel de Aurora". Ele chama Nanaki – o gato – seu novo mascote e coloca uma dose a bebia numa pequena tigela para o bichano beber. Syulvana fica furiosa, pois ela disse que aquilo custou muito caro para aquela família, mas Syul diz que tem que zelar pela sua integridade e levanta pra ela a hipótese de aquilo estar envenenado. Syulvana fica mais furiosa, pelo que seu pai acabará de fazer, pôr a vida do pobre gatinho em risco por causa de seus desejos egoístas! Syul manda ela ficar calada e enquanto discursava com a filha sobre ela ser jovem demais para entender as malicias desse mundo, Nanaki bebia o hidromel. De repente, os dois param de discutir e observam que o gato está com um comportamento estranho, ele está olhando para Syulvana com um olhar desafiador! Ao ver aquilo, o taverneiro rapidamente pega o gato e a garrafa e saem correndo da taverna.

Do lado de fora, Syul conversa com Nanaki, que já voltou ao normal e está com cara de paisagem. O taverneiro olha para a garrafa e diz que agora sabe o motivo dessa bebida está fazendo tanto sucesso. Ele abre a garrafa e despeja tudo no lago que fica em frente a sua taverna, após isso, ele chama Sirius, seu lobo gigante e o mesmo não responde, ele então se lembra que deu o lobo aos caras em troca da bebida. Syul lamenta, mas Nanaki olha pra ele como quem quer dizer: Não há tempo de se lamentar, vá para casa e apronte-se para partir em mais uma aventura.

O taverneiro então retornou para interior da taverna para se arrumar e passar algumas recomendações para suas filhas, faziam uma lista de compras enormes, por que sempre que ele viajava trazia algo novo de suas viagem, porém ultimamente ele não vinha cumprindo esse acordo e novamente não o faria. Trajando seu uniforme trevoso, ele pede para que Syulvana, cuide das crianças e da taverna enquanto ele estiver fora, mas dessa vez podem deixar a taverna aberta pois ele não irá demorar. Ela diz que está tudo bem e pede para que ele não faça algo estúpido, e o mesmo concorda.

Como estava sem sua montaria e com muita pressa, ele resolveu ir à pé. Contudo, após andar poucos quilômetros, Deparou-se com Dyenifer, filha de uma fazendeira local, que passava por ali, com um veículo flutuante bastante similar aos de HyBraSyul. Apesar da vestimenta atípica, ela o reconheceu e perguntou se ele queria carona. O taverneiro ficou sem entender o que estava acontecendo, depois ele a cumprimentou e perguntou para onde ela estava indo. A mesma respondeu que passou na taverna para comprar Whiskys para sua festa, contudo sua filha mais velha não sabia passar o troco, então ei perguntei onde eu poderia te encontrar, é por isso que estou aqui. Eu preciso das bebidas para amanhã e sei que você não é do tipo que desmarcaria uma missão pessoal por causa de negócios. Eu vim te ajudar!

Os dois seguiram ate os confins da fronteira, onde de longe podia-se ver uma fila quilométrica que havia se formado em frente do que parecia ser pequena barraca.
Parece que vamos demorar um tempão aqui, disse Dyenifer.
Acha mesmo que eu sou do tipo de homem que espera? - Retrucou Syul.
Em seguida, pediu que a garota o esperasse, pois ele iria falar com os comerciantes pessoalmente. Enquanto caminhava, as pessoas gritavam com ele, dizendo que ele deveria esperar a vez dele, mas o mesmo ignorou todos e prossegui.

Em frente ao estabelecimento, Syul fica surpreso com o que ver, uma simples barraquinha de pedra, tinha um balcão e era coberta com palhas de coqueiro secas e com dois seres dois seres antropomórficos dentro. Um tinha a aparência de um veado e o outro a de um cachorro. O taverneiro se aproximou os cumprimentou e falou seu nome. Os dois fizerem o mesmo, o veado diz se chamar Kenner e a outra se chama Kahramela. Kenner fala que é uma enorme satisfação ter alguém da grandeza do Syul em sua humilde barraca. Mas, assim como as demais pessoas ele teriam que pegar a fila e pede que o taverneiro volte pro final da fila, pois eles atendiam por ordem de chegada e não por status social - mesmo que ele fosse um gostoso, complementou Kahramela.

De forma extremamente arrogante, Syul pergunta ao Kenner se ele sabe com quem ele está falando, e diz que Kahramela é uma gracinha - ela põe a mão no rosto, pra esconder sua timidez. Enquanto isso, na fila, as pessoas estão com medo do que pode acontecer, parecem que sabem algo obscuro sobre aqueles comerciantes e aos poucos eles vão se afastando. Kenner, por sua vez, pede que Syul se acalme, ressaltando que eles estão ali apenas cumprindo as ordens de sua majestade, e que uma desavença entre eles poderia acarretar serias consequências para o taverneiro e seu reino.

Obviamente, o inconsequente taverboy não levaria desaforo pra casa, afinal eles estavam na fronteira, uma terra sem lei, onde o mais forte predominava. De cabeça baixa e fechando os punhos, Syul diz para o rapaz que ninguém atrapalha seus negócios sai impune, não importa que sejam deuses, magos ou rainhas e desfere um poderoso soco na cara do vendedor, que voa em direção a barraca, a destruindo. Kahramela e os demais ficam espantados com o que acabaram de presenciar. Em meio aos escombros, tentando se levantar, Kenner se pergunta o que aconteceu e diz que essa não é a força de um ser humano comum. Desesperada, Kahramela corre até ele e o ajuda a levantar. Ela pergunta se ele está bem e ele diz que sim. Kenner comenta que há alguma coisa errada com aquele cara e que não tem interesse em luta, entretanto o que aconteceu ali, deve ser reportado a sua majestade imediatamente. De pé, ao lado de Kahramela, Kenner tira do bolso um sinalizador e aponta para o céu e dispara. Enquanto a pequena bola de luz sobe, ele fala que Syul cometeu um erro gravíssimo e que agora sofrerá as consequencias de suas ações e acrescenta que, anteriormente o taverneiro disse que ninguém que mexia com seus negócios saia impune, mas eu te digo uma coisa, ninguém que mexe com o povo de Aurora sai vivo!
Nesse momento a bola de luz explode, formando o desenho de uma borboleta papillon. Nesse momento as pessoas entraram em desespero, elas reconheciam aquele simbolo...

Continua...

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⏰ Última atualização: Mar 04 ⏰

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Syul, O TaverneiroOnde histórias criam vida. Descubra agora