Capitulo 05

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Boom dia pessoal ❤️ E bora pra mais um cap de hj ❤️❤️ Booa leitura a todos e até o final ❤️

Capitulo 05

Atravessaram um corredor repleto de retratos pelas paredes, e alcançaram o
grande saguão. Karin tinha muito a dizer, mas esperou ficarem a sós. Olhou em volta:

— E a minha valise?
— Está lá em cima, em seu quarto.
— Quer dizer "nosso" quarto, não é? — Olhou para Sui de modo belicoso.
— Engraçado, não me lembro de que dormir com você fizesse parte do trato.

A distância ouviram o rumor de vozes e cadeiras arrastadas. Sui resmungou:

— Vamos subir, Karin!
— Não antes de resolvermos o detalhe do quarto!

As vozes cada vez se tornavam mais fortes, vindas do corredor.

— Posso compreender sua perturbação — disse ele.
— Como é observador!
— Mas não quero uma audiência ouvindo nossa conversa — sibilou Sui.
Tomou fôlego e disse: — Karin, se o grande objetivo de estarmos aqui é fingirmos que nos amamos...
— Sim—ela interrompeu, começando a pensar onde estivera com a cabeça
para concordar com tamanho absurdo.
—...então é ridículo deixar que nos vejam discutindo sobre onde vamos
dormir!
— Claro que não! Posso ser o tipo de moça que preserva sua virgindade, não
posso?
— Sim, mas se pretende fazer o papel da recatada, então temos mais um
motivo para não querer que todos nos ouçam, não é verdade? Por que não espera subirmos para discutir o assunto? E vamos logo, antes que Tayuya perceba como está horrorizada em dormir comigo!

Sui tinha razão, admitiu Karin para si mesma. Em silêncio, seguiu-o
escada acima.
Imaginou a procissão de mulheres que, ao longo dos séculos, havia galgado
aquela escada, com os vestidos longos de seda, tocando os degraus. E lá estava ela, fazendo o mesmo com sua calça amarela e os sapatos de sola de borracha!
Havia bustos de bronze no segundo andar, e isso poderia parecer ridículo em qualquer outra casa, menos em Edgewood House.
Olhou para a figura em bronze de um menino, e algo nas feições da escultura
a fez parar.

— Quem é?
— Eu — respondeu Sui, sem graça.
— Você foi um menino bonito — disse Karin, sorrindo Com meiga ironia.

Sui conhecia as provocações femininas apenas como parte do jogo de
sedução, mas as palavras de Karin pareciam inocentes e sinceras.
Viu-a percorrer com os dedos as reentrâncias do busto de bronze, e não
poderia haver nada menos provocante. Karin parecia verificar a poeira!
Deveria sentir-se insultado com tanta indiferença, mas só teve vontade de rir.
De repente, sentiu uma sensação estranha e indefinida, que o deixou alarmado sem saber bem por que.

— Por aqui — falou em voz alta, apontando para o corredor da esquerda.

Percorreram mais um corredor e viraram à direita. Karin pensou que a casa parecia um labirinto.
Pararam em frente a uma porta de madeira maciça.
Com o coração disparado, Sui a abriu. Tudo aquilo era loucura, pensou.
Convidara Karin para participar do plano porque não se sentia atraído por ela!

Então, o que significava o pânico que sentia?

— Nosso quarto — anunciou com frieza.

Karin sentia-se como uma virgem na noite de núpcias. O quarto, como o
resto da mansão, parecia um sonho. A cama tinha quatro colunas e uma colcha de veludo verde. As paredes, revestidas do mesmo veludo verde, estavam cobertas por tapeçarias que mostravam moças gordinhas, que carregavam cestas de frutas ou
tocavam instrumentos musicais.

— Esse era o seu quarto quando garoto? — perguntou, admirada.
— Está brincando?! As crianças não tinham autorização para vir à esta ala.
Este é o Quarto de Veludo Verde.

Seduzida pelo ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora