2 - O Templo

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Amanda acordou, se é que havia desmaiado, sentindo uma sensação nauseante. Estava deitada com o rosto no chão, sem óculos, tremendo-se como se estivesse deitada sobre gelo...

Seu corpo doía, especialmente a cabeça. Sentiu como se estivesse com uma enxaqueca forte e coisas aleatórias se acumulavam em sua mente. Se perguntou o que havia lhe acordado tão cedo depois de um sonho estranho e assombrou-se.

Ela viu luzes por todos os lados, luzes fortes como neon. Passou a mão nos olhos, sentindo-os arder.

Estonteada, virou o rosto para o lado. Um fio de suor desceu por entre seus cabelos, pingando quando Amanda avistou um enorme salão.

O lugar estava um pouco escuro. Grandes luminárias em formas de bolas estavam penduradas de um lado de cada uma das dez colunas e iluminavam e revestiam tudo com um brilho azulado. Os tecidos finos coloridos no teto dançavam na luz bruxuleante entrando por estranhos arcos de pilares retangulares nos lugares de janelas, as luzes do dia também alcançavam o piso de porcelana. As cortinas foram adornadas com bordados com imagens estranhas e joias.

Chocada, Amanda não lembrava de ser dia, e se perguntou mais uma vez se estava dormindo. Olhou novamente para todos os lugares e, após esfregar os olhos com as mãos, percebeu outra dança de luzes ao seu redor. Para sua confusão, uma cor azul brilhava no piso como água refletida em um espelho.

Espiou por cima do ombro, e seu coração disparou. Bem atrás dela, enxergou o que lhe parecia uma porta redonda. Uma passagem em arco, que parecia tão velha, rachada e desmoronando que Amanda ficou impressionada em ver que a coisa ainda estava de pé. Temeu que caísse em cima dela, e se arrastou no chão, espantada.

Ela se apoiou nas mãos no chão atrás dela, ainda em horror. Depois de um tempo, percebeu que no centro do arco, uma cortina ou véu preto, estava tremendo levemente onde não havia brisa, como as águas de um lago ondulante.

Amanda deixou uma palavra feia escorregar, estreitando os olhos para o arco disposto no que lhe parecia um altar. A plataforma era acessada por escadas que se abriam em formas triangulares, e todo o seu piso estava coberto por imagens que pareciam hieróglifos de uma linguagem que ela entendia. Todas as paredes estavam enfeitadas com símbolos, como se ela tivesse acabado de ser transportada para um templo de alguma civilização antiga.

Primeiro, ficou confusa, depois franziu a testa em busca de lógica.

— Quem está aí? — chamou uma voz repentina e abrupta, ecoando no outro lado do salão.

Assustando-se, Amanda se encolheu para o lado, escutando o coração bater em seus próprios ouvidos.

— Quem é você? — a voz transformou-se em uma pessoa, saindo da parte escura do salão perto de uma porta.

Amanda piscou algumas vezes, sem entender o que estava acontecendo. Ela não tinha certeza, mas a pessoa estava vestida com roupas estranhas. Uma coisa que lhe pareceu uma túnica com detalhes dourados, com golas altas e ombreiras de chapa douradas. As solas de sua sandália batiam no chão.

Amanhecer nas Estrelas - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora