Capituko 02

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Boom dia pessoal, tudo bem com vcs!? Cap inédito saindo cedinho para vcs, e já sabe, cap daquele jeito 🔥🔥 espero que vcs gostem do cap de hj ❤️ Boa leitura a todos e até o final ❤️

Capitulo 02

— Imagine o cenário — disse Sui, segurando o peso de papéis redondo.

Dentro da bola de vidro havia uma pequena concha cor-de-rosa, que ele considerava uma visão tranqüilizadora. Entretanto, não naquele instante. Continuou:

— Uma garotinha crescendo sem nenhuma presença masculina ao redor.

Karin observou-o passar os dedos longos sobre a superfície redonda de
vidro, e pensou que o que ouvia era o oposto de sua infância. Muitos homens, ou meninos, para ser mais precisa, haviam cercado seus dias, e ela tivera que tomar conta dos quatro irmãos menores. Perder a mãe na infância havia sido muito doloroso, mas tratou de afastar os pensamentos tristes, e concentrar-se na história de Sui, que a observava com um olhar frio.

— Estamos falando de Tayuya? — Karin perguntou.
— Sim. Ela e a mãe viviam perto da casa de meus pais. Minha mãe é sua
madrinha, e conheço Tayuya desde pequena. — Sui fez uma ligeira pausa e
continuou: — Ela é filha de uma atriz muito bonita e egoísta que encarou a
maternidade como uma catástrofe.
— Oh! E por quê?

Sui olhou-a surpreso, como se não entendesse a pergunta. Parecia que
Karin ignorava o fato de as mulheres serem muito competitivas entre si.

— Porque as filhas crescem e começam a fazer as mães se sentirem velhas.
Isso para uma atriz pode ser horrível. É impossível continuar dizendo que se tem trinta e quatro anos, quando a filha já tem vinte — respondeu.
— Nunca tinha pensado nisso — murmurou Karin, fascinada por ouvir a
história contada por Suigetsu Hozuki. — E você? Onde se enquadra nesse cenário?

Nos últimos tempos ele se fazia a mesma pergunta, buscando, no fundo da memória, algo que tivesse dito e feito que pudesse ter sido interpretado de maneira errada por uma garota ingênua. Franziu a testa.

— Desde pequena Tayuya gostava de me seguir. Eu era seu ídolo mas, como
bem diz o ditado, ídolos têm pés de barro.
— Então, você era seu herói?

Sui achou que seria muito arrogante corrigi-la sobre o uso do pretérito, pois
bem sabia que a idolatria continuava, mas disse:

— Sim. Tayuya costumava ficar me olhando em adoração.

Na verdade, ele
também gostava de sua companhia, pensou, e sempre a tratara como uma querida irmã caçula. Talvez fora esse o problema.

— Sempre a tratei como um irmão mais velho.
— Então... não se sentia atraído por ela.

Sui balançou a cabeça,
concordando.

— De minha parte sempre foi apenas afeição, e a diferença de idade era
muito grande.
— E qual é essa diferença?
— Treze anos.

Karin suspirou.

— Bem, é grande, mas nada fora do comum.

Sui lançou-lhe um olhar
impaciente.

— Pense bem! Quando Tayuya tinha cinco anos e era uma menina
rechonchuda, eu estava indo para a faculdade. Quando voltava para casa e queria conversar sobre política, ela me falava do chocolate que ganhara — disse Sui em tom feroz.

Karin quis fazer um comentário sobre o mau humor dele, mas ficou calada.
Suigetsu Hozuki era uma pessoa tão fechada que obter informações sobre sua vida particular seria fascinante.

Seduzida pelo ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora