Capítulo II

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Ela não sabia onde estava, tinham vozes estranhas, chamando por ela e clamando por ajuda, agonizando e implorando

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Ela não sabia onde estava, tinham vozes estranhas, chamando por ela e clamando por ajuda, agonizando e implorando. Tinham também as pessoas, não as donas das vozes, outras pessoas, elas não gritavam ou faziam qualquer tipo de barulho, pareciam mais aqueles filmes mudos de antigamente, filmes com muitas mortes, caos e dor.

Ela viu novamente aquela pessoa em preto e branco de aparência cadavérica virando pó mais uma vez. Parecia um filme de terror, ela odiava filmes de terror.

E e de repente escutou um barulho alto e agudo, mas ainda muito abafado, era um grito horrível de agonia que desorientou os seus sentidos.

Então ficou tudo em silêncio.

A garota aos poucos foi voltando a si, os sentidos clareando e as coisas ao redor entrando em foco, notando outras figuras a seu redor, em um ambiente muito parecido com uma clínica.

Tinham oito pessoas na sala, o homem negro presente se aproximou, tinha um olhar calmo e analítico, apesar da expressão um tanto perturbada e dolorosa — que a garota não percebera, mas estava estampada no rosto de todos ali — falou de forma gentil:

— Olá, sou o Dr. Deaton, consegue me entender? Qual é o seu nome?

A adolescente não respondeu, estava olhando atordoada para cada um presente, sem exatamente focar em ninguém, não quis ser rude, ou não entendeu o que ele falou, é mais como se não escutasse, ficou assim por um tempo, como se fosse surda as tentativas de se comunicarem com ela, então, escutou um fraco "hey", parecia precupado e cauteloso, curioso, ela percebeu a voz do seu lado direito, focando numa figura de cabelos avermelhados, ela falava com tranquilidade, mas apreensiva, como se a menina sentada na frente dela fosse algum tipo de quebra-cabeça que a estava atormentando.

— Oi, você- você consegue me ouvir? — a de cabelos cacheados acenou devagar — certo, pode me responder? — outro aceno — ótimo, então me diz, qual é o seu nome?

— Lily...

A voz saiu fraca e rouca, quase um sussurro, a garganta dela arranhava como se ela tivesse gritado seus órgãos pra fora do corpo.

— Oi Lily, meu nome é Lydia, você lembra de onde você é? — a garota negou, — e como veio parar aqui? Lembra disso?

— Onde estou? — a garota de pele escura parecia atordoada, sua mente desfocava como uma lente mal ajustada, havia um som estranho e agudo a incomodando, então levantou as mãos devagar, tentando ver o que tinha de errado quando percebeu não estar com os fones de ouvido, os colocou rapidamente, a melodia agitada e alta apagava as vozes estranhas que apareciam na sua cabeça, fazendo que ela ficasse minimamente concentrada — quem são vocês?

Thᥱ Bᥲᥒ᥉hᥱᥱ'᥉ Sᥴrᥱᥲ꧑ - I᥉ᥲᥲᥴ Lᥲhᥱᥡ | EM ANDAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora