Faziam seis meses que Lucky estava lutando a para se recuperar dos traumas causados pelo desaparecimento da Alina - sua primeira parceira de combate. E sem perceber, ele foi perdendo sua essência e o mais importante, suas cores! Será que o dríade irá bater bater as botas?
Muitos diziam que isso se dava por influência do taverboy, mas, lá no fundo, ele sabia que era responsável por seus próprios atos. Ele se sentia pra baixo e assim como seu melhor amigo ele vinha se omitindo de diversos conflitos que estavam ocorrendo no reino. Naquela época ele estava pouco se fodendo para o que aconteceria com os cidadãos chromenses, sua vida era resumida em mulher, hidromel e mulher.
Até que, após um incidente envolvendo agrotóxicos, aquele serzinho fofo de aparência cogumelesca apareceu em sua vida, tratava-se de Willow. Ela o fez reacender a chama da virtude que há muito tempo havia se apagado, ele estava feliz novamente, suas cores haviam sido restauradas em 20%, parecia que tudo voltaria a ser como antes, até que, meses depois, ele receberia aquela fatídica notícia.
Siul, seu melhor amigo, havia sido assassinado, e o culpado foi ninguém menos que Ortiz, o mago supremo.
Isso se deu após ele ter um sonho profético com Siul revelando ao mundo que Bernard na verdade era seu filho com a Amyph, fruto de um romance passado.
Sonambulo e tomado de fúria com tamanha barbarie, Ortiz arrancou a cabeça do taverneiro no mundo real. Lucky, que passava no momento e presenciou tudo, ficou horrorizado e tentou ajudar, mas teve a cabeça arrancada também. Contudo, diferente do taverneiro ele possui a capacidade de se regenerar, isso não seria problema.
Lucky foi ao encontro da Deusa, pois ela era a única que podia ressuscita-lo, mas quando ele chegou no palácio celeste, encontrou Numa e sua filha, a pequena alegra, pedindo para que ela o trouxesse de volta. Nesse momento, o dríade surpreende todos e fala para a deusa não ressuscitar seu amigo, pois se ele retornasse, todas as mulheres estariam em serio perigo, inclusive ela. Contudo, a Deusa, que nutria uma Tara de Estocolmo pelo taverneiro e não aguentando mais o choro de Numa, ignorou o aviso do dríade e trouxe o pilantra de volta a vida, só que sem o piu-piu, por que Numa alegou que estava sendo traída constantemente.
Desesperado, Lucky deixa aquele local e vai até Aurora, ao encontro de Oria, a lider dos iluminates de Chroma e contou o que estava para acontecer. Ela concordou em ajuda-lo e ambos foram até a taverna ao encontro do Siul para sentencia-lo a morte, e o mesmo, que se encontrava sentado, em uma das mesas tomando uma cerveja, esboçou reação alguma, parecia que estava abatatado.
Eles acorrentaram o taverneiro e o levaram pra fora, uma multidão aguardava com olhos atentos.
Após um discurso feito pelo Roger, Siul foi condenado ao empalamento. Mas, quando os subordinados do padre em posse de suas lanças desferiram o golpe fatal, cinco amantes do taverboy que se encontravam presentes se atiraram na frente, salvando a vida daquele homem. E todos sabiam que aquelas não eram as únicas dispostas a fazerem esse tipo de loucura por aquele homem. Elas nem deram tempo deles prepararem outro golpe e rapidamente formaram um cordão humano em volta do taverneiro.
Então o padre o sentenciou ao afogamento, atirando o taverneiro amarrado no lago que fica em frente a taverna, entretanto, por causa do ato das mulheres anteriormente, o fogo que despertou no Siul foi tão intenso que toda agua evaporou.
Oria sugeriu apedrejamento e o padre concordou. Contudo, mortes assim exigem condições de moral elevada, ou seriam convertidas em maldições. E como o reino estava totalmente corrompido, ninguém ousou atirar a primeira pedra.
Foi decidido então que ele seria envenenado com diversos tipos de venenos injetados em seu corpo. Entretanto, por causa do álcool que corria em seu sangue, todos os efeitos nocivos foram cancelados.
Sem muitas opções, Roger perguntou ao Lucky e a Oria se aquele homem era algum tipo de imortal e não possuia alguma fraqueza. Enquanto eles conversavam sobre o que fazer, Siul os interrompe, chamando Lucky, que vai ate ele.
Ao se aproximar, Siul fala com Lucky sobre certo item que ele recebeu de rainha das trevas tempos atrás, na ocasião, ela disse que poderia mata-lo com aquilo, mas não tinha essa intenção, por isso lhe deu. Ele, por sua vez, pediu que Lucky o guardasse num local seguro. O Dríade se lembra desse artefato e não estava com ele no momento, pois havia emprestado a Dessa para usar como suporte para por atrás da porta. Mas, ele pede para que ele aguarde um segundo, pois o ele iria busca-lo.
Lucky desapareceu no solo e minutos depois, brotou com uma pequena caixa em suas mão. Siul pede para que ele deixe a caixa ali procure um local seguro, em seguida, deve usar seus galhos para abrir abria-la à distancia, e o dríade concorda, dizendo que nem cogitou na ideia daquilo ser uma bomba. Oria ergueu uma muralha envolta do Siul e de todos, ele ficou na parte mais baixa e os demais na mais alta, tipo um coliseu.
Devidamente abrigados, Lucky diz que aquela caixa possui um nível de magia desconhecida, é muito poder. Quando ele finalmente abriu, houve uma pequena explosão todos estavam de olhos fechados, protegendo seus rostos e perguntando o que estava acontecendo.
Diante do taverneiro, que se encontrava levemente ferido, os fragmentos da caixa caiam sobre si, parecia que não havia nada dentro dela, até que, com dispersar da fumaça, ele notou o que parecia ser uma folha de papel caindo lentamente e, quando pousou em sua frente e ele viu do que se tratava. Ele começou a rir, ele ria feito um condenado, ele aparentava estar muito feliz, seu coração acelerava de tal forma, mas de tal forma, que a temperatura ambiente começou a aumentar e todo o alcool que corria em suas veias começou a entrar em combustão, fazendo com que ele explodisse!Parecia uma chuva de fogos de artifícios, ele havia sido consumido pelas próprias chamas, esse era o fim do taverneiro. Todos gritaram com aquela cena, uns de alegria, outros de tristeza. Ele conseguiu transformar seu fim num grande espetáculo, mesmo para aqueles que não queriam que ele se fosse, no fundo eles sabiam que esse era o desejo dele.
Lucky não conseguia conter suas lagrimas, entretanto suas cores haviam sido totalmente restauradas! Oria, em êxtase, perguntava o que tinha na caixa, mas todos estavam estavam maravilhados e sem palavras para o que acabaram de presenciar.
Nesse momento, Yrla apareceu diante de todos e diz para Oria que o que tinha naquela caixa era algo extremamente raro, o sonho de consumo daquele homem. Ela havia conseguido esse item há uns quatro meses e já imaginava que isso pudesse lhe acontecer. Todos ficam sem entender e a impaciente Oria pergunta mais uma vez sobre o conteúdo da caixa.
Imponente e enxugando suas lágrimas, Lucky ergue a cabeça para os céus e diz que agora isso pouco importava, o fato era que a estrela do caos finalmente havia sucumbido. Mas, assim como corpos celestes que mesmo após serem despedaçados continuamos a enxergar seu brilho no céu noturno, seria também sua determinação agora que se foi. Siul jamais arriscaria sua vida em prol de algo que não o beneficiasse, esse era jeito dele, estou ansioso para ver as consequências disso.
"Viver pela Deusa, morrer pela Deusa."
Essa é era sina do taverneiro.Até breve, amigo🫰🏽
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Almanaque do Syul Vinskrown
AdventureCompilado de histórias aleatórias do Taverneiro e sua turma. Esse projeto foi idealizado para entreter o grupo de RPG do qual eu participava, por isso está cheio de piadas internas e sem sentido para quem chegou aqui de paraquedas. Alguns capítulos...