Passado, 03:40 da manhã, em algum dormitório próximo ao centro de comando militar russo.
A recém-demitida dormia tranquilamente em uma pose desleixada, mas confortável, enquanto uma tempestade se fazia presente do outro lado da janela. Noites como essa sempre acabavam deixando [nome] assustada, aqueles sons estrondosos traziam lembranças caóticas para os seus sonhos, os gritos de desgosto de sua mãe ao ver que seu pai estava chegando em casa com marcar evidentes de traições eram os principais em meio a figuras desconexas em seu sono, pobre garotinha, não conseguia entender a fúria de sua mãe.
Algo, ou melhor, um barulho do lado de forma a acordou deixando [nome] em alerta, ela sabia que havia algo de errado já que seus vizinhos estavam todos no trabalho naquela hora da noite. A mulher agarrou com rapidez a arma que escondia embaixo de sua cama e se levantou para checar o que de fato estava acontecendo do outro lado da janela. Estaria em desvantagem se fosse de vez até a janela, mesmo estado no escuro a luz dos relâmpagos por trás das cortinas poderiam denunciar a silhueta do invasor.
Meio grogue de sono, vestindo apenas uma camisa velha e com seus cabelos soltos [nome] já começava a bolar algum plano para possíveis problemas. De repente sua janela foi aberta, revelando a figura de seu chefe, ou melhor dizendo, e chefe. Por um lado, ela estava aliviada por não Sikorsky ou um dos caras que ela prendeu, mas essa tranquilidade logo foi substituída por um sinal de alerta.
— senhor, acho bom ter uma boa explicação para esta visita repentina, ou eu vou me certificar de que você passe boas horas apagado.— disse assustando o invasor.
— só queria me despedir de você...— respondeu visivelmente nervoso, o que só trouxe mais certeza para [nome].
— se isso fosse verdade, você não precisaria invadir o meu quarto com um medicamento alucinógeno no bolso. — disse enquanto caminhava até a porta do dormitório sem perdê-lo de vista.— você pode decidir entre ir embora tranquilamente e eu não me estressar, ou insistir em tentar me drogar e levar uma boa surra antes de ter os miolos espalhados pelo recinto.
— como pode ter tanta certeza de que eu tenho algo que possa te fazer mal? Você esta cometendo um erro ao me acusar dessa forma! — resmungou novamente, fazendo o possível para manter o que trouxe com sigo bem escondido atrás daquela pança de cerveja.
— senhor, esta quebrando códigos de conduta a invadir o dormitório feminino, eu posso muito bem denunciá-lo para os seus superiores.— [nome] tentou se manter tranquila enquanto lutava contra seu desejo de atirar contra aquele velho senil.— sobre o que esta escondendo na parte de trás do seu casaco, saiba que antes de vir para a Rússia eu lidei com pessoas do seu tipo por todo o meu país, consigo sentir o cheiro de drogas a uma certa distância.
O choque em suas expressões enquanto ouvia as explicações só a fez ter mais certeza sobre a incompetência daquele homem no comando de uma equipe tão grande como aquela, ele se quer leu seu histórico antes de vir atrás de [nome]. Ele só contratou a mulher para fazer a mesma atrocidade que fez com as outras estrangeiras que serviam café para ele.
— eu sabia desse seu tipo de diversão doentia velhote, por isso eu derramava tudo que você me dava, também alertei os meus superiores.— manteve sua arma mirada em sua virilha.— acha que eu não percebi a comoção que você fez ao descobrir sobre a gravidez de uma das novatas?
— sua vadia. — o velho gritou, partindo em direção a morte certeira, mas para a sorte do homem, Sikorsky apareceu, se colocando bem no meio da discussão. — o quê?
Ele estava de costas para [nome], o que dificultava ainda mais o trabalho dela. Pela primeira vez o loiro foi gentil e entregou a ela seu sobretudo, sem nenhuma piada ou coisa do tipo.
— você não sabe se divertir, não é mesmo soldado? — Sikorsky olhou com desgosto para o homem caído em choque.— deve brincar um pouco antes de finalmente abatê-lo.— Por um minuto o homem achou que Sikorsky estava do seu lado, então ousou insinuar que [nome] estava em perigo e que ele deixaria o condenado a morte brincar a vontade com o seu corpo.
Sikorsky agarrou o homem pela gola antes de sair correndo pela janela, o que só deixou [nome] mais intrigada, mas ela não ficaria ali para esperar o desfecho do que iria acontecer, não, ela começou a se preparar para ir. Enquanto isso, o loiro estava ocupado demais com sua vítima para se preocupar com o que sua soldado estava fazendo
— como ousa achar que pode ir chegando assim e tentar passar essas suas mãos imundas no corpo perfeito dela? — continuou batendo nele. — não sabe o quanto você atrapalhou a minha diversão, seu verme!
O último suspiro foi dado pelo homem enquanto Sikorsky voltava para o dormitório furioso.
— agradeça a ela do inferno por ter tido uma morte tranquila.
Sikorsky chegou no exato momento em que a mulher estava se dirigindo a porta principal.
— o que quer dessa vez? Vou logo avisando que eu não faço mais parte do time de investigação.
Aquela situação, aquela sensação de ter feito algo importante em prol da segurança de alguém importante deixou o coração duro de Sikorsky aquecido por um sentimento que só aquela mulher era capaz de lhe proporcionar. Ouvi-la dizer que iria partir com tanta tranquilidade fez com que o corpo grande do homem agisse sozinho, agarrando a cintura de [nome], tirando-a do chão.
— qua é o seu problema? Hum? — [nome] questionou furiosa enquanto fazia de tudo para se soltar dos braços do gigante.— existem vários policiais no prédio ao lado, por que você tem que continuar a me perseguir?
Sikorsky não sabia muito bem a resposta, pela primeira vez ele sentia algo assim por alguém, era um sentimento novo. O loiro sorriu ao notar o empenho da mulher em fugir, ela praticamente mordeu todas as áreas de seu corpo que tinha acesso.
— você, você é o problema.— foi a única coisa que ele disse ao soltá-la sob a cama, mantendo distância daquele corpo quente.
— como é? Só pode estar brincando comigo? — resmungou agarrando o travesseiro mais próximo para abafar seus gritos.
— no começo talvez.— desviou o olhar para a bolsa no chão.— mas aí eu te vi naquela boate, você estava tão encantadora com os seus cabelos soltos.
— então você esta apaixonado por mim? É isso ou você é sadico de mais.— jogou o travesseiro no rosto do gigante.
— talvez, eu gosto do jeito em que você fica logo após se irritar com algum peso.— deu um sorriso mínimo, mas logo voltou a ficar sério ao se dar conta de que aqueles caras estavam tomando toda sua diversão.
— você é completamente esquisito.
— olha só quem fala, você acabou de morder o meu peito inteiro mesmo sabendo que eu sou fisicamente mais forte.— cruzou os braços pronto para esboçar outro sorriso, mas alguma coisa aconteceu e o corpo dele ficou mole, dando tempo apenas para ele cair sobre a cama sem forças, ele não conseguia mover o corpo direito.
— isso não é hora de brincar com a minha cara, anda, levanta. Se alguém te pega aqui eu vou ser presa.
— eu não consigo, não sinto nada do pescoço para baixo.
— impossível, não me diga que você entrou em contato com aquela substância que aquele homem estava carregando.— olhou aterrorizada para ele, correndo em direção ao banheiro a procura de seu kit de socorros.
— acho acabei socando alguma coisa em um frasco de vidro durante os meus socos, por quê?
— você acabou de assassinar sentença de morte de alguém.
— e de quem seria?
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Baki Imagines 1
FanfictionImagines e alguns headcanons sobre os personagens de baki. ° não recomendado para menores de idade. Respostando: 30/09